terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Força-V: A Singularidade e a Antimatéria

Oito meses depois do fim das Guerras Secretas, muita coisa mudou no Universo Marvel que voltou a existir. Temos novas direções para alguns personagens e formação de equipes até então impensáveis. Para algumas pessoas como a Carol Danvers, nossa Capitã Marvel, algumas mudanças são pra lá de notáveis. Depois de a vermos como Líder da Tropa Alfa e como membro principal dos Supremos, é a vez de ela voltar a fazer parte da Força-V, uma equipe que na verdade nunca existiu nessa realidade. Mas como isso é possível?



Para entender melhor o que é a Força-V, seria importante você ter lido o tie in do grupo publicado em Guerras Secretas: Vingadores 2 ano passado. Lá na ilha de Arcádia, somente mulheres poderiam viver e as principais heróinas da Marvel era as campeãs protetoras do lugar. Juntas, elas formavam a renomada Força-V. Mas tudo isso simplesmente ficou perdido fora da nossa realidade quando o Deus Destino caiu e o universo 616 como conhecíamos voltou a entrar nos eixos. Ou isso era o que pensávamos.

Um prólogo publicado originalmente em Avengers 0 traz o pontapé inicial que voltaria a reunir a Força V. Após um gigantesco evento luminoso ser vislumbrado a noite por metade do planeta, a nova líder da Tropa Alfa e principal heroína da linha de defesa da Terra contra ameaças cósmicas, a Capitã Marvel, foi investigar o que era aquilo. Ao se aproximar, a Carol se deparou com o responsável por tudo, uma entidade humanóide recém surgida que parecia absorver qualquer tipo de energia ao redor. Aquele ser mostrou-se de imediato uma ameaça para a vida de Danvers e foi graças a ajuda de uma de suas novas técnicas, Tempest Bell, que a heróina sobreviveu e a criatura foi dispersada com a explosão de uma microbomba de luz.

Mas o que quer que tenha sido aquele ser, não era a única entidade estranha a surgir inusitadamente em nossa órbita naqueles dias. Do nada, um jovem ainda tanto misteriosa até mesmo para os leitores, chamada na outra realidade criada de Singularidade, surgiu na nossa nova existência. Singularidade tinha todas as memórias de sua outra vida, quando conviveu ao lado das corajosas guerreiras da Força V. Antes mesmo de a Tropa Alfa elaborar um plano para lidar com a garota flutuante no espaço, a própria Singularidade reconheceu a presença de Danvers na estação espacial e foi até ela.



Cheia de energia e totalmente feliz por ver um rosto conhecido, Singularidade foi direto abraçar Carol. No entanto, a Capitã Marvel não correspondeu a mesma emoção. Ela sequer tinha alguma lembrança de quem era a garota cósmica na sua frente. Singularidade e seus dons peculiares de manipular massa e energia logo atraíram a curiosidade da Doutora Tempest Bell. Todavia, as teorias que ela gostaria de elaborar sobre a misteriosa garota teriam que ficar pra depois. De alguma maneira, a criatura de Anti-matéria que apareceu no prólogo acabou se recompondo e ameaçando do novo a estação espacial e todo o planeta.

Confusa por não ter sido reconhecida pela Capitã Marvel, Singularidade decidiu que deveria procurar uma outra de suas amigas da antiga Arcádia. E enquanto Danvers foi lidar sozinha com a criatura no espaço, a menina cósmica pegou um módulo de fuga da estação espacial e rumou para o planeta Terra. No meio do caminho, seu módulo atingiu parte da torre mais alta de Attillan e, por fim,  caiu bem no meio de uma das ruas principais de Nova York. E logo atrás dela, atraído pela peculiaridade de sua energia, veio o Anti-Matéria.



Assustada, Singularidade foi atrás da próxima pessoa conhecida da sua lista de "amigas" que poderia ajudá-la. Assim, atravessou a trancos e barrancos as ruas da cidade até chegar ao escritório de advocacia onde trabalhava Jennifer Walters, a Mulher-Hulk. Como era de se esperar, a advogada não reconheceu também Singularidade, mas percebendo que a garota estava em perigo, foi ajudá-la a lidar com o Anti-matéria. O monstro parecia ser forte demais para as duas. Todavia, logo chegou uma outra peça nesse tabuleiro que também fazia parte da história da antiga Arcádia - Medusa.



Diferente da sua outra versão da Força V, Medusa estava viva, e era mais sisuda e menos heróica. Tentou entender de um jeito rápido a situação e julgou que Singularidade também seria uma ameaça. Se fosse o jeito mais rápido e fácil de resolver a situação, ela entregaria a garota cósmica para o monstro de Anti-matéria se fosse preciso. Isso, obviamente, colocou a Rainha dos Inumanos e a prima do Hulk em conflito. Mas logo elas tiveram que unir forças quando a criatura de Anti-matéria começou atacar alguns soldados da tropa inumana e curiosamente passou a "estudá-los" como se fossem meras cobaias.

Mesmo com a força bruta de Medusa, as três mulheres não podiam dar conta do Anti-matéria. Delas, somente a Singularidade conseguia ferí-lo um pouco com seu corpo, mas em troca sentia uma dor insuportável. Coube a medusa usar uma das tecnologias inumanas e lançar um disco de teleportação contra o vilão e jogá-lo temporariamente para longe. Era preciso o quanto antes elas encontrarem um jeito de lidar com o Anti-matéria de modo mais definitivo. Singularidade teve uma ideia - Magia!

Assim, usando seus poderes extraordinários, a misteriosa garota cósmica transportou ela, Medusa e Mulher-Hulk para o Japão e interrompeu a cerimônia de casamento da prima de Nico Minoru, que também conhecemos pelo codinome Irmã Grimm. Mais uma vez, outra personagem que pertencia a Força V não foi capaz de reconhecer a Singularidade. Sem muito tempo para explicações, a jovem mística foi mais uma que se juntou ao grupo de heróinas e teve que lidar com a ameaça que acabara de chegar e estava pondo abaixo todo salão de festa. Com seu cajado do absoluto, Minoru conseguiu salvar a parentada e lançou depois um feitiço para o monstro se desfazer. Acabou um tanto ferida e lá foi recorrer a uma magia de cura em outra língua para driblar os limites de seu artefato mágico (Afinal, nenhum feitiço pode ser repetido para o cajado funcionar).



Com o curto tempo que ganharam sem o Antimatéria na Terra, as heroínas exigiram explicações sobre o que estava acontecendo de fato. Do seu jeito simples e único, Singularidade tentou explicar como conhecia cada uma delas de outra realidade e que juntas elas formavam a Força V. Era uma história difícil de acreditar, mas nada impossível naquela vida das super-mulheres. Minutos depois, foi a vez da Capitã Marvel entrar em contato com as moças e juntar suas forças contra o inimigo comum. A líder da Tropa Alfa tinha um plano para lidar com o monstro baseado numa teoria da cientisa Tempest Bell. Para tal precisava de alguém capaz de despender altas quantidades de luz concentradas. E não havia pessoa melhor par isso do que a mutante Cristal.

Singularidade transportou a Mulher-Hulk e as demais até Miami, onde encontrariam Alison Blaire numa partida de hockey no gelo. Ela seria a quinta heróina a se juntar a essa nova Força V, mas assim como as outras não reconheceu de jeito nenhum Singularidade. Cristal, na verdade, tinha passado recentemente por algumas tragédias pessoais e acabou mudando radicalmente seu visual (Culpem o Bendis por isso). Mais turrona do que nunca, decidiu fazer parte da armadilha e ajudar as demais garotas. O plano não demoraria pra ser posto em prática já que o vilão estava batendo a porta do estádio naquele instante. Carregada de som transformado em luz, Alison não pensou duas vezes em se descarregar pra cima do monstro. A Força-V voltou a existir mais uma vez!


O resultado dessa briga, no entanto, vai ficar pra próxima edição. Por enquanto, o resumo fica com a cobertura do que saiu nas edições 1 e 2 de Avante Vingadores. O roteiro é agradável, traz G. Willow Wilson (escritora da nova Ms Marvel) de volta. Ela parece ter um dom para montar histórias para o público dos chamados "milenials" e ao mesmo tempo agrada bastante o público mais velho. Acompanhada de Jorge Molina, entrega até o momento uma história acima da média.

Coveiro

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