segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Kevin Feige relembra começo com Homem de Ferro e dá méritos a Avi Arad


Ao contrário do que tinha em mãos a DC na época, não havia pra Marvel Studios disponível seus ícones maiores como Superman ou Batman para investir. Homem-Aranha ou X-Men estavam presos a outros estúdios e nem de longe se pensava que poderiam voltar pra casa. Mas, a Marvel Studiosse contentou com seu próprio arsenal e pensou num jeito simples e bom de tero o sucesso. Kevin Feige relembra no podcast da The Hollywood Reporter como foi investir no Homem de Ferro na época:

“Quando procurávamos maneiras de nos diferenciar: 1) Produza e finalize o Homem de Ferro 1 e torne a experiência a mais única possível. Havia muitos filmes da Marvel até aquele momento, e queríamos nos destacar. Uma das maneiras pelas quais eu sabia que poderíamos nos destacar não era através de personagens famosos. Porque, naquele momento, a definição de um personagem marcante era: eles já têm um programa de TV ou um filme ou uma série de animação nos últimos anos? Todos esses personagens já foram licenciados.

“Mas já tínhamos todo o resto. E ter todo o resto significava que poderíamos combiná-los e construir um universo na tela grande da mesma maneira que nos quadrinhos. Portanto, não houve epifania de nenhum tipo, mas simplesmente o que fazemos é replicar essa experiência para os fãs de quadrinhos nas telonas. Um dos grandes prazeres dessa experiência é quando um personagem de outro quadrinho aparece na revista de outra pessoa. "



A Marvel fez uma grande aposta em Robert Downey Jr e apostaram alto ao contratá-lo originalmente para três filmes. Feige explicou: "Acreditávamos realmente no personagem de Tony Stark. Acreditávamos em poder fazer uma versão de um herói que as pessoas nunca tinham visto antes - o arco redentor que ele tem durante o filme - e a noção de que não é sobre superpoderes, é um veículo, e o veículo às vezes funciona e às vezes não. Que o intelecto dele é seu superpoder, e achamos muito interessante ".

Havia um potencial crescente na formação de um Universo Cinematográfico da Marvel e Feige reconheceu isso: "A noção de narrativa épica que abrange os mesmos personagens em muitos períodos diferentes. Poderíamos começar a misturá-los e a construir um universo na telona da maneira que existe no universo dos quadrinhos. Durante muito tempo, os Vingadores [o primeiro lançamento da Marvel a reunir um grande grupo de seus super-heróis] foi a nossa linha no horizonte, o que estávamos buscando".


Kevin Feige também foi justo ao falar do momento anterior da Marvel Studios, quando ele era apenas um mero funcionário e Avi Arad seu chefe, que levou os filmes dos X-Men a sairem pela FOX e do Homem-Aranha pela Sony. "O [produtor] Avi [Arad] acreditava muito em todos esses personagens e acreditava no potencial de que esses personagens tivessem que virar filmes", explicou Feige. "Acho que, anos antes disso - e parte disso se baseia em coisas que ouvi quando comecei, parte delas é baseada em quadrinhos que li da época na Marvel antes de ingressar. Havia um medo de que se você estragasse tudo, desvalorizaria esse personagem. E esse é um medo bastante justo, porque houve alguns personagens da Marvel transformados em filmes que não eram exemplos brilhantes. Eles não mataram os personagens, mas não eram bons. você pode olhar para eles agora, e dizer que eles são "de época", e eu poderia argumentar sobre coisas divertidas neles, mas eles não incendiaram o mundo".



"Avi acreditava que era isso que deveríamos fazer , e foi X-Men o primeiro deles que lhe permitiu continuar fazendo mais e, para se mudar para Los Angeles em período integral, ele só vinha a Los Angeles alguns dias por semana naquele momento, e morava em New York, eu o conheci muito bem durante a produção de X-Men 1. Eu meio que me tornei a pessoa no set, na produção, que ele ligava e obtinha informações e mantinha-se informado. E fiquei feliz em mantê-lo informado sobre as coisas e como elas estavam indo. Na maior parte, eles estavam indo bem naquele filme com esse elenco" lembrou Feige.

"Na época, não estávamos usando as palavras como 'universo cinematográfico' e coisas assim", continuou Feige. "Mas era muito simples - sabíamos o filme que estávamos fazendo, pelo orçamento que estávamos fazendo, que era bastante baixo, certamente baixo comparado com os dólares de hoje, até mesmo baixo na época. Então, havia tantas coisas que não podíamos que, em retrospecto, foi ótimo, porque nos forçou a focar nos personagens e na emoção dos personagens e no pathos dos personagens, e no tumulto interno do que torna os X-Men ótimos, sobre todas as analogias para aqueles que são diferentes e para aqueles que se sentem diferentes ou são feitos para se sentir diferentes, o que é sobre todos nós. E é isso o que os X-Men tratam, e é por isso que foram bem-sucedidos. E eu lembro de termos discussões, como sempre tivemos, e ainda fazemos - sobre 'Não seria legal um dia se tivéssemos a oportunidade de fazer x, y ou z?' Então, acho que houve muitas conversas, muita conversa sobre isso."

Tem mais da entrevista de Kevin Feige ainda. Fica de olho que em breve vamos soltar outro pedaço aqui!

Coveiro

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