quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quarteto Fantástico: A Escolinha do Professor Richards



Jonathan Hickman é um cara que sabe construir uma trama. Isso não se pode negar. Ele tem toda a paciência do mundo para trabalhar em uma história. Se esforça para que ela não fique cansativa, seja interessante e tenha continuidade. Após algumas edições em que o escritor nos mostrou as cidades, que de acordo com o Franklin do futuro, entrariam em conflito, Hickman começa a construir uma nova trama. E nessa edição, somos apresentados à Fundação Futuro.


A dez anos atrás Reed Richards fundou a Conferência Singularidade. Basicamente uma reunião das maiores mentes do planeta, onde todos discutiam e apresentavam suas ideias para um mundo melhor. Isso equivale ao famoso TED (Tecnologia Entretenimento e Design), que existe no mundo real e claro não envolve super gênios, mas pessoas do mundo todo, de todas as idades e classes sociais, que discutem suas ideias afim de propagá-las ao mundo inteiro. Porém Reed estava cansado e desapontado com a Singularidade e resolve se desligar da associação.

Uma semana depois recebe o jovem Alex (aquele do Quarteto Futuro) no edifício Baxter. Ele está de muda para o prédio a convite de Richards (Reed fez o convite para Alex durante o aniversário do Franklin). Já Sue foi para a recém descoberta Atlântida para buscar alguns jovens aquáticos. E os jovens Touperóides estão ficando cada vez mais inteligentes enquanto se acostumam com a nova vida na casa do Quarteto Fantástico.


Um pequeno Interlúdio nos mostra como o Neomundo enlouqueceu com o passar do tempo e como o Bruce Banner Jr. envelheceu ao passar de 3 séculos.


De volta ao edifício Baxter, Artie descobre que usando seu intelecto, e seu capacete de projeção, consegue desmembrar objetos em seus hologramas, para o fascínio de Valéria. Enquanto isso Reed cumpria com sua palavra e visitava o Mago na unidade psiquiatrica meta-humana em que ele estava internado. O Sr. Fantástico avisa-o que está com um de seus jovens clones e que educará o garoto para ser o oposto do Mago. Não preciso nem dizer que Bentley surtou com a notícia né?

Eis então que somos finalmente apresentados a Fundação Futuro. Uma espécie de turma especial, onde nela constam os Touperóides, os jovens aquáticos de Atlântida, Alex, Valéria, o jovem Bentley, Artie e o robótico Homem-Dragão que Val aperfeiçoou. Curiosamente Franklin e Sangue-Suga não estão na turma, o que não chega a ser novidade, uma vez que ambos não possuem o mesmo intelecto dos demais jovens da classe. Mas será mesmo que os dois ficaram de fora dessa? Não sei se foi proposital ou não, mas ficou esse mistério no ar. Qualquer coisa podemos culpar Neil Edwards, o desenhista da revista, que tem um traço semelhante ao de Brian Hitch, mas peca nas anatomias, proporções e detalhes.


No mais, mais uma bela edição de Hickman preparando o terrero para, espero eu, grandes histórias. Essa história foi publicada originalmente em Fantastic Four 579 e no Brasil saiu na Universo Marvel 14.


Kinhu Heck

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