domingo, 30 de junho de 2019

Final de Guerra dos Reinos é dignamente estrondoso


*ATENÇÃO! Esse artigo contém spoilers da edição que está sendo publicada nos EUA! Leia por sua própria conta e risco!

Se existe uma coisa inevitável é que Jason Aaron é o cara que sabe contar uma boa história com um desfecho épico. Não importa o que ele faça no final, é apenas de se esperar que seja épico e crível, deixando os fãs satisfeitos com o resultado que ele achou digno. E é exatamente isso o que ele fez com a última edição de Guerra dos Reinos e contar um pouco como foi.

Depois do último resumo que publiquei aqui, Thor foi para a Yggdrasil que estava crescendo no meio do Sol para adquirir o conhecimento necessário para acabar com a Guerra que Malekith começou com a Terra. Nesse ponto, Odinson já havia perdido um olho e logo em seguida ele entregou o último fragmento do Mjolnir que ele usava como colar, como um tipo de amuleto para representar que ele poderia ser digno.


Logo depois, é mostrado as netas do Rei Thor, Pai de todos, lendo a história da Guerra que está acontecendo na Terra e uma delas percebem que em um determinado momento do texto, começa a narrar aquele momento delas e o surgimento de Sr. Fantástico, que está em busca do Odinson para participar do desfecho da Grande Guerra.

Thor, se recuperando das queimaduras que sofreu no Sol, estava conversando com suas versões de tempos diferentes e preparando-se para ir atrás de Malekith, até que chega também Jane Foster novamente em sua forma como Thor, erguendo o Martelo do Thor da Guerra, que havia sido destruída na última luta contra o Mangog, só que a aparência de totalmente rachada.


Enquanto isso, os heróis na Terra estavam resistindo aos ataques dos outros reinos, contudo quem ainda insistia em se manter de pé para conquistar a Terra mesmo sozinho era o Rei dos Gigantes de Gelo, Laufey, que mostra que ele está de posse da Urna do Inverno Antigo e a engole, usando-a como um tipo de Bafo Invernal. Só que ele não contava com o mais novo deus e guardião da Bifrost, Demolidor, e ele um momento arremessa a Espada para dentro da boca do Gigante de Gelo Rei, que não entende direito o por que da atitude do vigilante da Cozinha do Inferno.

Pulando de volta para onde estão os pais de Thor, as quatro versões do Deus do Trovão chegam para confrontar o Malekith, que se encontrava unificado com o simbionte Venom, impregnado com a magia do Elfo Negro. Durante o calor da batalha para salvar os seus pais, soltou pela Thor Jane Foster, Thor perde o seu último martelo para o Elfo, que o envolve com o simbionte acreditando que poderia usar contra o Thor. Porém, Thor não só ataca o próprio Martelo coberto pelo simbionte, como também começa a conjurar os maiores trovões, que só faria isso com o Mjolnir.

Os raios não só causam um grande dano ao simbionte, livrando-o da influência de Malekith, como também ele foi o prelúdio para o retorno dele, o maior martelo de todos, o próprio Mjolnir com o cabo feito do galho da árvore Yggdrasil. De posse do Martelo, Thor derrota facilmente o Rei dos Elfos Negros.



Porém não admitindo sua derrota para o filho de Odin, Malekith se desespera e passa a transpirar medo, fazendo com que criaturas de seu mundo que são influenciadas pelo medos de suas presas, atacam o próprio Malekith, o fazendo em pedaços.

Thor Jane, antes de se desfazer do Martelo do Thor da Guerra, ela o lança para a Terra e acerta o Rei Laufey, que não só perde o olho, mas percebe que alguém está abrindo sua barriga por dentro. Para surpresa dos heróis da Terra, que estava encarando o Rei do Gigantes de Gelo, é Loki que ressurge da barriga de seu pai, com a espada de Heimdall que o Demolidor havia arremessado. 

O Martelo Mjolnir da Guerra retornando para a Jane Foster, que está se desfazendo de sua forma como Thor, é surpreendida com a nova forma que os fragmentos do Martelo assumiram. Ele passa a se tornar um bracelete dourado, o mesmo bracelete que vimos nas capas que mostramos aqui no site do novo título da Valquíria.

E como cereja do bolo, vemos o simbionte Venom fugindo para se recompor para seu próximo conflito, o retorno do Carnificina, e Odin abdica em frente ao seu filho do título de Pai de Todos para Thor, que passa a ser Rei Thor, o Pai de Todos.


Vou parecer repetitivo, mas tenho que enfatizar que o final desse arco foi muito frenético, tenso com consequências que vão abalar os heróis daqui pra frente e mudar muitas coisas. Só não sabemos se essas mudanças poderão agradar os fãs. Mas digo que para mim, vejo coisas que podem gerar bons frutos e dar uma boa mexida nesse universo. Pode ser uma revolução no universo Marvel no geral, ainda mais com a adição de Jonathan Hickman para mudar também a atmosfera do universo mutante.

Esperar agora esse arco chegar ao Brasil para todos seguirem com os próprios olhos esse arco, que eu já posso avaliar como um possível novo clássico da Marvel. E tinha que ser novamente pela mãos de Jason Aaron, que tem muito saldo positivo com relação aos arcos e minisséries que escreve. Realmente é um roteirista que entende bem o universo de Thor e tem sempre o agrado dos fãs.

Marcus Pedro

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