quarta-feira, 26 de abril de 2017

Força V: Corpos Antagônicos

Com Alison Blaire se juntando ao restante das garotas, podemos dizer que a Força-V (res)surgiu como deveria, ao menos do jeitinho que a estranha Singularidade lembrava como era. Contudo, mesmo um ataque fulminante de luz da Cristal foi incapaz de deter a ameaça conhecida como Antimatéria. Restava agora a gerigonça criada pela divisão científica da Tropa Alfa dar certo e capturar o vilão.



O resultado não foi como o esperado. A máquina sugou parte da energia do Antimáteria mas se sobrecarregou. Não restava outra opção para as moças a não ser fugir. Nico criou uma magia para impedir que o vilão pudesse rastrear de novo a Singularidade e a jovem poderosa azulada englobou as amigas com seu poder e simplesmente desapareceu dali. Dentro da imensidão da Singularidade, as outras quatro integrantes da Força-V só trocaram farpas e mostraram que havia muito ainda para elas se organizarem e funcionar como uma equipe de verdade. Carol Danvers tentou se comunicar com a base espacial da Tropa Alfa para saber onde tinham ido parar e a cientista Tempest Bell alertou que elas estavam - de algum modo - já dentro da estação. Singularidade surge na frente da cientista com sua animação de sempre.

Um novo plano foi montado entre as heróinas da Força-V e as cientistas Tempest Bell e Gwendolyn Kawasaki (lembra dela, das histórias solo da Capitã Marvel?). Antes de uma grande ofensiva desta vez, no intuito de tentar dispensar as particulas do Antimatéria como estratégia, Carol Danvers e Jennifer Walters vão tentar dialogar com a criatura e arriscar uma abordagem diplomática. O plano era que sem a Singularidade por perto, ele fosse mais racional. Assim, teve poucos minutos para eles se preparem e o Antimatéria bater à porta da Base da Tropa Alfa na nossa órbita.



A conversa com o vilão foi uma perda de tempo. Antimatéria não mudou de ideia quanto a se livrar da única ameaça que podia feri-lo, a Singularidade. Ao mesmo tempo, mostrou-se uma criatura alheia a vida e bem estar humano, querendo apenas estudá-los a fundo como curiosidade, sequer se importando se os destruísse no processo. A Força V não viu outra opção senão o ataque e isso acabou custando a vida da Cristal, atingida em cheia por um raio do inimigo. Em fúria, a Mulher-Hulk decapitou o gigante de energia, mas era algo que não demoraria muito tempo para ele se reestruturar.



A morte de Alison deu nova motivação a Mulher-Hulk, Nico, Capitã Marvel e Medusa a agir. Juntas, elas iriam tomar a iniciativa de dispersar totalmente o Antimatéria Contudo, mal tiveram tempo de arquitetar um novo plano. O problema é que o plano de dispersar as particulas do vilão pode custar a vida da Singularidade, segundo os cálculos feitos pela Doutor Bell. Isso era uma opção que o grupo não aceitaria, perder mais um deles.

Então, Singularidade resolveu sair da base sem autorização e entregar-se ao vilão acreditando que isso impediria mais sofrimento. A Força-V teve que agir as pressas, sem ainda ter o dispositivo de contramedida para dispersão pronto. Juntas, não tinham outra coisa senão poder de fogo bruto para machucar um pouco o inimigo até abrir um rombo no meio dele e injetar o dispersor de particulas. É nesse momento que surge a Cristal, viva como nunca, com uma nova máquina criada pela Bell para proteger a Singularidade e detonar o vilão em segurança.

Medusa ativa o dispositivo, Cristal foge com Singularidade para longe e Nico usa uma magia para proteger a todo resto da equipe.  É o fim do primeiro vilão da equipe nesta nova (ou seria primeira) formação. O mistério de Singularidade continua aqui e sua verdadeira natureza deve ser entendida no decorrer de todo esse volume. Cristal também tem seus mistérios, com essas ressureições vindas do nada algo que vêem sem resposta desde a fase do Excalibur do Chris Claremont. A ex-Cantora sofreu muito ultimamente (ler os Fabulosos X-Men do Bendis, se tiver coragem) e vai precisar viver uma mudança. Por fim, ainda há novas peculiaridades quânticas sentidas por Singularidade e caberá a esse novo time correr atrás delas para resolver. Como prelúdio, particulas dispersadas do Antimatéria se manifestam em pessoas comuns que estão dormindo profundamente a noite.



Eu gosto das histórias da Força V. As histórias construídas por Kelly Thompson e G Willow Wilson com Jorge Molina na arte tem uma dinâmica muito boa, sem soar nada forçada a união de um grupo exclusivo de mulheres. Elas, na verdade, tem até uma motivação muito sincera ao aproveitar um bom gancho de outra realidade e uma personagem fora do comum que gera situações divertidas sem soar bobas devido a sua "inocência" quanto ao nosso mundo. A conclusão desse arco em quatro partes você pode ler em Universo Marvel #3, publicada em Fevereiro.

Coveiro

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