quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Duas lendas da Marvel se foram...



Hoje será marcado como um dia bastante triste para os fãs mais antigos da Marvel que acompanharam as grandes lendas que formaram a editora em seu começo e hoje terão que se despedir de duas delas. Marie Severin e Gary Friedrich partiram hoje e ontem, respectivamente, mas seus trabalhos serão eternizados em nossas memórias.

Mais cedo, fomos surpreendidos com a notícia de que Marie Severin tinha sido levada as pressas pro hospital depois de um derrame. Foi noticiado que apesar do corpo paralisado ela mantinha o sorriso de sempre, mas minutos depois sua melhor amiga com quem já trabalhou na Marvel Irene Vartanoff informou em sua página do Facebook que Marie veio a falecer.



Marie Severin era irmã mais nova do quadrinista John Severin que morreu em 2012 e começou a trabalhar como sua colorista pela EC Comics . Rapidamente se tornou notória pelo seu talento e não demorou muito para ir para uma das grandes - a Atlas, que viria se tornar a Marvel nos anos 60. De colorista da editora, Marie passou a desenhista quando o Hulk perdeu sua própria série, desenhando as histórias dele em Tales to Astonishing e também do segundo volume quando ele voltou a ter uma revista mensal. Depois, Severin foi chamada para diversas edições esparçadas d emuitos personagens da Marvel como o Doutor Estranho, Namor, Punho de Ferro e Poderoso, dentre outras.



Ela também foi responsável pelas primeiras histórias da Mulher-Aranha original, sendo considerada sua co-criadora inclusive. Seu talento foi ainda mais agraciado quando passou a fazer as versões cômicas dos heróis da Marvel em Not Brand Echh. Continuou com seu trabalho pela Marvel até a companhia entrar em falência nos anos 90 e se aposentou no meio dos anos 2000. Desde então, participou de várias convenções de quadrinhos pelos EUA. Marie Severin partiu com 89 anos.



Já Gary Friedrich faleceu ontem a noite depois de anos de lutas contra os efeitos de sua doença de Parkison. Ele já se encontrava bastante isolado e com graves problemas de surdez, vivendo fora das convenções já há algum tempo e mantendo contato com poucos colegas ainda. Tony Isabella e Roy Thomas informaram hoje a notícia via Facebook.

Gary Friedrich começou na Marvel poucos anos depois da editora Atlas mudar o nome, ainda nos anos 60, depois de uma curta experiência que teve na Charlton Comics. Graças a sua amizade de adolescência com o editor-chefe Roy Thomas, Friedrich teve a oportunidade de pegar alguns títulos menos badalados da editora como Sargento Fury e o Comando Selvagem, para logo depois pegar alguns números de Capitão América, Demolidor e S.H.I.E.L.D., mas o que mesmo o marcou foi a criação bastante original do Motoqueiro Fantasma (na época, Johnny Blaze), em 1973. Nesse tempo, também foi responsável por co-criar Daimon Hellstrom, o Filho de Satã.



Ao final dos anos 70, Friedrich depois de deixar a Marvel e trabalhar por um tempo com outras editoras, Friedrich deixou os quadrinhos por mais de uma década até voltar a trabalhar com outros veteranos em editoras menores como a Topps Comics. Nos últimos anos, batalhou judicialmente sobre os direitos do Motoqueiro Fantasma, mas com causa perdida em 2013.



Gary Friedrich partiu com 75 anos de idade.

Coveiro

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