quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

E havia uma Aranha Superior e uma outra Escarlate


Desde meados da década de 70, clones tem sido um dos principais pesadelos na vida de Peter Parker. E agora que o Doutor Octopus ssumiu seu corpo, o karma envolvendo as cópias também foi herdado. E como já vimos desde a primeira edição dos "Superior Spider-man Team Up", o Chacal (outrora o homem conhecido como Miles Warren) já está bolando um novo plano envolvendo não só o Homem-Aranha, mas também sua versão genérica escarlate.


E tudo começa quando Kaine, o Aranha Escarlate, após deixar Houston para trás e ganhar de novo a cidade de Nova York, resolve fazer uma visitinha a seu "irmão". O que ele não esperava é que desta vez fosse recepcionado com chutes e socos ao invés de um abraço. Para o leitor é fácil entender. O Superior Homem-Aranha externamente ainda é o velho Parker, mas internamente está lá o torpe Otto Octavius, o homem que um dia Kaine matou.

Em meio aos sopapos trocados entre os dois, a confusão aumenta com a chegada de Aranhas-humanas mutantes. Otto-Parker acha curioso aquelas deformidades e até conjectura esperar que elas façam seu serviço e eliminem Kaine. Todavia, algo parece mexer com seus brios internos e no último instante ele salva o seu "gêmeo". Exauridos do combate, os dois não dão conta quando também são atacados pelo Chacal, seu novo aliado Carniça e os clones de George e Gwen Stacy.

Kaine e Parker só despertam mais tarde no laboratório secreto do Chacal. O vilão revela seu plano e diz que já coletou novas amostras frescas do DNA de Parker para realizar novos experimentos. Foi a gota d'água para Kaine, que mesmo sendo um clone, em termos de força é ele quem é superior e consegue se livrar das armas. Na confusão do combate, Otto-Parker também se liberta, mas ao invés de ajudar o Aranha Escarlate sua unica intenção ali é destruir as amostras de seu DNA coletadas.


Promovendo uma grande explosão, o Homem-Aranha Superior consegue seu intento e põe a vida de todos em risco. De modo duro, ele se nega a salvar aquela cópia da Gwen Stacy e chama todos os clones de Monstros. A clone acaba preferindo morrer a ser salva por Kaine e isso provavelmente mudará pra sempre a relação de Parker e seu clone. Como lamenta Kaine no final de tudo, ele talvez seja um monstro, mas era pra o Homem-Aranha ser o herói.

Num epílogo, temos duas situações mostradas. O Chacal sobreviveu e mesmo sem as amostras do Peter original, há ainda material do Kaine a se trabalhar. Já de volta a Houston, O Aranha Escarlate (com sua companheira, que mal fomos apresentados) tenta retomar a vida como era antes. O problema é que após uma singela situação no aeroporto (confira nas últimas páginas), a cicatriz cancerosa retorna ao rosto de Kaine.

Mesmo para alguém do cacife de Chris Yost, é difícil lidar com essa temática de clones de maneira que não traumatize o leitor antigo. Esse enrosco envolvendo ainda versões da Gwen clonada também mexendo com a cabeça de Kaine também não ajuda. Teve, é claro, uma nota particular no lance do Otto-Parker desdenhando da situação, mas só. Da arte, no entanto, não há o que se falar. Ponto para o já aclamado Marco Checchetto na primeira história e também ao In-Hyuk Do K studio na sequência. Por fim, também resta lamentar o fato de que as histórias do Aranha-Escarlate descontinuadas aqui no Brasil ainda fazem falta. Mesmo.

Coveiro

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