segunda-feira, 25 de abril de 2016

Deadpool: Reis Suicidas


Enquanto a mensal do Deadpool corre solta com as repercussões do evento Eixo e nas bancas está chegando as histórias mais clássicas do mercenário tagarela pelas mãos de Waid e Kelly, o encadernado trimestral do personagem chega ao número 11 e coloca o leitor de volta a - não tão bom - fase do Daniel Way na batuta do vermelhinho. Reis Suicidas foi originalmente publicada em cinco partes e coloca Wade Wilson de frente com alguns figurões da ala mais urbana da Marvel.

Tudo começa com um negócio que só podia dar errado. Deadpool é convocado e testado num galpão abandonado por um jovem apostador de jogos chamado Conrad que se deu muito mal e estava sendo ameaçado. Com isso, tudo que ele precisava era apagar o tal fulano que estava em cima do garoto e seria muito bem pago pelo pai do moleque. Só que Deadpool não esperava era que tudo fosse uma armação. Ao chegar no endereço indicado, tudo foi pelos ares antes de ele agir - e pra piorar - as pessoas filmaram Wade no local do crime e todas as suspeitas caíram sobre ele.


Pior do que ser perseguido pela polícia, Wade agora era alvo do Justiceiro, que naquela época contava com o apoio tático de Henry Russo, o filho bastardo do Retalho. Pelo menos por cinco vezes nessa revista vemos um briga brutal do Deadpool com Frank Castle, e em quase todas elas um braço ou pedaço do mercenário acaba separado do resto do seu corpo. Curiosamente, o único que dá crédito a Wilson é o Demolidor, que aparece na trama pra justamente ajudar o nosso anti-herói maluco a descobrir tudo que aconteceu.


É quando finalmente descobre-se que o menino é pai de um ricaço, dito aqui como Barão da Borracha e que vivia em problemas. O último foi ter se metido com ninguém menos que o famigerado Lápide. Aparentemente o vilão albino que tanto já causou para o Demolidor e Justiceiro estava se metendo no submundo da jogatina e causando o terror. Quem se dava mal com ele e não pagava as apostas tinha um destino cruel no cercado de porcos carnívoros famintos. O jovem Conrad era agora apenas mais uma marionete nas mãos dele e foi usado pra criar toda a situação para por Deadpool sendo caçado.

Mais adiante, quem se junta ao time de apoio de Wilson é ninguém menos que o Homem-Aranha. É provavelmente o melhor momento até aqui, quando vemos uma verdadeira competição de piadas infames e tiradinhas dignas de nota. Justiceiro só é convencido da inocência de Deadpool muito mais tarde. E é aí que o lance do Lápide começa a dar errado. Perseguido por um Deadpool vingativo, ele acaba literalmente encontrando um adversário tão duro na queda quanto ele. No fim, foi forçado a admitir que a culpa da explosão do prédio foi dele e assim que os demais heróis escutaram tudo, podia livrar a cara do mercenário maluco agora.


No meio de toda essa história insana, pode-se contar ainda com uma outra participação especial do mundo do Deadpool. A mutante Pistoleira acaba sendo o principal apoio do personagem nos momentos ruins e até reserva uma surpresinha para o amigo no final. As vozes da cabeça de Wilson também estão presentes - afinal, isso tudo aconteceu há alguns anos atrás - e devem servir  até de nostalgia para o leitor novato que só foi conhecer Wilson de 2010 pra cá. Nem de longe é minha fase favorita do personagem, mas reconheço a importância que teve para atrair novos leitores na sua época, principalmente aqui no Brasil, lançada como mensal.

A mini conta com os roteiros de Mike Benson e arte de Carlos Barberi. Na mesma edição, temos ainda uma história ainda mais chatinha protagonizada pela Lady Deadpool, com Mary Choi e Ken Lashley. É totalmente dispensável. E basicamente é isso. Espero que a Panini passe logo a publicar as séries Max e as elogiadas minis escritas por Peter David e Cullen Bunn.

Coveiro

comments powered by Disqus