quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Vitórias e perdas na conclusão de Guerras Infinitas


*ATENÇÃO! Esse artigo contém spoilers da edição que está sendo publicada nos EUA! Leia por sua própria conta e risco!



A minissérie Guerras Infinitas  terminou essa semana em sua sexta edição com uma boa conclusão, onde possivelmente sentiremos suas consequências futuramente. Tivemos algumas vitórias, a sobrevivência de novos heróis, mas a história certamente não acabou muito bem para outros personagens, em destaque para a Gamora, que foi a personagem central dessa trama.

Após Loki encarar o Celestial e ser apresentado ao seu possível futuro, o Deus da Mentira retorna para os seus Vingadores com as Pedras do Infinito, afim de derrotar Devondra e restaurar os universos destruídos. Ele entrega as pedras para os heróis, mas não segue com eles. Decide partir com o bibliotecário asgardiano para a Cidade Omnipotente.



Enquanto isso, os outros heróis do Universo Fundido estão combatendo Devondra e o Soldado Supremo está dando uma lição em Requiem, que como já sabemos é a Gamora. A luta segue  até o momento de ela ser jogada para a boca de Devondra e no último instante ser salva pelo Groot fusionado. Neste momento, chegam os outros Vingadores de Loki carregando as Pedras e devolvendo joia da alma para Warlock. Com as pedras, Warlock pode reverter o universo ao que era, mas o Soldado Supremo não aceita uma vitória em que eles também percam. Isso faz Adam ter uma ideia.



Enquanto Adam Warlock começa a por em pratica o seu plano, o Hulk aproveita e já acerta um golpe, usando o poder da Pedra do Espaço para criar um buraco negro que suga a Devondra, mas que em compensação continua puxando qualquer coisa próxima. Adam Warlock então junta-se com os Vingadores de Loki e as suas pedras para imaginar a criação de um outro universo onde as versões mescladas possam ter suas almas copiadas e assim existam em uma nova realidade, ao mesmo tempo em que ele começa a separar as fusões para o nosso universo. Descobrimos aqui que Drax sempre possuiu duas almas dentro de si, a de Drax e de seu alterego humano original na Terra, o saxofonista Arthur Douglas. Agora, graças a Warlock Arthur Douglas  teve depois de muito tempos sua alma liberada da de Drax e ficou com um corpo só seu. Gamora também parece que voltou ao normal, deixando pra trás a personalidade de Réquiem aqui.



Assim, usando os poderes combinados de todas as pedras e a força de vontade dos portadores, Warlock e os demais começam a devolver as almas para os seus devidos universos, mas com o buraco negro consumindo tudo eles não sabem se podem salvar as duas realidades ao mesmo tempo. Então, Drax e o Arthur Douglas parece que por terem esse ligação são capazes de duplicar o portal e formar uma espécie de símbolo do infinito que garante o tempo para Adam e os Vingadores salvarem a todos. Contudo, isso tem o custo de deixar Drax e Arthur Douglas para trás em prol de salvar todos os demais.



Ao chegar na Terra, os heróis que ainda lembram o que aconteceu começam a querer se vingar de Gamora (que não tem mais a persona de Requiem) enquanto que outros já discordam do que fazer com as joias. Warlock decide parar o tempo antes de decidir o que fazer. Após um minuto com o tempo congelado, Adam decide mandar a Gamora para onde ela realmente se sentirá melhor e poderá fazer o bem. Mais adiante veremos que ela acaba se exilando em um lugar onde encontra um casulo, que se revela que no interior estava Magus, a outra versão de Warlock, geralmente maligna, porém bem mais jovem e inocente aqui. Ele decide seguir Gamora e ambos trilharão um caminho diferente.



Enquanto isso, Warlock explica que ele renunciou o poder do Infinito e decidiu que cada pedra deveria escolher seu caminho. Ele criou uma alma para que elas mesmas pudessem tomar suas próprias escolhas. Contudo, no momento que ele decide ser o guardião novamente da Jóia da Alma, a pedra desaparece para o espaço. A Jóia decidiu tomar seu próprio rumo. O que deixa Warlock um pouco desconfortável.



Um vislumbre do novo universo criado revela que os heróis estão bem e que parece que Arthur Douglas ganhou uma segunda chance ali e vive feliz com sua  mulher. Já de Drax não temos notícias.
Loki está na Cidade Omnipresente vendo o Bibliotecário escrevendo a própria história que participou e registrando-a na biblioteca da cidadela. Outro detalhe é que Phylla-Vell e Serpente da Lua voltaram a ficar vivas nesta nossa realidade, algo que Warlock acredita que seja uma compensação pelo sacrifício de Drax. Já Adam Warlock chega a conclusão que ele também está incompleto, muito parecido como estava a Gamora. Seria pela falta a joia da Alma ou por Magus estar separado dele longe dali? E o fim da revista, além da deixa do Warlock de que esse assunto está longe de acabar, direciona a história para uma última edição em Janeiro - Guerras Infinitas: Infinito, o que pode sugerir que esse assunto sempre será um conto cíclico ou algo mais. Vai saber!



Particularmente, nesse título principal a arte do Deodato não tem me agradado muito e nessa minissérie principalmente, se mostrou muitas vezes ilegível, por ter muita sujeira e a cores não ajudarem tanto. Ao meu artístico, a melhor fase do Deodato sempre será quando ele desenhava Vingadores Sombrios, onde os desenhos eram mais nítidos, plásticos e muito pouco baseado em "posemaniacs".

E você, caro leitor, acompanhou essa minissérie também? O que achou? Curtiu o novo destino de Gamora? O que você acha que pode rolar com o Warlock depois dessa treta toda? E Loki, que destino foi esse que ele viu que o fez se afastar do fim das Guerras Infinitas no último ato? Muitas novas perguntas, não é mesmo!?

Marcus Pedro e Coveiro

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