terça-feira, 2 de agosto de 2011

Wolverine Origens: O fim

Logan

Após 50 edições americanas, Daniel Way concluiu sua série com o baixinho canadense que escreveu ininterruptamente até o final, a qual vemos nas páginas da edição 80 da revista brazuca Wolverine. Juntamente com o brasileiro, Will Conrad, temos o desfecho de um ciclo e um novo caminho traçado para Logan.

Depois de ter eliminado a ameaça de Romulus, Logan decidiu se afastar e se isolou em sua terra natal. Contudo, Nick Fury foi ao seu encontro em busca de algumas informações sobre os últimos acontecimentos no caso Romulus e até quem sabe contratar Wolverine para um servicinho. Só que Logan não quer mais essa vida.

Então, a narração da história muda completamente de figura quando Nick lembra Wolverine que aquele é o dia de seu aniversário e essa recordação acaba que engatilhando uma série de pesadelos durante o sono do baixinho naquele noite. Velhos fantasmas como Dentes de Sabre e suas ex-mulheres reaparecem, assim como sua mente acaba trabalhando um confronto imaginário com seu filho Daken.

Logan

No meio dessa alucinação, Nick acaba ferido. Logan por um breve tempo percebe que sua programação do Arma X voltou, mas mesmo assim não consegue se controlar. As mulheres (sempre elas) voltam para fazê-lo sentir-se culpado. A última fantasma do passado, Itsu, mãe de seu filho, é quem parece ser a fagulha de lucidez em tudo aquilo. Ela se vira para Logan no sonho e diz que aquelas mortes não deveriam defini-lo.

Logan

Assim, mais tarde, Logan desperta consciente e com um Nick Fury já recuperado (graças a uma seringa que aparentemente tem um soro a base do fator de cura do Wolverine). Nick orienta Wolverine que essa vida que ele leva tentando se redimir sempre pelo que fez é pouco. E na sua cabeça ele volta a trabalhar nas alucinações, que finalmente o fazem entender que ele deve parar de fugir, tomar consciência de que fez coisas ruins, mas que em parte também fez coisas boas para compensar. E se ele tem como jargão aquela frase típica, que faça uso dela de fato, que a partir de agora faça o melhor no que faz.

Logan

E assim, fechou-se o título, que falhou bastante na conclusão do seu foco principal com Romulus, mas no meio do caminho nos presenteou com boas histórias e resgatou bastante informações do passado amarrando-as com novos plots. Alguns vão criticar a nova caracterização dada ao Logan pelo Daniel Way, mas sendo um pouco comedido eu ainda acredito que ele se esforçou ao máximo em dar uma base mais profunda a psicologia do baixinho canadense. O drama com as mulheres que com o tempo deu margem para o roteirista montar esse plot nessa edição é um exemplo disso. O mesmo aconteceu com o vínculo dos Hudson e o retcon com o Soldado Invernal.

Logan

E para dar um bom exemplo de como os roteiristas deveriam lidar com o baixinho a partir de agora, Way dá mais uma pontinha na revista com uma curta história entre Logan e a menina messias, Esperança. Ali, temos uma história sobre destino e fé, que mostra que apesar dos tropeços, Daniel é um roteirista que merece que eu o defenda.

Coveiro

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