terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O que rolou nas seis edições "The End" da Marvel de Janeiro?

O mês de Janeiro e começo de Fevereiro foi marcado por uma nova série de especiais 'The End' de alguns super heróis da Marvel. Seguindo os clássicos como Wolverine: The End, Hulk: The End e Quarteto Fantástico: The End, essa nova leva reuniu várias equipes criativas e deu uma chance única de imaginar como serie o fim do Capitão América, Doutor Estranho, Venom e tantos outros personagens. Pra quem ainda não leu, segue então um pouco do que você pode encontrar em cada revista e o que achamos em particular delas:




Capitã Marvel: The End #1 (por Kelly Thompson e Carmen Carnero) é uma das mais divertidas dessa leva de 'Finais' pra se ler. Apresenta uma Carol Danvers do futuro protegendo outros mundos até que depara-se com um sinal dos Vingadores que prova que há vida ainda na terra (diferente do que ela acreditava). Ao retornar, ela encontra uma versão diferente de heróis (crianças que cresceram e se tornaram os novos Mais Poderosos da Terra) e outros rostos conhecidos como sua velha amiga Jessica Drew e a eternamente intocável Emma Frost. Agora, Carol Danvers não só ajuda eles a combater as ameaças de criaturas que caminham sobre a superfície como também dar um jeito num Sol que já está morrendo. E a solução para tal remonta até mesmo um dos momentos mais épicos da heroína durante a saga Tempestade Galáctica. Mesmo quem tem cismas com a personagem, não tem como não curtir isso aqui.


Deadpool: The End #1 (por Joe Kelly e Mike Hawthorne) é exatamente a cara de final que o personagem merece. Após esquecer sua filha por um acordo feito com o Mephisto, Deadpool acaba tendo a chance de reencontrá-la de novo e de forma inusitada. Ellie já está velha, e Deadpool pode ver sua filha morrer de velhice e ele ainda estar por aí. Mas Ellie dá um jeito de ter um final pros dois. E é aí que a revista parece virar do avesso e descobrimos não uma, mas muitas maneiras de termos um FINAL pro Deadpool. Se você curte o Mercenário Tagarela, vai se contentar de ter um dos melhores escritores dele te entregando esse conto pirado.


Miles Morales: The End #1 (por Saladin Ahmed e Damion Scott) apresenta uma das última áreas de resistência da humanidade, o Brooklin. Protegido por uma redoma que impede o restante das criaturas-germes que detonou o mundo de entrar, o lugar ainda conta com um Prefeito e Campeão, o já envelhecido Miles Morales. Vemos aqui ele resgatando alguns sobrevivente dos arredores e somos apresentados a filha do seu amigo Ganke Lee, Maxine, o ajudando nas tarefas daquela sociedade. Tudo parecia tranquilo até que uma versão distorcida de um Capitão América daquele tempo e sua gangue invade o lugar. O sacrifício final de Miles para salvar a todos é justamente quando ele usa com toda força seu ferrão para derrubar o vilão e morrendo de exaustão logo depois. A história é bem morna, explorando muito mal o universo de Miles Morales. Basicamente o coloca como o guardião definitivo do Brooklin e só.


Venom: The End #1 (por Adam Warren e Chamba) é a mais fraca e chata de se ler dessa linha toda. Coloca o simbionte alienígena numa jornada de quase um trilhão de anos como o 'Campeão' da vida biológica. Com tanto tempo vinculado ao seu hospedeiro Eddie, o alien tende a se tornar uma força de sobrevivência da Biovida e executa várias estratégias absorvendo e usando 'codex' de diferentes hospedeiros para perdurar a 'humanidade' por mais e mais tempo. Isso até ter um grande confronto com as I.A.s e Vida Inorgânica. A história em si parece ser uma gigantesca narrativa de um imenso 'prequel' e quando você já está cansado de ler tudo aqui, simplesmente acaba.


Doutor Estranho: The End #1 (por Leah Williams e Filipe Andrade) é minha segunda revista favorita da linha. Aqui vemos o Doutor Estranho sendo não só o último mago supremo como também o último mago vivo num futuro cyberpunk. O problema que sua magia não é mais como antes e num último esforço de revitalizar a magia, ele parte através de uma jornada visitando túmulo a túmulo dos místicos da Marvel, juntando suas ossadas para trazer de volta aquela que ele considera que deve tomar seu lugar como Maga Suprema. E a escolha é no mínimo surpreendente, pois é a Illyana Rasputin, a Magia. É um conto legal, tem um ar igualmente insólito como foi do Hulk: The End e acompanhada de uma arte bem certeira e agradável de se ler.



Capitão América: The End #1 (por Erik Larsen) foi a última da leva que saiu, chegando as lojas nessa última quarta-feira. Traz uma história onde o Capitão América é um dos últimos heróis sobreviventes em um mundo dominado por um vírus que transforma a todos em Caveiras Vermelhas acerebrados. Quando não achava que não teria mais por quem lutar, Steve  encontra um grupo de párias da sociedade vivendo escondido. Num já batido estilo de 'apocalipse zumbi', vemos Rogers e o grupo em busca de um lugar seguro até que inusitadamente descobrem que a salvação pode estar no sangue do Super-Soldado. É uma história mediana que atende mais os saudosistas da arte de Erik Larsen do que da história em si. Nada memorável ou que resgate de forma inteligente o espírito do super-herói americano.

E com isso fechamos essa sessão de especiais 'The End' da Marvel. Apesar de alguns destes serem fracos, a ideia de resgatar esse 'selo' foi bacana. De tempos em tempos poderíamos ter novas levas de revistas assim. Seria curioso conhecer a versão The End do Homem de Ferro, do Cavaleiro da Lua, Homem-Formiga, da Ms Marvel...

Coveiro

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