quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Morre um dos criadores do Capitão América


Em notícia dada inicialmente na rede social Facebook por seu filho, Joe Simon, co-criador do Capitão América com Jack Kirby, faleceu ontem aos 98 anos de idade. Hoje pela manhã a Marvel confirmou a notícia aos sites especializados. O mundo dos quadrinhos amanhece mais triste neste dia 15 de dezembro, mas tenta relembrar com orgulho a passagem do artista ao longo desses anos.

Nascido em outubro de 1913, em Rochester, Nova York, o escritor e artista era apenas um filho de alfaiate judeu que migrou da Inglaterra para os EUA. Já adolescente, mostrou suas tendências artisticas, chegando a ser diretor de arte do jornal da sua escola. Não demorou muito para ser empregado como cartunista e editor de arte dos jornais locais de Nova York no fim dos anos 30.


Conhecendo as pessoas do ramo, conseguiu se integrar na indústria de quadrinhos cedo, desenhando revistas da Lloyd Jacquet's Funnies, Inc. como o Fiery Mask (Algo como o Mascarado Impetuoso) - que seria o primeiro personagem herói da precursora da Marvel, a Timely Comics. Conheceu lá Kirby e a primeira parceria dos dois foi na segunda história de uma revista Sci-Fi de superheróis chamada Blue Bolt.

Com a dupla firmada, a criação do Capitão América em Captain America Comics #1 não tardou, saindo no ano de 1941. A HQ foi um marco, impressionando editores como Martin Goodman e muitos que viriam a se tornar seus fãs. Alguém mais tarde lembraria a ironia de que esses dois judeus de alguma maneira conseguiram confrontar o algoz de seu povo, Adolf Hitler, colocando um herói americano nas batalhas muito antes do país entrar na guerra.


Mais tarde, Simon tornou-se editor chefe levou Kirby com ele para ser diretor de arte. O tempo levou eles a acharem que não recebiam de acordo, passando para a concorrente da época, National Comics, onde nasceu o Superman. Lá, eles criaram as tirinhas Manhunter, The Sandman and Boy Commandos, com um gênero novo pra época, como pode ser visto em The Newsboy Legion.

Curiosamente, ambos acabaram alistado para a Segunda Guerra Mundial, o que interrompeu a carreira quadrinistas da dupla por um tempo. Retornariam ao mercado só nos anos 40, inovando ainda mais, com a publicação de diferentes gêneros, como a HQ de romance Young Love para a Crestwood Publications, a série de terror Black Magic e a sátira política Fighting American. Os últimos trabalhos juntos seriam The Fly, Lancelot Strong e The Shield para aArchie Comics. Depois, Kirby seguiria pra Marvel e Simon permanceria como editor-chefe da Al Harvey's Comics, que pertencia a seu sogro. Lá, ele criou uma revista concorrente a MAD chamada Sick e heróis como The Stuntman. Mais tarde, voltaria a trabalhar para a National/DC com os personagens Brother Power, The Geek e The Green Team: Boy Millionaires.

Um dos seus últimos grandes trabalhos envolveu um livro sobre a história dos primórdios da criação das HQs, The Comic Book Makers, publicado em 1999. E neste ano de 2011, publicou sua autobiografia, My Life In Comics.


Durante muito tempo, Simon tentou ganhar os direitos do Capitão América da Marvel, todos sem sucesso. Contudo, sempre vinculado ao personagem, quando o herói foi morto em 2007, os jornais foram até Joe inquerir sua opinião e tiveram como resposta "Esse é um tempo em que precisamos mais do que nunca do Capitão América".

Lamentamos muito a perda de Joe, que agora deve estar ao lado de seu grande amigo, e entre os grandes criadores das lendas...

Coveiro

PS: Informações retiradas do Comic Book Resources

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