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O primeiro painel da Marvel na C2E2 tratou das novidades digitais da editora. Acompanhe!
Dando continuidade às novidades reveladas há algumas semanas aqui, o painel House of Ideas contou com a presença de Joe Quesada, do editor-chefe Axel Alonso, do Diretor Executivo Editoral da Marvel Digital Media, Ryan Penagos, e do Diretor de Comunicações, Arune Singh.
Para começar, Singh disse que a Marvel já disponibilizou mais de 10 mil títulos na sua plataforma digital. Como já anunciado há algum tempo, todos os títulos de 3,99 dólares da editora estão saindo com um código para que o leitor tenha acesso completo à cópia digital desse mesmo título. Singh ressaltou que os quadrinhos impressos e os digitais não são concorrentes, mas funcionam conjuntamente.
A editora está trabalhando em parceira com diversas empresas, como as plataformas Android e a linha de iPhones e iPad, para permitir que todo mundo possa ler os quadrinhos da Marvel independentemente da marca utilizada.
Na sequência, Joe Quesada e Axel Alonso falaram da Marvel ReEvolution. Essa iniciativa, anunciada na última conferência, é o futuro dos quadrinhos. A partir de aplicativos da Marvel, o leitor tem acesso a uma realidade aumentada - são verdadeiros Easter Eggs dos quadrinhos impressos, que ficam disponíveis em plataformas digitais. Haverá muitas possibilidades, que dependerão apenas do bolso do leitor. Para AvX, Singh garantiu que haverá um material próprio de realidade aumentada, ligado à série, que se parece muito com o jogo Marvel vs. Capcom.
Os comentários mais esperados do painel foram sobre a linha Infinite Comics, os quadrinhos exclusivamente feitos para serem lidos em tablets ou em outros leitores digitais. A primeira história, com o retorno de Nova, por Mark Waid e Stuart Immonen, já saiu. No caso de AvX, por exemplo, se o leitor comprar a primeira edição, ele ganhará acesso tanto à cópia digital da mesma quanto a essa história do Nova. Falando na cópia digital de AvX #1, Singh comemorou o resultado das vendas e ressaltou que elas não interferiram na vendagem recorde da edição impressa.
Quesada lembrou que a primeira tentativa no ramo digital da editora foi o "stop motion", mas que, ao conhecer o trabalho do artista Yves Bigeral, eles puderam dar um passo adiante e criar a Marvel Infinite Comics. Alonso comparou a linha com os videogames. Daqui a alguns anos, essa ideia revolucionária certamente será superada por algo maior, e eles estão trabalhando para estar sempre à frente.
Por fim, Penagos comentou sobre a Marvel nas redes sociais. Além de falar sobre o Facebook e o Twitter, ele ressaltou o GetGlue, uma espécie de FourSquare da leitura, que permite que os leitores ganham distintivos a cada revista que assinalam como lida. Singh lembrou que a editora está com uma iniciativa de jogos online nas redes sociais, a Marvel XP, que é a responsável por Avengers Alliance, jogo que virou febre no Facebook.
No momento de perguntas e respostas, destacou-se a pergunta sobre o preço dos quadrinhos. Quesada lembrou que nem todo o valor da revista vai para Marvel, porque ele é diluído entre a cadeia produtiva e distributiva. Ele ressaltou que a queda do valor em 1 dólar não necessariamente atrairia mais leitores - e o preço atual reflete os grandes talentos que estão envolvidos nas revistas.
Sobre o valor do quadrinho digital, que é, muitas vezes, igual à cópia impressa, Singh disse que isso se deve ao fato de a editora, mesmo economizando papel, ter que pagar aos designers digitais por seu trabalho. Ele concluiu dizendo que todas as iniciativas novas da editora, como a possibilidade de ter acesso à cópia digital, são uma tentativa de agregar valor e fazer com que os fãs percebam que estão pagando um preço justo pelo produto.
Leonardo Bento
