Os Guardiões da Galáxia desferiram um golpe mortal no Império Badoon ao resgatarem uma colega de equipe, Angela, de um planeta prisão. Agora eles são convocados por Carol Danvers, a Capitã Marvel, a se aliarem a ela num confronto iminente contra Tony Stark. A razão disso é o inumano Ulysses, capaz de prever o futuro. Carol acha que as habilidades do rapaz devem ser utilizadas para evitar que tragédias venham a acontecer e Tony não confia nas visões dele. Estamos na iminência de uma nova Guerra Civil super-heróica. O que fará a equipe a respeito? É o que veremos no arco “Convocados”, escrito por Brian Michael Bendis e desenhado por Valério Schiti. Ele foi originalmente publicado em Guardians of the Galaxy #11 a #13 e aqui em Guardiões da Galáxia #11 a #13 pela Panini.
A maioria da equipe decide ir para a Terra e se informar melhor a respeito do que está acontecendo em consideração a Carol, que já fez parte do grupo. Eles chegam na Estação Espacial Tropa Alfa e são recebidos por ela, que chama Peter Quill, o Senhor das Estrelas, para uma conversa em particular. Tempos depois, Kitty Pryde, noiva de Peter, dirige-se a ele pra saber o que conversaram. Peter explica que a situação é mais séria do que imaginavam. Ele acrescenta que uma missão militar liderada por Carol para capturar Thanos causou a morte de seu ex-namorado e melhor amigo de Tony, James Rhodes, o Máquina de Combate. A captura do Titã foi possível graças a uma das visões de Ulysses e agora ele está aprisionado em local confidencial. Apesar da insistência de Kitty, Peter não quer avisar Gamora, filha adotiva de Thanos, a respeito disso por temer que ela queira acertar as contas com o Titã e provocar, inadvertidamente, a fuga dele.
A equipe se reúne em sua nave e espera o chamado de Carol para intervir no confronto direto contra Stark e seus simpatizantes. Eles estão camuflados e veem a situação piorar cada vez mais, com a chegada de um poderoso grupo de antagonistas. Kitty reconhece alguns dos X-Men nas fileiras de oposição e se angustia a respeito.
Carol dá uma ordem de prisão a Tony, que se recusa a aceitá-la, ainda mais pensando estar em maior número. “Longe disso, ela responde, tenho amigos em toda a parte”. É a senha para os Guardiões da Galáxia entrarem em ação.
O combate é feroz e a nave dos Guardiões é derrubada durante a briga. Não muito tempo depois, a nave explode ao lado do Triskelion devido aos danos que sofreu. A equipe, agora, está encalhada na Terra. Rocky Racum se revolta contra Carol por causa disso, mas Peter argumenta que, por causa de sua malfadada experiência como regente de Spartax, ele acredita que “se você pode impedir que algum ruim aconteça, impeça, independente de alguém ficar magoado”. Enquanto isso, Gamora ouve o comandante de um grupo de soldados querendo saber a respeito de Thanos o mais rápido possível.
Gamora entra no Triskelion e exige ser levada até seu pai adotivo. Uma equipe de guardas fortemente armados e equipados tentam barrar o seu caminho, mas não conseguem. Por causa disso, a Capitã Marvel é forçada a agir e interrompe o conflito. Carol tenta dialogar com Gamora, mas é inútil e elas entram em confronto direto. Peter tenta apartar as duas, mas não consegue. A briga entre elas chega ao exterior do prédio e Gamora acusa Carol de traição por não ter contado antes a respeito de Thanos. Carol deixa escapar que Peter também sabia disso, o que piora ainda mais a situação: “Diga a Quill que não somos mais aliados e que ele não cruze mais o meu caminho”. Carol faz um último esforço para contornar a situação e tudo o que recebe é um aviso: “isso vale em dobro pra você”.
Peter finalmente revela aos demais colegas de equipe que sabia sobre Thanos. Por causa disso, a equipe se desagrega de vez e todos, menos Kitty, rompem com ele.
Enquanto isso, na Zona Negativa, o Aniquilador e a Rainha da Ninhada tomam conhecimento de que Thanos está na Terra e pensam sobre como tirar proveito dessa informação.
Não achei esse arco ruim, mas confesso que ando meio cansado de “bendistalking”. Ainda mais nesse caso, com o objetivo de “amarrar” a história para alinhá-la com o “mega-evento da vez” (algo que já estou cansado também), Guerra Civil II, também escrito por Bendis. Pelo menos isso serviu para deixar bem claro o posicionamento de cada membro da equipe em relação aos últimos acontecimentos e isso é sempre proveitoso para o desenvolvimento dos personagens. Agora eles precisarão lidar com as consequências deste confronto.
Valério Schiti fez um ótimo trabalho, como sempre. O seu estilo casa muito bem com esse tipo de história e gosto muito da intensidade de suas cenas de ação.
A primeira ilustração desta resenha foi feita pelo grande Arthur Adams, que foi utilizada pela Panini como capa de Guardiões da Galáxia #11. Os eventos narrados aqui ocorrem em conjunto com a edição nacional de Guerra Civil II #3, que mostra o primeiro grande confronto entre os grupos de heróis.
C@rlos
