Mais cedo, vocês acompanharam aqui as impressões do nosso site sobre a primeira versão Tour da CCXP, que aconteceu em Recife no último final de semana. Com a experiência de quem esteve já nas versões paulistanas do evento, a ideia que tivemos foi de que a proposta deu certo, o retorno pareceu pra lá de positivo e certamente há o potencial para a CCXP Tour se espalhar por aí em muitos outros estados. Todavia, queríamos ainda um olhar diferente para nossa cobertura e quando um dos nossos leitores que nunca teve oportunidade de estar na CCXP antes se ofereceu para falar tudo o que ele achou desses últimos dias, imediatamente abrimos o espaço para ele aqui no site. Portanto, com vocês, Israel Nascimento:
Olá, leitores 616. Meu nome é Israel Nascimento e acompanho o Universo Marvel desde o início dos anos 90. Sendo de Salvador encontrar outras pessoas que curtissem HQs lá nos longínquos anos 90 era um fato raro. Foi somente com o antigo Mutação que pude encontrar outros para discutir. Ainda no Orkut conheci o Marvel 616 e acompanho o site desde o seu início. Atualmente moro em Recife e foi com enorme expectativa que recebi o anúncio da CCXP Tour aconteceria aqui.
Em primeiro lugar, é a primeira vez que participo de um evento deste porte. Verdade seja dita, é a primeira vez que participo de um evento ligado a HQs e cultura pop. Difícil imaginar o que esperar de algo assim, pois tudo é novo e inesperado. Estar entre pessoas que curtem o mesmo tipo de cultura que você, conversar de HQs sem parecer um ET e perceber que tem muita gente curtindo esse material é fascinante. Minhas expectativas eram altas e foram todas superadas.
O evento ocorreu de 13 a 16/04 (quinta a domingo). Participei em dois dias: sexta e sábado. Primeiramente, a estrutura. Como não tenho referências anteriores, não saberia dizer se tem mais ou menos stands ou artistas que as versões em São Paulo, mas o espaço estava bem ocupado, com stands de diversas lojas, editoras e empresas: Comix, Mundo Geek, Piticas, Chiaroscuro, Editora Abril, Panini, JBC, Netflix, Warner, Oi, Fox, Disney, entre outras. Os corredores eram largos de modo que não precisava ficar esbarrando nos outros. Tivemos 185 quadrinhistas no Artists’ Alley, segundo o site oficial do evento, incluindo alguns nomes internacionais, como Bill Sienkiewicz, Glenn Fabry, Tom Raney e García-Lopez, ao lado de nomes como Will Conrad, Eddy Barrows, Adriana Melo, Shiko, Ivan Reis, Jock, Deodato (este na loja da Fênix), dentre diversos. Foi muito prazeroso passear pelo local e ver diversos estilos diferentes e pessoas que nem conhecia antes. Fiquei extremamente fascinado pelo estilo da Gio Guimarães e comprei uma arte dela do Sandman.
A Oi foi responsável pelos stands de assinatura e autógrafos, que envolveu muito dos convidados do evento e participantes dos painéis, mas essa foi uma parte que não acompanhei. Sobre os painéis, a entrada nos auditórios estava relativamente tranquila, embora eu não tenha acompanhado os mais badalados, como Star Wars ou Netflix. Acompanhei três deles: Marvel Comics Das HQs as Telas, falando sobre os filmes com personagens da Marvel, contou com Bill Sienkiewicz, Tom Raney, Deodato e Gustavo Duarte, mediado pelo Levi Trindade e o Marcelo Hessel.
Marvel Studios, onde reprisou os últimos trailers de Thor e Guardiões da Galáxia, mostrando também conteúdo exclusivo de Guardiões. Três cenas: a conversa de Ayesha e os Guardiões, a caçada a equipe, e a fuga de Rocky e Yondu. Panini Comics, focando mais no Universo DC e no Stout Club, com nada de novo de Marvel. Durante as perguntas, foi sinalizada pelo Levi a possibilidade de sair material antigo com o Thanos. Os cosplayers deram show e tinha muita coisa amadora, mas bastante fiel e muita coisa profissional também.
Bom, essas foram impressões rápidas sobre o evento, e muito mais coisa aconteceu nestes dois dias em que estive presente e nos outros. Espero ter matado um pouco a curiosidade de quem não esteve e dizer que vale muito a pena ir num evento desses.
Israel Nascimento
