terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A Teia do Homem-Aranha: Gama-irradiados e Temporalmente-deslocados



O que poderia reunir três das mais iconográficas franquias da Marvel em uma só aventura? Que tal um super-vilão com tentáculos completamente banhado de radiação e vindo de um passado distante. É mais ou menos isso que fará com que o indestrutível Hulk, os novíssimos X-Men  e o superior Homem-Aranha se unam numa história contada em três edições especiais escrita por Mike Costa e desenhada por Kris Anka,  Jacob Wyatt e Michael Dialynas nas páginas da edição 4 da Teia do Homem-Aranha Superior.

Num primeiro momento, temos quatro dos jovens X-Men trazidos dos passado fazendo um passeio  pela nova Nova York. São tempos bem diferentes, e difíceis até mesmo para alguém como Hank McCoy paquerar. Por sorte, a garota do parque que conheceu era uma mente tão brilhante quanto a sua e discípula do Professor David Jude, antigo professor de Hank anos no passado (para eles, nem tantos anos). Todavia, a prestar uma visita ao velho professor surge a grande ameaça da história – Uma versão antiga do Dr. Octopus surge tresloucada e fervendo de radiação. Mesmo juntando os quatro mutantes, era difícil conter aquele fantasma do passado. Mas a coisa só tenderia a piorar quando o original Otto do nosso presente, agora assumindo a alcunha de Homem-Aranha Superior, surge para tentar entender que “blasfêmia” era aquela na sua frente. Os jovens mutantes eram ainda muito inexperientes, mas sob orientação do herói aracnídeo conseguiram derrubar aquela velha versão do vilão. Uma vez derrubado e levado para o laboratório do Professor Jude, era preciso entender melhor o que era aquele Octavius louco irradiado. E se alguém poderia entender bem de radiação no mundo, esse alguém era Bruce Banner.

No capítulo que segue, temos uma boa perspectiva do Doutor Banner em ação. Seguindo agora a velha prerrogativa criada pelo Mark Waid – O Hulk destrói e Banner constroi. Daí, foi seu cérebro o escalado para ajudar o Aranha, McCoy e David Jude nos experimentos realizados em Octopus.  A teoria mais plausível ali era que a vinda dos Novíssimos X-Men do passado talvez tivesse aberto uma lacuna espaço-temporal pra chegada do velho Otto. E a coisa parecia só piorar quando surge uma outra versão irradiada e supostamente morta nos dias de hoje – o Abominável. Assim, enquanto o Hulk lutava contra a criatura para impedi-la de destruir a cidade, o Homem-Aranha e os X-Men fugiram dali com o Doutor Jude para a Mansão X afim de que ele pudesse entender melhor o que se passava estudando a maquina do tempo do Fera do futuro. No laboratório, só restou o Fera e a sua garota. Todavia, a grande farsa ainda estava pra se revelar. Depois de muitos sopapos trocados, o Hulk arrancou a  cabeça do tal abominável e descobriu que ele era um robô. Imediatamente, o Fera tentou avisar o Homem-Aranha sobre o embuste, mas foi tarde demais. O Dr. Jude simplesmente explodiu o helicóptero onde todos tavam e fugiu.


Na última parte da trama, o Homem-Aranha Superior teve que recorrer aos velhos braços hidráulicos para salvar os jovens X-men. Depois de resgatados,  o Homem-Aranha e os novos X-men tiveram ainda que lidar com versões primitivas robóticas do Octopus e Abominável convocadas por Jude para ajuda-lo nos planos de invadir a escola mutante. Enquanto isso, McCoy e Banner uniram seus cérebros pra entender não só as motivações do insano professor universitário como também um meio de aprisiona-lo de tal forma que sua radiação permanecesse contida. Assim, ao final, coube ao Hulk encaixotar literalmente o vilão e entrega-lo a SHIELD. De forma bacana, vemos um lado diferente do Otto-Aranha aqui, usando a sua sagacidade para direcionar os poderes dos inexperientes X-Men e até elogiá-los no final.

A história é curta, simples, poderia muito bem passar batida a cronologia, mas é aquele tipo de trama leve que deveria ser sempre parte do mix da Teia do Homem-Aranha. Gostei bastante do traço de dois desenhistas ai, Kris Anka e Michael Dialynas, que deram um ar de comic de época, de um tempo que sequer se cogitava o estilo de narrativa visual dos super-herois que estamos acostumados. E pra quem ficou curioso, as capas das três edições especiais foram de Alexander Lozano.

E ainda não acabou. Nessa mesma edição temos as três primeiras histórias dos Inimigos Superiores do Homem-Aranha. Mas falaremos disso mais tarde!

Coveiro

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