sexta-feira, 6 de abril de 2018

Os Supremos: Guerra Civil II

Os Supremos foram criados para ser uma força para evitar-se que grandes tragéridas cósmicas acontecessem, antecipando assim esses eventos e encontrando soluções para eles antes que virassem de fato problemas. É uma força sem líderes de fato, onde cada cabeça ali que compõe o grupo tem sua importância e as decisões ocorrem de comum acordo. Assim, apesar das vantagens que o inumano Ulysses traria ao grupo, é óbvio que a polêmica em torno dele o dividiria.



Nas páginas da primeira edição do Tie-in com Guerra Civil (Universo Marvel 10), Al Ewing traz uma série de Flashbacks da criação do grupo. De como a ideia partiu de Carol Danvers numa conversa com T'Challa em Wakanda e como cada novo membro sugeriu o nome de outro - Pantera Negra indicou o Marvel Azul, que indicou a Monica Rambeau, que indicou a Miss América Chavez. Alheio a isso tudo, o grupo sequer imaginava que um conselho de segurança nacional dos EUA se reunia com a intenção de espionar as ações do supremo sem eles saberem e averiguar a periculosidade do grupo. O homem chamado Philip Nelson Vogt, seria o homem das sombras a investigar tudo com seu chamados 'Solucionadores'.

Então, veio Ulysses e suas missões foram uma mão na roda para a equipe. Após alguns salvamentos bem sucedidos, veio o dia em que ele previu Thanos atacando o Projeto Pégasus na Terra. No combate contra o Titã, ficou por conta da Monica Rambeau, a Espectro, bolar a estratégia de como deter Thanos. Contudo, o plano da heróina não se saiu muito bem, os nossos heróis acabaram se atropelando na hora da sequência de golpes e isso custou a vida da Jim Rhodes e quase matou Jen Walters. Mais tarde, Rambeau lamentou não ter decidido por uma ação mais efetiva, como ter virado luz e estourado internamente o cérebro de Thanos, não vacilando com o Titã. Apesar da ação desastrada, todos concordaram que as vidas salvas valeram mais. Particularmente, Adam Brashear acreditava ainda mais nisso já que sua filha era uma das cientistas do lugar. Ao menos, Thanos foi preso e levado ao Triskelion.



Numa outra visão de Ulysses, o Inumano previu exatamente a chegada de um ser de outra dimensão ali, o Infininauta em sua nona manifestação (em todas as anteriores Adam Brashear teve que expulsá-lo ou a Terra correria um risco). Antecipando tudo de forma tão precisa, os heróis conseguiram com a ajuda do novo Gigante (Raz Malhotra) e o equipamento necessário resgatar o viajante de sua eterna prisão no espaço-tempo. Pra nossa sorte, o Infininauta era um ser pacífico e tudo ocorreu bem.

Mas o maior dos problemas Ulysses não previu de fato, pois mesmo preso numa prisão capaz de conter sua força, Thanos ainda encontrou meios para se ver livre. Tudo graças a seus limitados poderes psíquicos, pouco lembrados por muitos autores, mas que Al Ewing resgata aqui. O Titã entra na cabeça de Conner Sims, o Anti-Homem e começa a confundir o pobre homem ainda mais, enchendo-o de dúvidas sobre as verdadeiras intenções dos Supremos.



A equipe também encontrava-se ainda mais em conflito a medida que mais casos polêmicos das visões de Ulysses aconteciam. No caso da civil Alison Green, que na minissérie principal foi acusada sem indício algum de ser uma agente secreta da HIDRA que poria o mercado financeiro em risco, o excesso da ação colocou o Marvel Azul contra um operativo da SHIELD. E particularmente, Pantera Negra e America Chavez mesmo em silêncio guardaram reservas sobre a ação.

Mais tarde, quando descobriram que não havia nada na valise da Senhora Green, a reunião particular dos Supremos esquentou. O Pantera Negra advertiu sobre as diferenças entre lidar com Thanos e apenas um suspeito como foi a moça detida. A Capitã Marvel continua irredutível a crer na veracidade das visões de Ulysses e isso irritou a Miss América de tal forma que ela a atacou com uma cadeira. A briga entre os Supremos explodiu ali mesmo e foi o momento oportuno para Thanos usar Conner Sims sob seu controle e fazê-lo detonar as portas de sua prisão e ao mesmo tempo enfraquecer as correntes que o prendiam.




Livre mais uma vez e fiscamente ao lado de Conner Sims agora, Thanos citava as recentes mudanças pela qual o universo passou, dando entender que ele era mais um que era consciente da existência dos eventos das Guerras Secretas. Os Supremos chegaram poucos minutos depois da fuga, deparando-se com dois guardas mortos e com Thanos em pleno poder mais uma vez preparados para detê-los. Marvel Azul gritou para Sims não ceder a manipulação de Thanos e o confuso Anti-homem decidiu sumir dali explodindo-se. Era agora só os Supremos contra o Titã.

No combate, a Espectro tentou usar a estratégia de transformar-se em luz e adentrar o cérebro do titã, mas foi em vão. Thanos conseguiu expulsá-la facilmente de sua cabeça e deixou-a em choque. Isso ao menos provou que Monica estava errada em se culpar e não poderia ter salvado Rhodes e a Mulher-Hulk de qualquer jeito. Para deter o titã, T'Challa se reservou a ficar de longe da briga direta e pensar num plano. Foi quando decidiu procurar nos destroços da prisão o mesmo material que usaram para criar a cela do Anti-homem e prender Thanos em sua própria mente.



A última edição deste volume dos Supremos traz alguns fechamentos interessantes. No começo dela, sabemos do destino de Conner Sims, que foi resgatado por Galactus e que o modificado gigante espacial parece preocupado com o destino do grupo que o ajudou a se modificar. Já na Terra, tudo parece ir mal para os Supremos. A briga que a Capitã Marvel e o Pantera Negra tiveram na minissérie principal repercutiu aqui com o fim da equipe, que não deve mais operar sob sanção governamental. O Triskelion, que também foi destruído na Guerra Civil II, nção será mais reconstruído.

Danvers observa de longe as ruínas do prédio caído quando chegam Marvel Azul e Espectro. Os dois estão namorando agora e convidam a amiga para explorar um pouco mais do espaço pra espairecer. Carol agradece mas tem outros planos e a vemos no quadro seguinte indo conversar com America Chavez numa lanchonete. Meio a contragosto, a menina (e suas amigas) aceitam falar com a Capitã Marvel e a garota então decide levar Danvers a um dos muitos mundos alternativos distópicos em que a Justiça Premonitória transforma o lugar num filme de terror. Neste lugar, é Destino que ocupa o lugar de Danvers e as duas decidem se intrometer e quebrar o sistema. Aquilo, de certo modo, foi um pouco catártico para a Capitã Marvel, que deu o braço a torcer que se fosse mais alguns passos adiante poderia estar passando dos limites (se já não tinha passado).

Agora, retomando a perspectiva do Conselho que secretamente observava os Supremos, temos o tal Homem das Sombras, Philip Nelson Vogt, convocando um outro supergrupo que possa secretamente lidar com ameaças científicas. Assim, somos apresentados aos Solucionadores, um bando de personagens desconhecidos criados por Al Ewing que só vamos ouvir falar mais deles em outra história. 

Longe dali, Galactus, o Criador da Vida, observa as ações do governo americano, mas insatisfeito com a criação daqueles substitutos de meia-tigela. Ele vai requerer a volta de seus antigos aliados e para tal transformará Conner Simns, o Anti-Homem, em seu Arauto, o primeiro Arauto da vida de Galactus.



Acaba aí, portanto, o primeiro volume do Supremos na sua versão 616. Bem diferente do que tinhamos no Ultiverso, com uma pegada que por vezes parece substituir o Quarteto Fantástico original, era uma equipe que particularmente prometia muito, mas acabou um pouco atravessada pelos grandes eventos da Marvel. A leitura não é lá a mais fácil e digerível do Al Ewing, talvez por ele querer seguir mais a linha Hickman aqui, mas ainda assim muito interessante. Nesse arco em particular, contamos com os desenhos de Kenneth Rocafort, Djbril Morissette e Christian Ward e foram publicados em Universo Marvel 10 a 15.

Coveiro

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