segunda-feira, 11 de abril de 2016

Uma nova teia de aventuras para a Viúva Negra




Depois de uma longa espera, finalmente a editora Panini começa a publicar as aventuras da Viúva Negra em sua nova revista mensal, saindo aqui em um primeiro volume especial reunindo as primeiras seis histórias mais o especial Marvel Point One publicado no início da Nova Marvel. Nathan Edmondson e Phil Noto assinam as histórias e surpreendem com 148 páginas muitos divertidas e bonitas de se ler.

Quando se fala no nome de Natasha Romanoff (ou Natalia Romanova, se preferirem a outra variação de seu nome), a primeira assossiação que se faz é espionagem. Então, não fazia sentido ter um título mensal da mesma muito longe disto. Apesar de estar fora deste mundo por algum tempo, é díficil tirar a espionagem da pequena Aranhinha. Assim, a premissa segue com o mesmo clima, mas agora Natasha trabalha para si mesma. O dinheiro que arrecada em missões é para compensar os erros do seu passado, ajudar numa rede de pessoas prejudicadas por antigas missões suas ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que pega apenas casos que ela considera digno.

Para tal, Natasha tem contato mínimo com o mundo lá fora. Seu advogado, pra lá de eficiente, Isaiah, é aquele quem seleciona suas missões e executa toda as operações financeiras. O lugar onde mora é quase isolado, tendo o mínimo de conversa com a senhora que loca o imóvel e provavelmente é espancada pelo marido. Até mesmo o gatinho das redondezas que adora o colo de Romanoff é evitado por ela. É assim que a vida de espiã deve ser.


Então, nas histórias solo que começam essa história vemos a nossa espiã realizando infiltrações impossíveis em arranha-céus em Dubai, salvando alguns elementos suspeitos de outros mais perigosos, livrando clientes de cadeias na America do Sul e até mesmo lutando contra outros espiões vingativos e com nomes tão sugestivos como o dela, como é o caso do Escorpião de Ferro. Mas não demora muito pra que as aventuras da ruiva se tornem algo mais oficial, com um chamado da SHIELD.

Maria Hill contacta a moça para impedir um possível atentado na sua terra natal, na Rússia. É provavel que alguém na embaixada da Ucrânia seja um alvo,mas o que Natasha não esperava é que todo o prédio fosse posto abaixo pelo executor. Sua única pista é que o suspeito era um gigante russo completamente ensandecido e que professava palavras proféticas divinas enquanto executava suas ordens. Seu próximo ataque levou Natasha a confrontá-lo na cidade do Cabo, na África do Sul. Mesmo depois de um intenso tiroteio nas ruas, a Viúva Negra não conseguiu impedir o gigante russo de executar seu trabalho. Ela perdia mais uma vez.


Para este trabalho, Natasha teve que recorrer ainda mais a sua rede de espionagem e nos arredores de Paris contactou uma outra espiã, Tori Raven. Agora, ela saberia com quem lutava, o russo se chamava Martelo de Deus, um ex-monge ortodoxo insano. Tori avisou que seu próximo alvo era em um Aeroporto em Gatwick e depois de uma luta intensa que acabou com o Martelo de Deus na turbina do avião, Natasha conseguiu salvar o alvo. Mas não por muito tempo. Antes mesmo do sujeito conseguir falar, ele foi envenenado e morreu espumando pela boca.

Para saber quem estava por trás de todos esses assassinatos, Natasha se deixou ser pega na costa de Montenegro. De lá, foi levada para um navio militar onde estava o mandante de tudo, Daron Dran, o Homem Indestrutível. Contudo, de alguma maneira, Dran não parecia mais tão indestrutível assim. Vivia preso numa camâra de infravermelho, com o rosto fraturado e parcialmente coberto por placas.

Após se livrar da prisão e confrontar mais uma vez o remendado e salvo Martelo de Deus, Natasha finalmente é triangulada pela SHIELD e eles se juntam a ela pra prender Dran. Aparentemente, o antigo vilão depois que perdeu seus poderes começou a ficar paranóico, se isolar e até mesmo matar todos aqueles que tinham alguma razão para querer seu fim. Seu destino final seria ficar eternamente trancafiado numa cela da SHIELD. Todavia, um agente veterano infiltrado acabou por matá-lo pouco depois de sua prisão. Teria a paranoia de Damon Dran alguma razão? É algo que Maria Hill quer que a Viúva Negra descubra.


As histórias de Nastasha Romanoff estão apenas começando aqui. Esse novo título durou 20 edições lá fora e deve render mais dois encadernados por aqui no Brasil. É uma material realmente muito bom, com conteúdo que valoriza de fato a heróina e uma arte bonita, delicada e ao mesmo tempo vibrante de Phil Noto que já valeria a pena adquirir a revista só por isso. A Panini, de forma acertada, fez bem em trazer esse material aqui em separado. Agora, é aguardar a saída do volume 2.

Coveiro

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