quarta-feira, 8 de julho de 2009

Homem de Ferro: A hora do pesadelo

Um novo título do Homem de Ferro acaba de chegar: O Invencível Homem de Ferro! Ele vem sob a conduta de Matt Fraction e desenhos de Salvador Larroca e começa agora na edição 30 de Avante, Vingadores! Mais desafios para Tony Stark, mais histórias para o leitor saborear. E já vem com tudo! Novos personagens, antigos que retornam e a boa e velha fórmula para um roteiro intrigante.

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Tabora, Tanzânia, Africa. Uma menina de 16 anos mexe em seu primeiro celular, tira foto com as amigas, afinal a maioria por lá já tinha um, era sua vez. Uma cena comum é tragicamente mudada quando 3 meninos saem de um carro, falando em uma língua incompreensível e explodem. Simples assim. Bom, talvez não tão simples dado que aparentemente uma enorme energia transforma seus corpos antes da explosão e três cilindros luminosos aparecem em seus corpos, um no peito e um em cada mão. E então, explodem. Matam 98 pessoas. Não é nuclear, afirma Maria Hill mais tarde, mas teve amplitude de algo semelhante.

Tony Stark, diretor da SHIELD, só fica sabendo disto 5 horas depois do ocorrido. Na narração (feita de forma brilhante por Matt Fraction como se o próprio herói contasse a história), ele divaga sobre dinossauros e como estamos extintos antes que nossos cérebros percebam que é tarde demais. Este pensamento, aparentemente aleatório, tem tudo a ver com alguém que é “feito” de tecnologia, a coisa que mais se extingue por evoluir depressa, que mais se torna obsoleta a medida que se transforma, coisa muito rápida atualmente. Tony é interrompido em sua noite com uma condessa, mas antes ele, na narração, confessa seu primeiro pesadelo, se deixar levar pela tentação de uma boa noitada e por 6 anos de sobriedade a perder.

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Depois das explicações (na medida do que podiam saber) sobre o ocorrido na África, descartando ser um ataque terrorista local pela dimensão, Hill e Dugan mostram um artefato encontrado no local da explosão, um dos cilindros. Stark pede imediatamente para falar com Jim Rhodes, seu amigo dos velhos tempos e o herói Máquina de Combate. Existem duas armaduras como a do Homem de Ferro, a do próprio e a menos aprumada de Rhodes, isso faz o nosso herói/narrador contar seu segundo maior pesadelo: de que essa armadura se tornasse acessível para qualquer um.

Os velhos amigos debatem sobre a explosão da África. Jim diz estar certo de que é obra de uma armadura como a deles, Tony não concorda. Eles não chegam a um acordo como sempre, mas o “papo” traz boas lembranças ao protagonista (e a nós leitores). Ele tem certeza que seu amigo está errado porque ele pode provar que não foi obra de uma armadura, ele faz um mapeamento de todas as pessoas que já se utilizaram da tecnologia de sua armadura ou que tem potencial para tal. Ele faz isso desde que começou na SHIELD e essa “paranóia” se deve ao seu terceiro pesadelo: que alguém que não ele ou Rhodes usem a tecnologia da armadura. Trauma ganho em muitos anos de roubos de tecnologia e, principalmente a Guerra das Armaduras a qual ele menciona na narração. Mas, o pior se constata, nenhuma destas pessoas que ele vigia esteve na África. Seja quem for, é desconhecido, e o desconhecido sempre assusta.

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Enquanto isso, em uma grande empresa de Nova Iorque, um rapaz se prepara para ser atendido por uma equipe de empresários. Não é um jovem qualquer, pelo menos não tem qualquer nome, ele se chama Ezekiel Stane. Ele entra na sala de reuniões (sem nem se preocupar com sua vestimenta: camiseta, bermuda e tênis...sem meias) e começa sua apresentação. Ele foi contratado para fazer um tabaco que realmente reduzisse peso, tornando a venda mais potente, viciando mais pessoas. Ele diz que trabalha criando armas, químicas e biológicas, para terroristas lunáticos e, sendo esta pessoa, que trabalha com esse ramo, ainda sim ele diz que aquilo que aqueles empresários a sua frente querem é “do mal”.

Já chocados, os empresários ainda ouvem ele dizer que usou o dinheiro deles pra se atualizar, atualizar seu hipotálamo. O que isso significa? Significa que enquanto uma pessoa normal gasta 70% da sua energia calórica para metabolismo básico (respirar, bater o coração, ou seja, se manter vivo), ele reduziu esse gasto dele para 9%, o que causa uma enorme quantidade de energia excedente no corpo. Pra que serve essa energia?? Stane demonstra enquanto se demite... matando a todos na sala com rajadas de seus dedos (apropriadamente regulados para liberar a energia). Depois disto, salta pela janela e é resgatado por uma “amiga” em uma limusine. Ela o atualiza sobre o incidente na África, aparentemente sua obra, e diz que tem mais candidatos para “bomba humana” e que ele deve descansar para estar em forma para encontrar Stark na outra semana...

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Voltando ao Homem de Ferro. Tony diz que seu quarto maior pesadelo é que sua armadura se torne descartável, barata e substituível. Desinteressante, comum, banal. Ele tenta se enganar e dizer que este medo é por motivos tecnológicos, mas no fundo ele sabe que é porque sem o Homem de Ferro, ele não é mais nada. E é por isso que ao menor sinal de problemas ele a monitora. O extremis permite que sua ligação com a armadura o faça “sentir” detalhes que não chegaram ainda a se tornar problemas e por esse motivo ele pede que sua amiga Pepper Pots o monitore em tempo real.

Outro ponto positivo para o novo título é trazer Pepper de volta e não mais como a esposa de seu amigo moribundo como a última vez, mas como seu braço direito novamente, como uma secretária que não é só uma secretária, é uma amiga. E a única pessoa em que ele “confia sua companhia enquanto brinca de super-herói”. Além disso, é bom ver a personalidade forte da personagem de volta quando ela banaliza a condessa (do encontro do começo da história) com quem Tony sai por ela não saber soletrar o nome do carro esporte dele e por usar lingeries caríssimas. Méritos do filme, provavelmente, mas ponto para Fraction.

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Ele também pede que ela dê uma olhada sobre o incidente da África pra, quem sabe, notar algo que ele deixou passar. Como uma boa assistente ela realmente nota algo que passou batido: Seis minutos antes do ocorrido, uma menina ativou uma conta de celular Starktec no local (como vimos lá em cima) e tirou uma foto no exato momento da explosão que está presa no sistema. A foto é transmitida ao Homem de Ferro em campo e a visão não é das mais acalentadoras. Na verdade, ela resume o quinto pesadelo de Tony Stark, que a pessoa que fizesse que seu outro pesadelo se tornasse real, ou seja, o Homem de Ferro ser barato e acessível não fosse ele. E seu maior pesadelo acaba de se concretizar.

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Cammy

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