quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Teia do Homem-Aranha: Um Carnificina... também superior!

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Com a nova fase do cabeça de teia nas atuais histórias brazucas, é mais que esperado que seu rol de vilões também acaba mudando. Assim, com a estreia da nova revista A Teia do Homem-Aranha Superior, encaixa-se perfeitamente a minissérie em cinco partes lançadas originalmente nos EUA onde também o Carnificina leva a mesma alcunha. Escrita por Kevin Shinick e desenhada por Stephen Segovia (apoiado em algumas páginas por Dan Mexia).

A história começa imediatamente no ponto onde parou o crossover Carnificina Mínima (também publicado em a Teia do Homem-Aranha). Cletus Kasady não só foi preso como também lobotomizado. Num corpo sem vida, acreditava-se que o simbionte estaria preso eternamente ali. Mas a verdade é que outros vilões tinham interesse em se aproveitar da situação e finalmente ter uma grande arma como aquela ao seu lado.

O insano Mago, Bentley Wittman, achava que dessa forma, o simbionte seria perfeitamente controlável com a tecnologia de seu capacete psiônico e poderia servir muito bem como membro do seu novo Quarteto Terrível. Com ele estavam o Garra Sônica, cujo poder era uma das fraquezas do monstro, e o Doutor Karl Malus, renomado cirurgião que ajudaria na parte de "reativar" a simbiose. Todavia, após um bem realizado rapto de Cletus da prisão, o grupo estava tendo dificuldades em conseguir controlar aquele monstro num corpo sem mente.

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E foi assim que Bentley teve a brilhante ideia de unir dois dos membros do seu novo Quarteto Terrível num só. Expôs a força Karl Malus para ser o novo corpo do simbionte e assim surgiu o novo Carnificina, numa mente superior, mas completamente controlado pela psique do Mago. Um tanto diferente do anterior, essa versão menos psicopata passaria a usar sobretudo e portar armas.

Ainda um tanto insano devido ao câncer que está consumindo seu cérebro, o Mago só pensa em fazer uma única coisa - realizar um grande feito criminoso para mostrar ao seu filho (e clone) Bentley 23 que ele sim é capaz de algo engenhoso. O primeiro alvo é a prefeitura e, portanto, o prefeito J.J. Jamenson, alguém que certamente  chamaria atenção da mídia. E assim também foi alvo da atenção de um certo herói aracnídeo.

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Insultado pelo Carnificina usar de cara também o título de superior, Peter (ou Otto, na verdade) juntamente com sua Tropa Aranha surge para melar os planos dos vilões. E esse talvez seja até o momento o maior desafio do Aranha Superior, já que Mago tem um intelecto realmente invejável apesar de louco, Garra Sônica tem um poder capaz de desnortear o equilíbrio do herói e o simbionte é invisível ao sentido de aranha (além de ser realmente um vilão mais versátil que Cletus já foi).

Mas quando estamos falando do Carnificina, o momento de descontrole é apenas uma questão de quando. Ele se volta contra seu grupo em dado momento da história e alveja o Garra Sônica com Vibranium, logo o desestruturando. Isso causa uma explosão que faz o simbionte se separar do Dr.Malus, mas logo encontra um hospedeiro muito mais poderoso (e insano) no corpo de Bentley Wittman. E aí lembramos em rápidos flashbacks que aquele simbionte escarlate já passou pelos mais diferentes hospedeiros sempre causando um grande estrago, mas nunca uma união foi tão perfeita como no caso do Kasady.

O monstro agora associado com o Mago surge em fúria plena e pronto para acabar com tudo pela frente. É a vez do Homem-Aranha fazer juz a sua fama de Superior e passar pra uma alternativa mais prática. Ele engana Wittman e aparece com o corpo inerte de Cletus Kasady no campo de batalha. Isso força o simbionte a deixar o Mago para trás, tomar Kasady mais uma vez e partir descontrolado contra os presentes. E seria realmente um novo massacre se o desincorporado Garra Sônica não agisse no último instante e atacasse o monstro com uma bruta rajada de som.

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É o fim, mas não antes de termos algumas repercussões. O pouco período com o simbionte no corpo fez Bentley regenerar um pouco de sua mente. Seu "filho", Bentley 23, até acompanhou tudo o que ocorreu em Nova York pela TV e passou a se comunicar com o "pai" na prisão. Em contrapartida, parece que parte da mente lobotomizada de Cletus também foi curada. Já o simbionte, completamente separado do corpo do psicopata, está na prisão particular de Otto na Ilha-Aranha.

A história do Carnificina ainda continua nas próximas páginas da Teia do Homem-Aranha Superior. E parece que com Cletus de novo no comando. Já o que cabe a essa história, vale muito mais a pena do que a própria Carnificina Mínima que acompanhamos recentemente. Conseguiu trabalhar muito bem três vilões relativamente inferiores como Garra, Carnificina e Mago e construir uma boa trama e com consequências curiosas para todos. O desenho das primeiras histórias com o Segovia é um deleite ao admirador de sua arte. Seu estilo é realmente rebuscado e delineado, ficando muito adequado para um conto onde o protagonista é um vilão simbionte. Podemos dizer que juntamente com a mensal, essa está sendo uma das melhores revistas da Nova Marvel.

Coveiro

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