segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Guerra Civil II 05: Sendo a exceção da regra


O primeiro conflito entre lados estourou na edição passada, deixando qualquer margem para a discussão e troca de ideias de fora. Agora, assim como aconteceu na minissérie anterior de 2006, havia mais muito mais emoção e frustação em jogo do que qualquer coisa. No meio disso tudo, mais um inocente que pensou algum dia em cometer um delito, é exposto e sua vida parece desmoronar. Miles Morales, o Homem-Aranha que veio de outro universo, não via outra alternativa a não ser provar que aquela visão estava errada sobre ele. E apareceu no Capitólio, bem como revelou os poderes de Ulysses, pra por tudo em pratos limpos.

Já no começo desta edição, temos o desenhista Andrea Sorrentino se juntando a minissérie pra ajudar a narrar um ponto diferente dessa história. Sua visão agora o levou para um futuro distante, onde as Terras estavam Devastadas. Lá não só viu, como conseguiu interagir com o Velho Logan. Era algo que seus poderes nunca conseguiram realizar antes. Após um papo confuso entre os dois, Ulysses percebeu que aquele momento era uma oportunidade de prevenir que o futuro devastado daquele lugar fosse seu futuro. E o que ouviu de Logan é que "Tony Stark pressionou ela demais". Sem mais detalhes antes de despertar, Ulysses só tinha a certeza de que deveria impedir um conflito trágico entre o Homem de Ferro e a Capitã Marvel.



O restante da história é desenhado por David Marquez, que mais uma vez arrasando  no seu traço, leva-nos de volta ao Capitólio onde a polícia cercava Miles. Após uma discussão com Maria Hill, Carol Danvers mandou uma mensagem para a polícia baixar as armas. Foi nesse momento que surpreendentemente apareceu Steve Rogers. Seguro de que o garoto realmente não faria mal, o Capitão América não hesitou em ir pacificamente até Miles e conversar. O jovem Homem-Aranha falou que estava ali para provar que nada iria acontecer como dizia a visão de Ulysses e Rogers disse que foi até ele pra provar o mesmo.



Carol Danvers chegou logo depois, um pouco menos tensa porque a situação estava resolvida. Ouviu do Capitão que apesar de ela não ser o "demônio" dessa história, aquilo precisava parar.  Ainda assim, Carol iria levar Miles sobre custódia e foi até ele. Antes de prendê-lo foi impedida por um campo de força. E eis que chega o Homem de Ferro, numa gigantes armadura que mais lembrava o máquina de combate e a situação entre os dois chegou ao limite. A guerra particular dos dois lados estourou e num momento de pura fúria, Carol Danvers deu seu maior soco atravessando e estraçalhando a armadura nova do Homem de Ferro.

Particularmente, chegamos aqui no penúltimo capítulo da saga. A edição que segue já tem os desdobramentos finais do conflito. A história que á estava bem esticada nas últimas edições se arrasta sem necessidade ou emoção. É notório lembrar que na primeira Guerra Civil, quando chegou nesse momento, já haviam tido pelo menos dois grandes conflitos e o desdobramento pro final já era bem amarrado, com muitas posições debatidas e recheado de expectativas dos leitores. Se de alguma maneira essa Guerra Civil II foi feita para fazer paralelo com a original, as similaridades pararam ali no nome.



Essa quinta edição de Guerra Civil II ainda traz mais duas histórias. A primeira delas é a continuação das aventuras de Nick Fury Jr, descobrindo que a célula traidora da HIDRA que ele perseguia estava sob a liderança de um MVA rebelde do Nick Fury Pai. Em meio a briga, o robô tentou convencer o "filho" que a SHIELD não merecia a lealdade de ninguém e colocou pra rodar um video em que Ulysses falava uma de suas visões pra Hill. Nela, é dito que eles deveriam Mandar Nick Jr pra morte certa em prol de salvar a SHIELD.  E seguindo a premissa da visão, no meio do combate, Jr derrubou o andar inteiro com eles dois juntos. E o final dessa história ainda ficou pra próxima edição.

A outra história que acompanha a mensal nacional é "Guerra Civil: O Herói Tombado". Nela, Greg Pak e Mark Bagley contam uma história bem bacana de Legado do Hulk. Após o enterro do verdão que contou com algumas frases emocionantes, Betty Ross, Rick Jones e o Pacto de Guerra foi atrás de alguns ausentes para chama-los pra abertura do testamento do Hulk. Assim, se juntaram a história o Amadeus Cho e Skar. Já o General Ross estava preso e a Mulher-Hulk ainda no hospital. A mensagem e presentes que o Hulk deixou para cada um tinha algo em particular emocionante para cada um. Mas o maior presente que ele deixou para todos foi um cronometro - um marcador de tempo para ajudar todos ali a pensarem por 3 minutos antes de agir impulsivamente como o Hulk quase sempre fazia. E é legal ver como cada um enxerga aquele timer de um jeito diferente pra tomar suas atitudes dali por diante.

Coveiro

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