O plano do professor Chin, como ele fala com o Homem Sem Rosto, anda exatamente como o programado. Além de enganar o Capitão América e conseguir roubar os restos do Tocha Humana original, ele agora atrai o homem por detrás da máscara do sentinela da liberdade. Bucky Barnes, que já foi o assassino soviético Soldado Invernal. E essa identidade, fruto de um controle mental exercido sobre o sobrevivente da Segunda Guerra, ainda repercute na memória de Bucky, guia suas ações nesse momento crítico. Seu passado sombrio vem novamente à tona em Novos Vingadores 72 para pesar em sua consciência.
Sobrevoando o Oceano Índico o Capitão usa um antigo jato de Namor para chegar onde precisa. Acompanhado do príncipe dos Atlantes, acaba rememorando o clima de amizade (pelo menos até onde Namor é capaz de demonstrar tal sentimento), ouvindo dele algo elogioso a respeito do manto que agora carrega. Mas logo a conversa se volta para o Tocha e para o cientista chinês que, ainda adolescente, foi resgatado pelos três e por Steve Rogers em plena Segunda Guerra.
Namor se lembra muito bem como o pequeno gênio, com toda sua arrogância e crença desenfreada na ciência humana, ficou deslumbrado com a capacidade destrutiva do Tocha Humana. Seus olhos o viam como uma arma. Exatamente aquilo contra o que o herói sintético sempre lutou, buscando sempre demonstrar que uma humanidade conquistada.
O príncipe submarino questiona sobre a outra vez em que Bucky o encontrou, já como Soldado Invernal, quando os soviéticos o enviaram para assassinar Chin em 1968. Como vimos anteriormente, a única missão que o Soldado Invernal não cumpriu, na qual alguma ação capital foi cometida. Bucky pensa em como detesta lembrar-se de tudo que fez nesses anos como agente soviético, deixando claro suas ações agora são fruto da dor que suas memórias lhe infligem.
Curioso, Namor pergunta o porquê dos russos quererem o assassinato do cientista. Ao que parece, ele é uma ameaça muito maior do que sua frágil aparência denuncia.
E isso vai ficando mais claro quando, em Hong Kong, a Viúva Negra obtém informações sobre Chin com o agente Sims do MI6, agencia de inteligência britânica. Depois de saber que o cientista pode ser responsável pela gripe aviária, e que seu apelido é “Professor Pandemia”, Natasha demonstra que seu relacionamento com Bucky é verdadeiro, e que é de fato a mulher mais mortal do mundo para o pesar do excitado agente britânico.
Em Taiwan, no complexo em que Chin se encontra, Bucky e Namor revivem os velhos tempos, derrotando facilmente os soldados de guarda. Inclusive, demonstrando o quanto o híbrido atlante-humano é orgulhoso e avesso a trabalhar com parceiros. De qualquer forma, ele diz que cumpre com sua parte do plano, separando-se do Capitão América, que parte para cumprir seu papel.
Lá dentro, o professor Chin manipula sequências genéticas enquanto conversa com quem parece ser um velho companheiro. Alguém que vive graças a sua ciência. Um misterioso homem deformado, que recebe uma solução em seu corpo para permanecer vivo.
De volta a Hong Kong, Natasha finalmente descobre o porquê da obsessão e insistência de Bucky em resolver logo esse caso. Na ação frustrada de 1968, ele não conseguiu assassinar Chin. Porém, no processo, acabou matando sua esposa, o que faz com que o cientista chinês tenha um desejo de vingança de mais de 40 contra o herói.
Na cidade de Taipei, Bucky pensa em como as memórias de sua vida passada, manipulada, o atormentam. Principalmente essa que Natasha acabara de descobrir. Mesmo com que heróis experientes como o Falcão e o Ronin (Clint Barton) e a Viúva falaram, ele não consegue deixar a culpa. Há coisas que fez como Soldado Invernal que ainda se prendem à sua mente de forma inescapável. Por isso tudo, não querendo manchar a identidade de Capitão América com suas próximas ações, assume mais uma vez a persona que o levou àquilo tudo. Mais uma vez ele é o Soldado Invernal.
Agora no controle de suas próprias ações, ele busca impedir que o cruel cientista se vingue dele usando o corpo de seu amigo. Apenas o Soldado Invernal pode atrair a atenção vingativa de Chin para que a missão tenha sucesso. Com roteiros de Ed Brubaker e arte de Steve Epting, essa a primeira de três partes do arco de histórias intitulado Velhos Amigos e Inimigos.
João
PS.: Dêem uma olhada na capa alternativa de Captain America #46, em que essa história foi publicada originalmente. Estrelando o Tocha Humana Original, na belíssima arte de Marko Djurdjevic, faz parte das comemorações aos 70 anos da Marvel completos ano passado.
Sobrevoando o Oceano Índico o Capitão usa um antigo jato de Namor para chegar onde precisa. Acompanhado do príncipe dos Atlantes, acaba rememorando o clima de amizade (pelo menos até onde Namor é capaz de demonstrar tal sentimento), ouvindo dele algo elogioso a respeito do manto que agora carrega. Mas logo a conversa se volta para o Tocha e para o cientista chinês que, ainda adolescente, foi resgatado pelos três e por Steve Rogers em plena Segunda Guerra.
E isso vai ficando mais claro quando, em Hong Kong, a Viúva Negra obtém informações sobre Chin com o agente Sims do MI6, agencia de inteligência britânica. Depois de saber que o cientista pode ser responsável pela gripe aviária, e que seu apelido é “Professor Pandemia”, Natasha demonstra que seu relacionamento com Bucky é verdadeiro, e que é de fato a mulher mais mortal do mundo para o pesar do excitado agente britânico.
Na cidade de Taipei, Bucky pensa em como as memórias de sua vida passada, manipulada, o atormentam. Principalmente essa que Natasha acabara de descobrir. Mesmo com que heróis experientes como o Falcão e o Ronin (Clint Barton) e a Viúva falaram, ele não consegue deixar a culpa. Há coisas que fez como Soldado Invernal que ainda se prendem à sua mente de forma inescapável. Por isso tudo, não querendo manchar a identidade de Capitão América com suas próximas ações, assume mais uma vez a persona que o levou àquilo tudo. Mais uma vez ele é o Soldado Invernal.
João
PS.: Dêem uma olhada na capa alternativa de Captain America #46, em que essa história foi publicada originalmente. Estrelando o Tocha Humana Original, na belíssima arte de Marko Djurdjevic, faz parte das comemorações aos 70 anos da Marvel completos ano passado.