quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Avante, Vingadores: Teatro da Guerra

A revista Avante, Vingadores 50 bem que poderia sair como um encadernado separado para os fãs de Steve Rogers, já que ela só contém histórias especiais voltadas para o Capitão América. No entanto, no decorrer destas 148 páginas, tomamos ciência de que os verdadeiros heróis destas páginas são outros, homens não fantasiados, sem escudos, usando apenas seus rifles e uniformes militares. A coletânea de séries lançadas em 2009, Teatro da Guerra nada mais são do que quatro especiais completamente independentes escritos pelo renomado Paul Jenkins, numa clara homenagens aos soldados americanos de todos os tempos.

Teatro da Guerra

Em A Bela America, desenhada por Gary Erskine, somos apresentados a Bobby Shaw, encontrado morto num bunker alemão. Ninguém sabe direito sua história, até que o Capitão América faz uma visita ao lugar e imediatamente reconhece o homem que lutou ao seu lado. Bobby podia ser exatamente ele, caso não tivesse tomado o soro do supersoldado. O rapaz era considerado o mais atrapalhado e covarde do seu pelotão, ao mesmo tempo, foi o mais corajoso de todos. Agora, é a hora de sua história vir a tona e ele finalmente ganhar um enterro decente.

Teatro da Guerra

Já em Irmãos de Armas, com arte de John McCrea , o Capitão e o seu pelotão se deparam com uma situação inusitada. Ao conseguir invadir defesas alemãs, fazem um prisioneiro de guerra, o soldado Klaus Hartmann. Assim, Steve se vê na difícil situação de controlar a ira de sua tropa para não matar o sujeito e encontrar um jeito de devolver o homem ferido para o lado de inimigo cumprindo assim as condições da Convenção de Genebra. Contudo, nosso herói e seus comandados descobrirão que nem todos costumam jogar de acordo com as regras da Guerra.

Teatro da Guerra

A terceira história não teve título e nem créditos na versão nacional, mas poderia ser traduzida como “Soldados, avante” e foi desenhada por Philp Noto. Desta vez, somos levados para as Guerras Modernas, onde os soldados americanos estão em pleno oriente médio, sujeitos a ataques terroristas a todo momento. O Clima de Guerra é bem outro desta vez, onde é preciso muita negociação e não se está claro quem é o seu verdadeiro inimigo. E tudo muda na vida do soldado Bryan Anderson após um atentado, que pode ter sido ruim ou bom, dependendo da perspectiva.

Teatro da Guerra

E pra encerrar essa coletânea, temos Fantasmas do Meu País, com o desenhista Elia Bonetti. Essa é uma história de mais fácil leitura, onde um poema de Guerra, cruza vários momentos marcantes da história dos Estados Unidos da América. Nelas, o Capitão América é apenas uma mera silhueta, e os reais protagonistas atravessam as centenas de anos da história de seu país, da libertação da América aos atentados de 11 de Setembro, da Guerra da Secessão à Ida do Homem a Lua. O tocante é ver que há tanto momentos honrosos quanto funestos, cortesia de Jenkins sempre afiado em sua narrativa.

Bom, e com essas quatro histórias, fecha-se uma edição digna de ser comemorativa, já que a revista conseguiu alcançar seu número 50. Os contos, que acabam sendo independentes a cronologia 616, me lembrou muito a Marvel Especial 15 com o Thor. Não se trata de uma história sobre o nosso Capitão América, mas sim sobre sua mitologia, seu significado. Pra mim, valeu bastante. Curti mais que a edição anterior. Espero que as demais ediçoes de Teatro da Guerra que saíram por lá acabem chegando também por aqui.

Coveiro

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