quarta-feira, 5 de abril de 2017

Poderosa Thor: A Batalha dos Elfos


De muitas maneiras, a nova e poderosa Thor é uma sobrevivente nata. Não só porque ela foi uma das poucas a estar na arca que resistiu ao fim do antigo universo e voltar do outro lado quando um só planeta passou a existir e era governado por Victor Von Doom. Mas também por que seu alterego luta todos os dias contra a morte eminente. Na última edição, foi revelado que a Thor era na verdade Jane Foster, vitima de câncer, embaixadora de Midgard no conselho dos mundos e a nova portadora do Mjolnir.

Na nova fase que começa após Guerras Secretas, a Thor sai das páginas de Novíssimos Vingadores e ganha título próprio mais uma vez pela Panini. Com arte belíssima de Russell Dauterman, Jason Aaron relata mais um conto desta brava guerreira. E logo na primeira edição, vemos ela num hospital recebendo quimioterapia para combater um dos seus maiores inimigos. O tratamento, no entanto, acaba sendo mais uma vez interrompido quando ela houve nos noticiários que tripulantes de uma estação espacial estão em perigo. Convocando Mjolnir, ela parte imediatamente transformada em Thor para o espaço e lá se depara com uma série de corpo sem vida de elfos arremessados desgovernadamente contra a base da Roxxon que flutuava na nossa órbita.



Enquanto a maioria dos Novíssimos Vingadores não podia fazer nada além de proteger os civis da queda da estação espacial, a Thor segurou a estrutura do objeto que caia sem direção no planeta e o pousou com tranquilidade na frente do capitólio. Retornando ao espaço, observou com curiosidade os corpos dos elfos mortos ali. Um deles prenunciava com uma frase escrita no peito - A Guerra dos Reinos está começando. A Thor não poderia fazer mais nada ali, mas seu alterego, a embaixadora Foster, certamente poderia levar a questão até o Conselho dos Reinos. Contudo, na reunião em que participou logo em seguida junto com o embaixador Volstagg, percebe-se que a discussão era inútil entre os diferentes reinos e certamente outra posição deveria ser tomada.

Após a inútil reunião no Conselho, Jane vai visitar a Lady Freyja, agora uma prisioneira do próprio Odin e acusada de traição. Foster afirma que basta a Mãe Suprema pedir e a poderosa Thor viria ali salvá-la. No entanto, Freyja deseja que a Deusa do Trovão reserve suas atenções e força para a Guerra iminente entre os reinos que está para começar. No caminho fora das celas, vemos que vários planfetos nas ruas pedem a captura da "falsa Thor". E quando finalmente chega até a ponte do arco-íris para pegar uma atalha até Alfheim, Heimdall alerta que seu dever é probí-la de atravessar para outros reinos. No entanto, ela suplica pela ajuda pois elfos estão morrendo.



Os problemas da Thor, no entanto, vão além do Guardião da Bifrost. Logo em seguida, surge ali a Guarda do Trovão, uma tropa de elite de deuses com martelos liderada por Cul Borson, a Serpente (da saga do Próprio Medo), irmão de Odin. Apesar da Thor mostrar-se com uma habilidade sem igual arremessando o Mjolnir, estar em desvantagem numérica a coloca no chão. No entanto, antes de ser atacada por Cul, Heimdall interrompe a batalha e a lança para Alfheim, onde realmente ela era mais necessária e estaria a salvo do irmão vil de Odin. Pela traição, o Guardião da ponte seria preso.

Enquanto os deuses brigam entre si em Asgardia, Malekith se reúne com seus aliados na vindoura guerra - Trolls liderados por Ulik, demônios de Muspelheim, Gigantes de Gelo de Jotunheim, Dário, o executivo da Roxxon, e - para surpresa de muitos - um jovem adulto Loki. Para que o Deus da Trapaça seja admitido no conselho, seu pai biológico, o Rei Laufey exige dele uma provação. A qual, mesmo que tenha sido trapaceado e jogado para a morte certa na mão de cinco guerreiros gigantes de gelo, Loki sai vitorioso.

Em Alfheim, a Thor depara-se com um cenário horrendo de um campo de batalha sangrento. Não só elfos, como também corpos de fadas e unicórnios espalhavam-se sem vida por todos os lados. Elfos Negros (com armaduras mais parecidas com as do filme) estavam de posse de veículos e armamentos da Roxxon devastando o lugar. Já Malekith observada tudo de longe, ao lado de três bruxas elfas negras videntes. Sua última aliada finalmente se revela também ali, Encantor, que se juntou ao conselho sombrio em troca de ter o verdadeiro Thor para si e ao mesmo tempo eliminar aquela que considera uma farsante. Mas Malekith pede paciência para ela, pois precisa de sua magia para outra necessidade. Já quanto a Thor, ele tem outra pessoa em seus planos.

Então, bem no meio do campo de batalha, surge o Loki, sobrevivente da briga dos gigantes de gelo e desejoso de se provar para poder fazer parte do Conselho Sombrio. Contudo, ao se deparar com a jovem Thor em Alfheim, ele parece querer só conversar ao invés de partir para o combate imediato. Mais uma vez, esta nova versão de Loki deseja ser algo mais do que o vil Deus da Mentira que já foi um dia e apela uma aliança para com a Thor. Contudo, o alterego de Jane Foster lembra bem tudo que sofreu no passado nas mãos daquele maldito. A resposta da Deusa é então uma martelada que arranca a cabeça daquele Loki.


Então, mais uma vez, descobrimos que aquele não era o corpo do Deus da Mentira. Ou não era um dos únicos. Mestre em nublar a mente das pessoas, Loki se revela em várias versões e formas que já teve no passado para a Thor. Todas elas pareciam em conflito consigo mesmas, menos uma. A versão feminina da Loki surge repentinamente num salto e ataca sem hesitar a Deusa do Trovão. Assim, enquanto as duas brigam, as outras versões de Loki lutam numa insana batalha pela identidade que irá prevalecer. No fim, a Thor decide usar um pode incomum do Mjolnir para parar com aquela farsa e revelar a única e verdadeira versão de Loki ali. Uma serpente é esmagada pelo martelo mágico e logo em seguida o Loki jovem adulto se mostra como o único verdadeiro. Contudo, a revelação chega tarde demais.

Dos céus, Elfos negros montados em ginetes de morcego lançam bombas da Roxxon contra todo aquele lugar de Alfheim. Com o pouco tempo que tem, a poderosa Thor usa o mjolnir para criar uma tempestade e erguer as bombas antes que caiam em solo. Ela consegue concentrá-las no alto, que explodem todas juntas sem perigo aos inocentes. Já a magia da Deusa é desfeita com a explosão e quem cai dos céus é seu alterego Jane Foster. A moça se recobra no último instante para tomar o Mjolnir nas mãos e se transformar na poderosa. Em plena ira, ela esta pronta para encarar Malekith, mas a chegada da Rainha de Alfheim, Aelsa dos Elfos Luminosos, a interrompe.

Aelsa pede interrupção total do conflito para que um acordo de paz seja negociado. Assim, as forças dos dois lados cedem e os dois Reis Elfos entram no castelo. Tudo não passava mais uma vez de um plano de Malekith. Com a ajuda de Encantor, os magos que protegiam a rainha foram obliterados e o Elfo Negro ofereceu como única opção para Aelsa um casamento. Certamente sob a influencia de Encantor, a Rainha de Alfheim aceitou. A poderosa Thor estava incrédula, mas agora acabou de saber de um outro problema que exigia mais urgência dela - O Julgamento de Freyja em Asgardia.

A Ex-esposa de Odin era acusada de traição, insurreição e por proteger a procurada Thor. Freyja não baixou a cabeça durante toda a acusação e mostrava-se bastante firme quanto a postura tiranica de Odin. Do lado de fora, alguns fieis a Mãe Suprema desejavam invadir o castelo e uma batalha começou do lado de fora. Contudo, Cul estava lá junto com a armadura do Destruidor para abafar qualquer motim. E, no último instante, ao lado de Loki, surge a Poderosa Thor. Colocando a ira de Odin nos limites, o Pai Supremo investe contra ela e a Deusa não se retém. A edição acaba aqui no começo desta briga epopeica e a ansiedade vai a mil até chegar a terceira edição desta revista mensal pela Panini.



Toda qualidade que você viu em todo o volume de Thor, Deus do Trovão, vai ver de novo aqui e com um ar completamente novo e sem limites aqui. Uma vez revelado o mistério de quem é a Thor, os leitores podem acompanhar mais de perto o que se passa na cabeça dela, se afeiçoar ainda mais a personagem e se sensibilizar com o drama constante de Jane Foster. A história parece ter reviravoltas a cada edição que deixam você sedento por mais e mais e os desenhos de Russell Dauterman são - com o perdão do trocadilho - divinos. Mais uma vez, baita ponto da Panini em separar as edições brazucas pelas personagens chave da Casa das Ideias. Espero que o formato persevere pra sempre.

Coveiro

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