segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fabulosos X-Men: "A mim, meus X-Men"

Está tudo pronto para os X-Men se instalarem de vez em São Francisco. A vida nova está prestes a começar, não só para os X-Men, mas para todos os mutantes restantes. Só que quando a esmola é demais o santo desconfia, e onde estão os X-Men estão pessoas que não gostam deles, o que com certeza será um problema não só para a equipe de heróis, mas para todos aqueles que os acompanharem. Uma nova fase começa e, como todas novas fases também começam os novos (ou nem tão novos) problemas.

Fabulosos X-men #500



Primeiramente, temos 2 prólogos (aliás, o que não falta, sobra, nesta histórias são prólogos e epílogos). Um deles é sobre um cineasta chamado Kingo Sunen que começa a filmagem de seu primeiro filme no ocidente em São Francisco. Tudo perfeito, o roteiro, o ator, a publicidade, nada parecia dar errado. O que ele tem de relevante? Por enquanto apenas sabemos que ele pretende usar o Celestial Sonhador (visto quando os X-Men chegaram em São Francisco a primeira vez) como cenário. O outro prólogo trata-se de um artista que se chama Guy e pretende montar uma obra de arte nada convencional. Ele recebe uma das peças da obra: um sentinela, inspecionado por outro homem que se encontra chamado Simon que clama ser entendido no assunto.

A exposição com os sentinelas atrai todo tipo de público, inclusive os próprios heróis, que alertados pela prefeita (amiga íntima do grupo e Warren) vão conferir. Além dos curiosos, a obra de arte aglomera fanáticos pelos mutantes que apreciam a obra (muitos fazendo até cosplay deles, a maioria vestida de Jean Grey) e ativistas contra a exposição pelo seu tema de genocídio. É então que os problemas novos começam. Bem, nem tão novos. Magneto surge em meio à multidão e ataca os X-Men, como nos velhos tempos. Mas, piorando a situação, ele ativa os sentinelas da obra, que começam a caçar os mutantes.

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Mais que depressa, Emma sugere que o publico vá embora e distrai os robôs enquanto os outros atacam Erik sem muito sucesso (contando, inclusive, com ajuda de Míssil). O vilão que ataca Scott com palavras além de força, fazendo parecer até pessoal a desavença. É quando Frost percebe algo importante: Os sentinelas não atacam Magneto. E Ciclope logo revela, ele não recuperou os poderes, é uma farsa, um traje que reproduz seus poderes. A guerra verbal entre o líder dos X-Men e o ex-mestre do magnetismo continua ainda já que Erik acusa Summers de estar brincando com coisa séria e que ele, enquanto isso, irá salvar a espécie mutante. Ele coloca em questão o que faz Scott pensar que é qualificado para a vanguarda de toda uma espécie, como ele mesmo diz e ameaça os X-Men se ficarem em seu caminho. Depois disso, simplesmente desaparece.

Em outro local, Tempestade (que também está ajudando a equipe) percebe o segundo “novo” problema. Sim, esse parece mais inovador mesmo. O Celestial está irradiando luz, mas ele não “acordou”, a luz é obra do Alto Evolucionário que está “mexendo” em algo ali com o cineasta Sunen ao lado. Como Magneto, Evolucionário simplesmente desaparece, deixando apenas Sunen no lugar que não parece recordar nem entender o que ocorreu ali. E o problema cresce: Alto Evolucionário reaparece, junto de Magneto, em uma nave, onde é questionado pelo ex-mutante sobre ter conseguido a “peça que procurava”. Este retruca pedindo paciência à Erik, já que almejam um objetivo “mais importante que a própria história”.

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Até aqui vemos um recomeço da equipe, em uma nova cidade. Ciclope como mentor, assumindo a posição que Xavier teve esses anos todos. E uma ameaça que nos remete aos velhos tempos do grupo: Magneto. Mesmo sem poderes, o antigo antagonista volta com o mesmo pensamento, os X-Men não podem salvar o Homo superior, não concorda com os métodos deles, utilizará seus próprios e deterá qualquer membro da equipe mutante que ficar em seu caminho. Uma ameaça antiga com toques de novidade e mistério na associação com Alto Evolucionário e, aparentemente, mais um objetivo um tanto quanto “megalomaníaco”. É a velha fórmula na nova fase, eu aposto que funciona.

Passado os problemas, Summers ainda tem um objetivo a cumprir: ele quer que todos os mutantes restantes, bons ou maus, amigos ou inimigos, saibam que os X-Men não morreram, saibam onde estão e que oferecem refúgio para qualquer um deles. Oferece São Francisco como um abrigo mutante e garante a proteção pelos heróis. Uma promessa um tanto arriscada, eu diria. A mensagem é transmitida psiquicamente, com ajuda de Emma, e todo e qualquer mutante vivo pode o ouvir. Scott ainda começa com “Meus X-Men”, o que nos lembra muito bem seu antigo mentor a quem ele insiste em renegar, apesar de cada vez se tornar mais e mais parecido.

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Wolverine confirma a recepção da mensagem longe dali, enquanto verificava o artista Guy que trouxe os Sentinelas em um dos epílogos do título. O problema é que não terão informações através dele, alguém já “queimou o arquivo” e o artista é encontrado morto em sua mesa.

Duas semanas depois, a mensagem já mostra resultados. Mutantes se mudam para São Francisco, uma mutante sustenta suas asas de fada tranquilamente na rua após um show de Cristal e comenta que ir praquela cidade foi a melhor decisão que já tomou. Um pequeno parêntese se faz mostrando um homem tentando entrar no show, embora seu nome não esteja na lista. Ele manda o segurança verificar de novo e com um toque na mão do homem parece acionar uma corrente elétrica que o faz ver seu nome imediatamente, o mais assustador em si não é isso, é seu nome. Aquele homem que inspecionava o Sentinela para Guy no início da história... Simon Trask.

Como se não bastassem Magneto, Alto Evolucionário, um plano maligno maior que a história, Sentinelas e um novo Trask (com poderes sinistros) no pedaço, claro que tantos mutantes atrairiam a atenção de quem os odeia. E uma gangue entra em ação contra a mutante fada que caminha feliz após seu show, e eles se chamam “culto do inferno” e afirmam que vão mostrar quem manda naquelas ruas.

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Pronto, circo armado. Uma nova equipe, uma nova cidade, novos métodos, novo mentor mutante, novas regras, novos mistérios... mesmos problemas. Muitos problemas.


Cammy

Ps. Esta história se passa na edição histórica número 500 do título americano, e possui mais de uma capa, para ver a capa comemorativa, clique aqui.

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