*ATENÇÃO! Esse artigo contém spoilers da edição que está sendo publicada nos EUA! Leia por sua própria conta e risco!
Desde o anúncio de que Jonathan Hickman passaria a comandar o universo mutante nos quadrinhos, os fãs ficaram muito ansiosos para saber o que realmente Hickman faria, mas uma coisa em comum que se pensava era que a coisa seria grandiosa e todos acreditavam no potencial do roteirista. E com o lançamento da primeira da minissérie House of X, os fãs respiraram aliviados pois a promessa foi cumprida e foi além.
E exatamente agora que vamos explicar um pouco o que tem de tão especial nesse título para ter empolgado os fãs e qual foi a revolução que realmente aconteceu, além de dizer porque o Larraz foi a escolha excelente para cuidar desse título.
A história começa mostrando os X-Men plantando mudas de Krakoa em principais pontos do globo terrestre e na Lua e logo depois vemos essas mudas crescerem. Mais um pouco pra frente descobrimos, através de um tour com representantes do governo do Mundo, que se trata de portais onde qualquer mutante do planeta pode ter acesso a grande ilha de Krakoa, que se tornou o lar seguro de toda a raça mutante.
Nesse mesmo tour, vimos também que Charles Xavier, através de uma mensagem telepática de nível global, propôs a todos os líderes do mundo o reconhecimento de Krakoa como uma nação mutante livre, garantindo anistia a TODOS os mutantes que assim quiserem, em troca ele concordou em resolver questões humanas, como fornecer três tipos de medicamentos que, resumidamente, acaba com várias doenças, dá aumenta o limite de vida dos humanos em cinco anos e um poderoso antibiótico que acaba quaisquer tipo de infecções. Esses remédios são produzido através das flores geradas por Krakoa e disponibilizada para criação desses tais medicamentos.
Em outro lugar, nós vemos Mística, Creed e Groxo roubando dados da Controle de Danos e quem vai impedir deles fugirem é o Quarteto Fantástico. Para o espanto do leitor, o grupo escapa por um dos portais de Krakoa, menos o Dentes-de-Sabre que foi pego pela Mulher-Invisível. E aqui vai outra surpresa, do mesmo portal sai Ciclope, todo educado, pedindo que devolvessem o mutante nervosão para ele, sendo negado o pedido pelo próprio Reed, que justifica dizendo que ele causou ferimentos graves aos guardas da Controle de Danos. Ciclope então deixa que Creed seja levado pela Quarteto, sem nenhum problema. O interessante é que Ciclope aqui pareceu muito mais focado, concentrado e frio, diferente do Ciclope da época de X-Men versus Vingadores até Uncanny, onde ele parecia sempre estar estressado.
Em um outro ponto da edição, somos apresentados a nova organização de vigilância chamada Orquídea (Orchis), que é a fusão de várias organizações como a antiga S.H.I.E.L.D., E.S.P.A.D.A., Tropa Alfa, I.M.A., M.A.R.T.E.L.O., Hydra, A.R.M.O.R. (ARMADURA) e S.T.R.I.K.E. Essa organização existe basicamente para vigiar todas as operações mutantes no mundo secretamente e para que essa operação seja realmente secreta, ele construíram a base de operações bem próximo do Sol.
Mas isso não é a parte mais legal! A parte mais legal é a estrutura da base, que foi construída dentro da cabeça do Supra Sentinela, Molde-Mestre. É basicamente a mesma ideia referenciada de Luganenhum (um refúgio dentro da cabeça de um Celestial) e da base de operações dos Vingadores atualmente (dentro de um Celestial morto).
E por último, é sobre a arte de Pepe Larraz, que está fenomenal, na mesma proporção das ideias dessa história do Hickman, onde o Larraz faz grandes referências a visuais vistos em diversos animes, que exageram em momentos bizarros, onde identifiquem no momento da leitura com Evangelion e Fullmetal Alquimist, mostrando imagens distorcidas e bizarras usadas em Krakoa, Animatrix, com relação da estrutura mecânica e biológica, e com certeza outras referências que não me vem a cabeça, mas com certeza, estão no material. De longe, só por essa edição, é o melhor material dele até o momento, extrapolando possibilidades visuais, misturados com páginas de telas de sistema de dados, que apresentam informações mais técnicas de pontos da história, que vai até mesmo em um mapa que localiza onde provavelmente está a ilha de Krakoa.
Antes que eu esqueça, aproveitando o assunto das páginas de informações técnicas da história, na edição uma das Cucos diz o nome da nova linguagem própria dos mutantes, que é Krakoana (Krakoan). Toda o conhecimento dessa nova linguagem é impressa no cortex cerebral de cada mutante, com o auxílio dos telepatas presentes, que quiser viver na Ilha sob a proteção dos X-Men.
Poderia preencher linhas e linhas, elogiando esse material, porque é muito detalhe a ser explorado, mas é melhor apenas dizer que se você é fã dos mutantes e estava esperando pela revolução, que no passado se sentiram enganados por não terem tido, com certeza essa é A verdadeira revolução mutante, colocando agora os mutantes no patamar real de raça superiora, porém que empregam seus próprios métodos para garantirem o devido respeito perante o resto da humanidade, que agora podem decidir se continuam odiando eles, mesmo eles compartilhando de recursos avançados que os humanos comuns são incapazes de realizar, ou se sentem aliviados porque eles realmente resolveram fazer algo significativo para todos, humanos e mutantes. Realmente, se alcançou o limite máximo do sonho realizado de ambos Xavier e Magneto para o homo superior.
Sem mais delongas, caros leitores, isso tudo é o excelente material do Hickman que merece um grande barulho a nossa editora daqui, pedindo para que esse material venha para o Brasil com todo o carinho possível, porque realmente merece.
E quem não conseguir aguentar a espera e puder comprar a edição importada, faça! Vale CADA centavo investido no material.
Bem vinda a Revolução Mutante! Bem vindo Hickman a franquia mutante! Que sua marca seja novamente registrada na história da Marvel Comics!
Marcus Pedro
