quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Meu nome é Banner! Bruce Banner!

Hulk

O fãs de Hulk devem estar deleitando-se com as últimas edições de Universo Marvel, com praticamente 50% da revista só com histórias do verdão. Desta vez, vimos em Universo Marvel 30 e 31, Bruce Banner e sua ex-esposa, Betty Ross, agora como Mulher-Hulk Vermelha, numa verdadeira aventura a la 007.

Afastado de seu filho (que ficou na Terra Selvagem) e do resto dos amigos, sobrou apenas a Bruce a companhia do jovem gênio Amadeus Cho na nova base da Gamalândia, no Novo Mexico. O guri recentemente alertou que Betty corre sérios perigos em se transformar permanentemente na Vermelha, caso continue descontrolada e nada seja feito. É preciso encontrá-la e Cho sabe exatamente como localizar sua assinatura gamma. Bruce só precisa fazer as coisas a moda antiga e para isso é equipado por geringonças criadas por Amadeus (que banca aqui o agente Q da série de James Bond).

Hulk

De Smoking e tudo que um agente secreto tem direito, Banner chega até Roma e lá percebe que a missão de resgate de sua ex-mulher é na verdade uma arapuca para o mesmo. Betty está vinculada a um antigo adversário do Hulk, Tyrannus, um gênio imortal da antiga Roma além da sua época, porém com uma índole questionável. Seus planos, desta vez, envolviam enganar o Hulk para abrir um cofre a prova de tudo e assim ter acesso a mitológica caixa de Pandora.

Hulk

Enquanto a lenda alerta sobre os perigos da caixa, Tyrannus acredita que na verdade lá encontrará conhecimentos magníficos que foram trancafiados a todo esse momento. Por outro lado, alguns outros não querem correr esse risco e culpam o Hulk por ter ajudado o casal de vilões. Pra compensar o seu erro anterior ao ter ajudado Tyrannus, Bruce tem que se aliar a Dra. Sofia di Cosimo, especialista em mitologia grega. 

Hulk

No meio da aventura (que vai além do estilo “bond” e segue muito mais para um “Indiana Jones”, Hulk e Sofia deparam-se com forças da OTAN, monstros subterrâneos e um tipo de sociedade secreta de “Cavaleiros de Roma”, que mais parece zumbis tecno-místicos. Todos eles estão em busca do poder da caixa. No fim, após muitos contratempo, Tyrannus, que sempre foi a grande ameaça,  acaba surrupiando a tecnologia mágica dos cavaleiros zumbis e a usa para tomar a caixa e combater o Hulk. O jogo vira de lado, Tyrannus rapta a Dra. Di Cosimo e Hulk e Mulher-Hulk ficam do mesmo lado mais uma vez, com direito a uma "recaída" do romance do casal.

Hulk

A última briga entre o verdão e Tyrannus (superturbinado na forma gigante e envolta em energia mística) não podia ser em outro lugar senão o Coliseu romano. E com uma ajudinha de Cho, Hulk consegue encontrar uma fraqueza contra o imortal vilão e assim recupera a caixa, além de salvar a Dra Sofia. Mas este não foi o fim de Tyrannus.

Hulk

O cientista romano, decidido a qualquer custo a ver o que há na caixa, atira com a pistola no vaso que estava em posse de Betty Ross naquele momento. Uma vez destruído o vaso, os demônios presentes na “caixa e Pandora” tornam-se livres e possuem a Sra. Ross. Para salvar sua ex, o verdão faz mais uma vez o impossível. Suga para dentro de si as entidades místicas e assim as "devora". É o fim de um dos maiores perigos da humanidade desde a antiguidade.

Passada a ameaça, o final não é tão feliz como se esperava. Birrento, mais uma vez o Hulk afasta a ex-esposa. E indignada, Betty decide se transformar em Mulher-Hulk, desta vez, provavelmente de forma definitiva. A Vermelha toma Tyrannus mais uma vez como aliado e some dali. Ovacionado pelo público que viu o espetáculo, o Hulk apenas baixa o rosto ciente de que de fato não passa mesmo de um “tolo”, como sempre acreditou Tyrannus.

Hulk

Greg Pak, atual roteiristas das histórias do Verdão, está bem longe de sua boa forma como foi em Planeta Hulk. Recentemente sempre pendendo suas histórias pra um lado mais mitológico, fica claro que de uns tempos pra cá sua maior atenção direcionou-se para os roteiros de Hércules (boa parte deles, não publicados no Brasil). As histórias do Hulk fazem tempo que não tomam uma direção própria e o drama romântico, que o circundeia desde que surgiu a Mulher-Hulk vermelha, é esticado e enfadonho.

O desenhista desta vez dispensa apresentações. Tom Grummet, das antigas histórias de Thunderbolts, é uma volta ao bom clássico e tem uma arte tão limpa e bonita quanto a de seu antecessor, Paul Pelletier.  É uma pena que se perca em histórias pífias como esta.

E como já devem ter notado ao ver o checklist do último mês, mais uma grande leva de histórias deste título vai ser publicado em Universo Marvel de Dezembro. Isso tudo porque a Panini já está se preparando para adiantar ao máximo a chegada da nova revista do verdão, com roteiro de Jason Aaron e arte de Marc Silvestri e Whilce Portacio no primeiro arco. Quem está ansioso por ter esse material nas mãos?

Coveiro

comments powered by Disqus