segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Vingadores: Novíssimos e Diferentes

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Uma das mais sensíveis novidades do Universo Marvel no mundo pós-Guerras Secretas é sem dúvidas a configuração dos Vingadores. De uma equipe que assumiu verdadeiros ares de uma corporação de heróis, o que vemos desde o relançamento da revista Vingadores no final de 2016 é algo muito mais simples. Porém, com os roteiros do veterano MARK WAID, essa está longe de ser a única diferença da atual encarnação dos heróis mais poderosos da Terra.

Em um primeiro olhar na capa e nas primeiras cenas da equipe trabalhando junta, você poderia dizer que se trata de uma versão dos Vingadores de uma realidade paralela. Dos tradicionais membros, apenas o Homem de Ferro permanece o mesmo. O Capitão América Sam Wilson, Thor Jane Foster, Homem-Aranha Miles Morales, Ms. Marvel Kamala Khan, Nova Sam Alexander. Ah, sim. O Visão também está lá. Mas já já falaremos dele.

De qualquer forma, ou temos versões “substitutas” de grandes medalhões ou literalmente novas gerações de importantes legados. Claro que esse primeiro arco de histórias, que se espalhou pelas três primeiras edições de Vingadores, trata da narrativa que busca explicar a reunião sui generis dos atuais membros. E, infelizmente, a trama não empolga. Parece até um pouco clichê com a ideia de uma grande ameaça que “força” a reunião dos heróis. Waid usa um vilão sem carisma (o chitauri Guerrilheiro) tirado da revista do Nova, para criar algum tipo de mistério tanto na interação entre o Visão e Nova quanto em torno do homem que comprou a antiga Torre dos Vingadores e ajuda o primeiro adversário da nova equipe a gerar uma ameaça que obviamente acaba frustrada.

O destaque vai mesmo para a história paralela, que conta como Ms. Marvel e Nova se encontraram pela primeira vez. A bela arte de MAHMUD ASRAR ilustra uma das coisas que Waid faz de melhor – desenvolver a personalidade de seus personagens. Identidades secretas e outros problemas enfrentados por super-heróis adolescentes parece um campo em que o roteirista se sente mais confortável.

A Marvel não é boba e coloca o consagrado ADAM KUBERT na arte da história principal, e há pouco que comentar sobre a qualidade desse outro veterano. As capas são do consagradíssimo ALEX 'MARVELS' ROSS, não confunda.

Com Guerrilheiro derrotado, um problema se apresenta quando Nova se dá conta, desde cedo, que ele é responsável parcialmente pelas ações do alienígena. E a questão fica um pouco mais interessante quando, dizendo saber da ligação entre os dois, Visão praticamente coloca Nova “na sua mão”, sugerindo a possibilidade de chantageá-lo com a informação.

Uma escalação ultra modernizada, uma trama fraca, bons diálogos e um gancho ao menos intrigante – esse poderia ser o resumo em poucas palavras do início dos Novíssimos e Diferentes Vingadores. Porém, acredito que um voto de confiança há de ser dado ao titio Waid, que costuma mais acertar do que errar em sua carreira.

João

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