sexta-feira, 15 de julho de 2011

Resgate de si mesma

Depois de ter um reator Stark no peito e uma armadura só pra si, ela virou Resgate. Mas Pepper Pots precisa se resgatar de suas próprias idéias além de ser a mais nova e temporária heroína do pedaço.

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Ela ganhou visibilidade após o filme do Homem de Ferro e a então aparentemente sumida das páginas, Pepper Pots, voltou ao centro das relações de Tony Stark. Dada sua personalidade que gosto muito (brava, fala o que quer e se mete em tudo), ela foi muito bem desenvolvida por Matt Fraction nos últimos títulos do latinha e acabou tendo uma história para si. Essa história se passa logo após ela libertar Viúva Negra e Maria Hill do M.A.R.T.E.L.O., seu maior feito, e fugir (já que, atualmente, ela não possui mais o reator no peito).

Suas páginas são escritas por Kelly Sue DeConnick e desenhadas por Andrea Mutti e foi publicada aqui na edição 15 de Homem de Ferro e Thor pela Panini. A história em si é apenas sobre um resgate que ela faz dentre muitos na época. O interessante é que a personalidade dela como heroína é bem próxima de sua como pessoa, alguém que quer sempre fazer o máximo pra ajudar, acaba se colocando em último e limpando a bagunça feita por outros. Sem nenhum poder bélico, claro, ela tem apenas a armadura e o que ela lhe dá. O sistema operacional Jarvis também ajuda bastante com melhores locais para adentrar um edifício em chamas e reconhecer batimentos cardíacos de vítimas.

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Mas, depois de tudo, exausta e sozinha, ela ainda se cobra se poderia ter feito mais, por não ter feito tudo como Tony faria. Outra característica da personalidade de Pots: se cobrar demais e se cobrar de ser como Tony. Ela acaba dialogando com a imagem do marido morto, Happy, mas que é apenas sua própria consciência. Mas ele dialoga com ela e me faz pensar... Quantas vezes nós mesmos não nos cobramos demais também? Esquecemos do que fizemos (como ela, no caso, pensar só no garoto que talvez não sobreviver, em vez de ficar feliz por salvar uma garota que terá uma segunda chance) e focamos no que não conseguimos fazer.

Tanto quanto Pepper, não somos heróis, somos pessoas comuns, com falhas, defeitos e, principalmente, limites. Acho que tem muito aqui de reconhecermos nossos limites, o que “Happy” faz ela perceber. Limites e medos. Ele diz que se um boxeador disser que já entrou num ringue sem sentir medo está mentindo. Todos sentem o medo, mas não deixam de entrar na luta mesmo assim. Como diz uma frase que gosto muito “Coragem não é não ter medo, mas sim, tê-los e enfrentá-los”. Ela escuta Hogan, quer dizer, ela escuta a própria consciência que ninguém não tem medo e nem por isso deixa de ir atrás das coisas. E que ninguém é perfeito, nem pode fazer tudo como quer, mas faz e, mesmo assim, realiza coisas incríveis. Vamos seguir o exemplo de Pepper Pots e escutar nossas consciências também.

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Cammy

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