Ao tentar contornar o perigo iminente da vinda da Força Fênix para a Terra, os Vingadores acabaram causando um problema maior. Uma arma inventada por Tony Stark na eminência da chegada da entidade fez com que a criatura de pura energia se fragmentasse e tomasse para si cinco hospedeiros, cinco X-Men. Trazendo de inicio uma verdadeira utopia ao planeta, não demorou muito para os Cinco Fênix perderem o controle e se tornarem uma grande ameaça. Cabe agora mais uma vez aos Mais Poderosos Heróis da Terra reverterem a situação antes que seja tarde demais.
Com mais páginas, a sexta edição da minissérie começa sendo regida mais uma vez por Brian Michael Bendis e desenhada pelo fera Olivier Coipel. É o momento para se preparar para o combate final e é necessário reforços. Na primeira página, vemos de cara o Capitão America implorando ajuda. Parece que ele está falando aos céus, mas é o Hulk quem está sendo convocado. A seguir, quase todos os X-men, arrependidos de terem se unido a Scott Summers voltam atrás e juntam forças com os Vingadores. Mas a grande carta da manga vem na pessoa de Charles Xavier, que decide que está na hora de por um fim as loucuras do “filho”.
Dos Fênix, só restaram Emma Frost e Scott Summers agora. Namor e os irmãos Rasputin tombaram em edições anteriores, perderam sua parcela da Fênix e deixaram agora o casal muito mais forte. Em contrapartida, eles cada vez mais parecem perder o controle de si. Em conversa com o marido, Emma se mostra cada vez mais tentada a causar destruição. E é no meio desta discussão do casal, que ambos são pegos desprevenidos por Charles Xavier.
De um dialogo simples que parecia estar ocorrendo na costa da ilha, não demora muito para Ciclope perceber que fora enganado e já preso psiquicamente por Xavier. Enquanto isso, os demais heróis protegiam o professor enquanto alguns outros tentavam conter Emma Frost. Os dois Fênix restantes, no entanto, estavam tão poderosos que nem mesmo o Hulk ou os poderes de Wanda Maximoff foram capazes de sobrepujar a Rainha Branca desta vez.
Ciente de que não seria capaz de vencer todos de uma vez só daquela forma, Scott Summers parte para uma atitude desesperada. Esforça-se para sair do controle mental de Xavier e parte com tudo pra cima da sua amada Emma. Sem hesitar, ele a abate e arranca a força dela o poder da Fênix. Tudo está nele agora.
É nesse momento que Xavier tentar por de forma desesperada um fim a loucura de Summers. Ele avança, mas não consegue ir muito além. Scott está completamente dominado e enfurecido. Com um gesto, ele simplesmente põe fim a uma das poucas pessoas que era capaz de detê-lo – seu outrora mentor, Xavier, que cai sem vida no chão. E do fogo e fúria, surge a Fênix Negra.
Cabe a Jason Aaron e Adam Kubert reger o último capítulo desta batalha. Voltando um pouco no tempo, temos uma conversa pra lá de incomum entre Tony Stark e os Vingadores. Admitindo que onde a ciência falhou, resta procurar as respostas no metafísico, Stark afirma que a chave de tudo está no equilíbrio de poderes de dois polos reversos – Wanda e Esperança. Seria como um Yin e Yang mutante que tomou proporções cósmicas. Somente elas podem deter juntas a Força Fênix. Mas como o Capitão América pode confiar nesse plano se as duas moças não conseguem sequer se unir ali em Kun Lun?
De volta ao presente, nos deparamos com a tão esperada promessa de destruição que costumeiramente a Fênix traz aos planetas acontecendo na nossa Terra. Ao redor de todo o globo, um dominado Scott Summers leva caos e morte. E lá estão também Vingadores e X-Men unidos tentando amenizar os danos e de algum modo planejando deter a ensandecida Fênix Negra. Só resta o plano de Stark para tudo dar certo.
O novo e misterioso personagem Nova surge para dar um apoio. Derrubando a entidade Fênix dos céus, ele consegue a fração de tempo justa para que a Feiticeira Escarlate e a Messias Mutante ataquem Scott. Juntas, eles conseguem desnorteá-lo. Scott passa a ter visões atemporais que o confundem e chega até a imaginar a presença de Jean falando com ele. No fim, a entidade Fênix abandona Scott.
Mas ainda não acabou. Precisando de um hospedeiro. A Fênix toma o corpo daquela que estava sempre destiná-la a recebê-la. Esperança torna-se uma espécie de Fênix Branca e promete consertar tudo, trazer uma nova era. Em frações de segundo, ela resolve tudo que estava bagunçado no planeta, mas antes de continuar sua doutrina de salvadora, ela é aconselhada pela experiente Wanda Maximoff a abdicar de tudo.
De mãos unidas, as duas decidem que chegou a hora de dar um fim a essa sina de poder infindável nas mãos de um só. Relembrando outros tempos de uma outra saga onde tudo começou, elas clamam por “Chega de Fênix”. Assim, a entidade deixa o corpo de Esperança, fragmenta-se em inúmeros pedaços e para surpresa de muitos começa a dar “vida” a novos Mutantes ao redor do globo. Fecha-se aqui um ciclo de mais de oito anos de histórias.
Nas páginas finais, vemos um dialogo pesado entre o Capitão América e um detento Scott Summers. Se de um lado o Capitão admite que durante todo esse tempo ele falhou ao não prestar a devida atenção as questões mutantes, ele não quer que Scott admita que houve ali uma vitória de qualquer lado. Ciclope, por sua vez, apesar de toda tragédia e confessar que não lembra de muita parte do final daquela história, diz assumir toda a responsabilidade. No fim, como professa a Fênix, após a destruição, a vida ressurge das cinzas. E a raça mutante prospera de novo mais uma vez.
Um grande homem morto. Casamentos e relações desfeitas. Novas direções para novas equipes. As consequências diretas e alguns outros detalhes e pontos de vistas desta última batalha, vocês podem conferir em Tie Ins e na edição 7 (última a ser lançada no Brasil). Já as histórias extras da edição versus, resumem-se a um combate entre Wanda e Esperança desenhados por Jim Cheung e outras histórias curtinhas e divertidas com outros tantos personagens.
Diferente da recente Essência do Medo, essa é uma história que marcará definitivamente alguns personagens. Quer goste ou não, o Ciclope que sai desta edição e que veremos melhor no epílogo do próximo mês é um herói muito diferente daquele que conhecíamos. Do outro lado da moeda, o baixinho canadense Wolverine, que já vivia passando por uma verdadeira reforma na sua vida pessoal, acaba se fundamentando ainda mais no homem que se tornou. E até mesmo as relações entre grupos mutante e não-mutantes seguirá nova trajetória como saberemos em breve.
E para o balanço final que já poderia muito bem ser posto no fim dessa edição, mesmo ainda restando a publicação de um grande “epílogo” na edição 7, vamos reservar a discussão para o nosso futuro podcast, que vocês poderão conferir a partir da segunda quinzena de outubro. Enquanto isso, fiquem de olho tanto nos Tie Ins quanto num “checklist” retroativo da saga que estamos organizando a pedido de alguns leitores que acabaram se confundido bastante na bagunça das publicações e comprometeu a ordem de leitura no Brasil.
Coveiro