quinta-feira, 6 de março de 2008

Uma Nova Teia de Acontecimentos


Bullet Points #4

Um ataque, um disparo, uma bala, um dia antes do que deveria ter acontecido. Foi o suficiente para que uma série de acontecimentos fosse desencadeada em detrimento de histórias antes conhecidas como parte do fundamento do Universo Marvel como o conhecemos. Porém, apesar do que foi iniciado na primeira parte da história, vemos em Marvel MAX 54 que mesmo na releitura promovida por J.M. Traczynski, alguns acontecimentos são inexoráveis. Não digo com isso que acredito em destino ou predestinação, mas dentro da trama desenvolvida em Tiros na Noite, é justamente com essas idéias que o roteirista “brinca” com muita competência.

À frente da SHIELD, Reed Richards, mesmo atormentado pela morte de Susan, Johnny e Ben, leva a organização ao sucesso por caminhos muito mais inclinados à aplicação de tecnologia avançada do que ao militarismo sob a direção de Nick Fury. É inclusive responsável por Stephen Strange nunca viajar ao Tibet depois de ter suas mãos inutilizadas, mas ficar e reconstituir seus membros com um certo metal inquebrável. No oriente, sob a falha do Barão Mordo, o Ancião aguarda em vão a chegada de um sucessor à altura do posto de mago supremo.

Tiros na Noite

Contudo, como dissemos, muita coisa nesse mundo é idêntica ao que vemos no universo regular. Os mutantes sob a liderança do Professor Xavier, seu nêmesis Magneto, o deus do trovão, Thor, caminhando entre os mortais, Namor, Dr. Destino, Demolidor, o Rei do Crime, ect. O conjunto ainda permanece coeso.

Os anos se passam, e depois de matar o Steve Rogers, herói da Segunda Guerra Mundial como Homem de Ferro, a criatura em que Peter Parker se transformou após a exposição acidental aos raios gama desaparece e se torna uma lenda urbana. Enquanto isso, Reed Richards tem duas preocupações. Salvar o rapaz de alguma forma, e evitar que ele se descontrole novamente e mate mais pessoas. A morte de seu grande amigo já foi um preço alto demais. Com a ajuda do da tecnologia do empresário e gênio da robótica Tony Stark, o diretor da SHIELD pretende acelerar a produção de uma versão muito menos rústica do Homem de Ferro, criando finalmente um exército capaz de deter qualquer ameaça tão grande quanto o Hulk. Recusa, porém, a oferta de Stark em ser a cobaia. Eles precisam de alguém saudável, com espírito inquebrável como o de Rogers. E a “cobaia” perfeita é Bucky Barnes, que foi salvo pelo Homem de Ferro na guerra, e que retribuir isso de alguma forma.

Tiros na Noite

Em um jogo de palavras genial de Straczynski, Reed expressa a tensão sob a qual ele se encontra, se esticando ao máximo para evitar que mais amigos se firam, explicando a Stark como um comportamento obsessivo pode atrapalhar a busca por objetivos. Conta a história do principal responsável pelos testes com a bomba Gama, Bruce Banner. Sentindo-se culpado pelo que aconteceu a Parker, examinava artrópodes expostos às mesmas radiações que Peter, e acabou picado por uma aranha radioativa. Em uma ironia do destino (afinal, essa série é sobre isso), ele se tornou um homem com habilidades de uma aranha. As transformações que seu corpo sofreu, contudo, foram muito mais dolorosas que as de Peter Parker no Universo 616, já que o rapaz ainda não tinha seu organismo totalmente amadurecido quando passou por episódio semelhante.

Tiros na Noite

Assustado, confuso, Banner sumiria por muito tempo até ser encontrado e estabilizado. E é justamente agora que, com a ajuda de um longo tratamento, ele pode entrar na ativa como novo operativo da SHIELD: o Homem-Aranha. Nesse momento o diretor Richards é chamado com extrema urgência.

Tiros na Noite

Um corpo estranho e gigantesco se aproxima da superfície do planeta, mais especificamente ao centro de Nova York. Uma coisa desse tamanho dificilmente seria boa notícia. E não é. Como falamos no início, algumas coisas nessa releitura do Universo são inexoráveis. E a chegada de Galactus, o devorador de mundos, é uma delas. Ele chegou à Terra para mais uma vez se alimentar.

Tiros na Noite

A conclusão de Tiros na Noite nos mostrará como esse mundo enfrentará essa ameaça universal, que, indiferente à modificada configuração da história de seus habitantes, tem por objetivo consumir toda a vida ali existente. Mas, sem um Quarteto Fantástico, como o devorador de mundos e seu arauto serão freados?


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