Incrível Hércules: Reunindo Divindades

Depois de enfrentarem e fugirem de uma caçada empreendida por Ares, Hércules e Amadeus Cho, e seu coiote (agora mecanizado) seguem em uma viagem que os levará a encontrar outros seres extraordinários e sobrenaturais em Universo Marvel 46. Mais do que isso, ambos acabarão envolvidos em uma nova e importantíssima jornada. Uma dica? Tem a ver com criaturinhas verdes.

Conversando com Atena (ela mesma!) na viagem que fazem de Vermont até São Francisco, Amadeus Cho acaba ouvindo algumas coisas sobre si. A deusa, irmã de Herc, diz que os problemas nos quais ele se envolve têm muito a ver com o mau uso de sua inteligência. E isso por causa de uma característica que todos os seres humanos (e divinos) apresentam, que é tomar a si mesmo como parâmetro para tudo que está a sua volta, sem perceber que muitas vezes o problema se revolve olhando para si mesmo.

Ela vê comportamento similar no bando de adoradores do Celestial Sonhador, que permanece estático em campo aberto na cidade de São Francisco desde que os Eternos despertaram, aguardando um julgamento final da Terra. Naquele gigante dourado, a multidão projeta sua divindade idealizada.


Herc, sem paciência, quer saber onde está a batalha que sua irmã disse que precisam lutar, dispensando a lição de moral. Mas Atena lembra da adoração religiosa exacerbada, de Cicno, semideus filho de Ares, a seu próprio pai milênios atrás. E como isso fez com que ambos se enfrentassem, e que só com a ajuda da deusa Hércules foi capaz de derrotar os dois, matando o fanático filho como previsto.


Reconhecendo que deve muitos favores a Atena, Herc sai para... tirar água do joelho. Enquanto isso, Amadeus questiona o comportamento dos deuses, perguntando porque ela não resolve tudo sozinha. Atena diz que não pode interferir a todo momento, pois isso subverteria o simbolismo de inspiração e orientação das entidades divinas. Antes da missão que ela tem para os dois, é necessária uma reunião que se dará em breve, e ela só espera que ele e Herc não se metam em confusão até lá.

Mas seu irmão, como já sabemos, não é muito bom nisso. Enquanto se alivia nas matas do parque, ele é abordado por dois eternos: Ikaris e Thena. O primeiro rapidamente confunde Hércules com um dos eternos adormecidos: Gilgamesh, deixando nosso herói beberrão um tanto confuso. Ele os reconhece, claro, pois já topou com eles em diversas ocasiões ao longo dos séculos. Mas eles acreditam que, pelo que indica o celestial em contato com Makkari, ele é Gilgamesh.


Falando por enigmas, e cruzando a origem dos eternos com as recordações da própria origem de Hércules (cuja memória não é tão boa, ainda mais depois de tanta pancada que já levou na cachola), Thena acaba confundindo as idéias do semideus. Mas, de qualquer forma, ele nega ser Gilgamesh e vai ao encontro de Atena.


Mas eles não desistem fácil, e decidem partir para uma abordagem mais direta. Ou seja, para a briga. Atingido por um raio energético saído dos olhos de Ikaris, Herc tomba em um buraco aberto no chão do bosque. Levanta-se aparentemente desorientado, recuperando a memória de Gilgamesh que estava enterrada em sua mente. Pura mentira. Hércules é bonachão mas não é burro, e se aproveita para atingir o eterno de guarda baixa com um cruzado bem dado.


Não demora para Atena ver e ouvir a briga, lamentando que, como antes, precisa interceder pelo seu irmão, vendo o quanto ele e Cho são parecidos. Porém, no meio da briga Herc e Ikaris conversam novamente sobre um passado longínquo, e mais uma vez nosso herói fica em dúvida, pois Gilgamesh é conhecido como “o esquecido”. E ele quase se convence disso.

Em uma reação muito bem calculada, mas pouco pensada, Cho atinge Thena com um fragmento de adamantium, e ela atira um raio em sua direção como reação, errando e Acertando o Celestial, que a castiga instantaneamente. Mesmo com a conversa de mais cedo, Atena aprecia o auxílio do garoto.


De repente, tudo se resolve. Ikkaris chega e desfaz todo o equívoco. Não era “o” esquecido que se aproximava, mas alguns esquecidos, mudando totalmente a situação. E agora Atena sabe do que ele fala.


Enquanto Hercules explica a Cho como sua vida é complicada, que ser um semideus e filho de um deus é bem diferente do que pode parecer, e que ser um eterno facilitaria as coisas muito mais, Atena os convoca para o “evento principal”. A reunião é finalmente revelada, e ela se dá não com um panteão de deuses, mas com representantes de vários panteões, uma congregação de elite das divindades terrestres. Dentre eles deuses incas (Inti), egípcios (Hórus), japoneses (Izagi-no-Mikoto), e outros.


E o motivo dessa reunião é logo revelado. Atena teme pela existência humana, os únicos cuja crença permite que esses deuses continuem a existir. E esse temor da erradicação dos seres humanos se baseia no fato de que os skrulls, raça da qual ela segura uma cabeça morta, já teriam conquistado a Terra.


Mas se a conquista da Terra pelos skrulls é certa – e a invasão já começou –, o que resta a Hércules e Amadeus Cho fazerem? Respostas em Universo Marvel 47, quando o arco Invasão Sagrada começa.


João