quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

X-Men + Quarteto Fantástico: A Guarda de Franklin Richards

Essa semana saiu a primeira edição da minissérie Quarteto Fantásticos e os X-Men, uma história que já era mais que esperada de acontecer desde a primeira edição de House of X #1. Vocês devem lembrar que nela Ciclope levantou a bola que em breve o filho dos Richards, Franklin, um mutante de nível Omega, seria convidado para ir a Krakoa. Bem, esse dia chegou. Franklin deve ficar com sua família de nascença ou optar por viver com sua espécie?



Pra quem não anda acompanhando as histórias do Quarteto Fantástico de Dan Slott é bom ter alguma noção dos últimos acontecimentos. Depois de criar alguns universos, a Reed, Sue, os Filhos e a garota da Fundação Futuro voltaram a Terra. E pela primeira vez, um roteirista deu um avançada na idade de Franklin, que atende como o Powerhouse, tornando-o um adolescente de fato. Em contrapartida, o jovem parece estar perdendo seus poderes e Reed ainda não encontrou uma solução para isso.

Em Krakoa, Xavier e Magneto estão ciente da situação de Franklin e pensam que desta vez o pai não possa ajudar. A ideia é trazer o menino até Krakoa, um lugar que é seu por direito já que é um mutante, e quem sabe não ajudá-lo no seu problema. Para tal, Xavier convoca Kitty Pryde, com quem Franklin no passado já ajudou e foi amigo (é só ler a minissérie Quarteto Fantástico vs X-Men, que saiu recentemente pela Panini). Sendo mais próximos, Kitty seria um rosto familiar pro menino se sentir a vontade pra topar o convite. Katherine aceitou a proposta de Xavier, mas ciente de que só trariam Franklin se ele assim quisesse.


O momento não poderia ser mais inoportuno para os pais. Franklin está vivendo a rebeldia de sua adolescência e o fato de seu pai, sendo o gênio que é, não estar conseguindo curá-lo, deixa o garoto revoltado. Chega ao ponto de em uma conversa com o seu padrinho Ben Grimm sugerir que inconscientemente Reed propositalmente não queira resolver o problema dele. Afinal, não eram os poderes quase divinos do garoto sempre vistos como um problema?

A verdade é que apesar de todos os contras, Reed Richards de fato tem estudado o problema do garoto e chegou até o ponto em que entendeu que talvez o problema é que Franklin tenha 'quebrado' a sua ligação com a energia que dá origem aos seus poderes. O Sr. Fantástico ainda não sabe onde ou o que é essa origem ou se mesmo se conseguirá consertar de novo essa ligação, mas está tentando.

Quando os X-Men chegam a rua Yancy, onde está o novo QG da Família Fantástica, já são recebidos por uma Susan Richards muito brava. A conversa dentro da casa pela 'Guarda' do jovem só degringola e quando Kitty Pryde puxa literalmente o amigo Franklin pra fora e o leva pra o Central Park pra conversar, eis que a Família Fantástica acha que ela o estaria sequestrando. A briga de boca acaba se tornando uma porradaria física então lá bem no meio das árvores. É mais uma vez o típico encontro de super-heróis.


Pra parar a confusão, Franklin decide então sair correndo e atravessar o portal de Genosha que está firmado naquele lugar. Contudo, para surpresa de muitos, o menino passa batido e eis que descobrimos que o Sr. Fantástico instalou um mecanismo que 'camufla' os genes do garoto justamente pra evitar que um dia os X-Men viesse pegá-lo a força. Obviamente, mais uma vez, Franklin reage mal ao que seu pai fez e sai revoltado dali.


Xavier e seus X-Men decidem então parar as desanvenças e voltar para a Ilha. De forma perpiscaz, Charles percebeu que não daria pra forçar o garoto, e que com essa nova atitude de Richards, era bem provavel que Franklin por conta própria decidisse aparecer em Krakoa quando nós menos esperávamos. E dito e feito.

Depois de uma conversa com Valéria (que cresceu também pra burro, por sinal), Franklin decide fugir de casa com a irmã. Ambos aparecem de surpresa no barco d'Os Carrascos da Kitty Pryde. Todavia, a viagem que eles faziam no momento não era pra Genosha. Coincidências a parte, Kitty e seu time estavam na costa da Latvéria pra resgatar alguns mutantes e acabam sendo abordados pelo Doutor Destino em pessoa. Sim, os filhos de Richards estavam agora prestes a encarar a fúria do maior adversário dos seus pais.



Anos depois, temos essa minissérie num momento totalmente novo pras duas equipes, mas ao mesmo tempo tem um gostinho da antiga história criada nos anos 80. O roteirista Chip Zdarky sabe executar muito bem as relações entre os personagens e recriou a relação entre Kitty e Franklin de uma maneira agradável, sem parecer forçada também. A proposta é interessante, mas não deixa de ser meio infantil a maneira como os X-Men abordam o Quarteto que tem todo direito a guarda da criança. Contudo, talvez a história revele que Xavier tenha feito isso de forma proposital, já que no fim só nublou ainda mais a relação entre pai e filho. A arte ficou por conta de Terry e Rachel Dodson, e não temos o que falar, já que sempre é um deleite ver o trabalho dessa dupla nas páginas.

Coveiro

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