quinta-feira, 5 de abril de 2018

Força-V: Mais um grupo vítima da Guerra Civil II

Assim como na minissérie original, após conflitos internos, muito grupos acabaram separados após o fim da Guerra. Com a Força-V, a coisa não foi muito diferente. Lembrando que a líder dessa equipe, a Mulher-Hulk, foi uma das primeiras a tombar na minissérie principal, restou as demais heróinas tentar manter a equipe funcional, mas essa tarefa se tornaria impossível no momento em que as visões de Ulysses fosse atingir a primeira delas.



A história aqui é começa bem no meio do conflito que acompanhamos na história do Free Comic Book Day, com as meninas da Força-V ajudando os Supremos, SHIELD e alguns aliados da Capitã Marvel a deter o Thanos. Apesar de ter conseguido impedir o objetivo do Titã ao assaltar o projeto Pegasus, não foi possível evitar baixas. Elas se reuniam no hospital para acompanhar a ferida Jen, no momento em coma, quando a Capitã Marvel escolheu o pior momento ali para soltar a próxima bomba - Ulysses previu a personagem Nico Minoru matando uma garota chamada Alice, e por obrigação Carol deveria colocá-la detida até tudo se esclarecer.



Obviamente, Nico não aceitou aquilo de bom grade, se sentindo acusada indevido por um crime que sequer aconteceu e contra uma garota que sequer conheciam. Allison ficou ao seu lado, reclamando da atitude extrema de Danvers e também acusando em parte os Inumanos e Medusa por criar toda aquela tensão. Ela que estava doente com a varíola-T e que acabara de ver a sua versão thor de outra realidade partir não conseguia mais engolir a postura pedante de Medusa. Já a pobre Singularidade estava dividida e sem saber de que lado ficar com as amigas brigando.



Minoru resolveu a questão usando sua magia e fugindo dali para um coordenada específica. Acabou indo parar numa cidade de interior pacata, mas que para sua surpresa era vítima de uma invasão de criaturas insectóides que contaminavam e transformavam outros humanos. Lá, Nico acabou encontrando outra moça particularmente favorita de muitos fãs, a caçadora Elsa Bloodston, irmã de Cullen, que Nico conhecia bem. Elsa era a única resistência do lugar, contratada por um casal cuja filha estava desaparecida desde que aquela confusão estourou. O nome da menina? Alice.

Todos os que não foram transformados estavam protegidos naquela casa e ela serviu de ponto de apoio. Mais tarde, seguindo as coordenadas ditas por Minoru antes de partir, chegaram ali Danvers e Medusa, e depois, Cristal e Singularidade. Minoru insistiu em ficar com a Força-V para ajudar todos ali naquele lugar, e fez questão de fica no grupo da Capitã Marvel, que juntou-se também a Elsa Bloodstone a procurar Alice. As demais ficariam nas defesas da casa pra proteger todos os inocentes escondidos.

As pistas atrás de Alice levaram o grupo da Capitã, Nico e Bloodstone até uma velha mina não mais utilizada. Lá encontraram mais uma das criaturas, que rapidamente jogou uma gosma que endureceu prendendo Bloodstone e Danvers na parede. Agora, a criatura poderia dialogar em paz. Ela era na verdade Alice, a primeira a se transformar na cidade, e desde então ouvia as vozes de todos que entraram em contato com ela e também se transformaram. De algum modo, as mudanças em Alice a transformaram também numa 'rainha' das criaturas.

Já na casa, os pais de Alice assim como todos os que estavam presos e protegidos no porão passaram a se transformar. Medusa e Cristal, que já estavam discutindo pesadamente e pondo suas diferenças a limpo ali, concordaram e abandonar o posto e fugir com Singularidade para onde estivesse Nico, Carol e Elsa. Acabaram topando com a criatura que era a Alice e reagiram da maneira mais instintiva possível, batendo no mostro. A situação logo começava a fugir de controle, as heróinas uma a uma iam também se transformando em monstros e Alice acreditava que a única solução ali era que Nico matasse ela.



A bruxinha relutava em tomar atitude extrema, pois isso iria apenas corroborar e provar que Ulysses estava certo. Ela acabou tentando "destranformar" Alice e ela voltou a ser humana. Isso, no entanto, não destransformou também a Capitã e demais heróinas da Força-V. Ela teria que matar Alice e, sem opções, acabou cedendo e usando uma magia de morte. Todos ali voltaram ao normal finalmente. E até mesmo Alice depois apareceu viva, transformada de novo em um monstro, mas um monstro diferente. Medusa e Cristal levantaram que ela poderia ser uma inumana e mutante, precisaria de testes para checar, mas Alice tinha outros planos e simplesmente desapareceu dali.



A equipe voltou a se entender de novo, não era mais a mesma, claro. Sequer continuaria, já que sabemos que essa história foi a última que sobreviveu antes do cancelamento da revista. Juntas, decidiram que a única coisa que queriam ao voltar pra Nova York é visitar Jen mais uma vez.

Apesar da divertida primeira história e da dinâmica que algumas personagens tinham com seus respectivos conflitos pessoais, o título da Força-V carecia de uma maturidade e envolvimento melhor do roteiro de Kelly Thompson que foi diminuindo a cada nova edição. Essa edição tie-in da Guerra Civil não chega a ser de fato ruim, tem arte espetacular do brasileiro Paulo Siqueira (mais tarde acompanhado de Joe Bennett), mas não passa de uma repetição do mesmo tipo de problema de "culpar antes do crime" que a saga exaustivamente usou e trabalhou mal. Quem sabe numa futura oportunidade a Força-V volte com histórias mais sólidas e vingue.

Coveiro

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