quinta-feira, 27 de abril de 2023

James Gunn relembra ação dos atores para ele voltar a dirigir Guardiões da Galáxia vol.3

 O diretor James Gunn antes de chegar a encabeçar a DC Studios passou por maus bocados, e todo mundo deve se lembrar dos trágicos momentos de sua vida em julho de 2018, quando sua vida virou de ponta-cabeça por conta de velhos Tweets que vieram a tona e o colocaram no meio de uma guerra política que causou sua demissão pela Marvel Studios enquanto se programava para começar as gravações de Guardiões da Galáxia vol.3. A história contada pela visão de James Gunn, Kevin Feige e Chris Pratt, você vê em um trecho da matéria do The Hollywood Reporter logo a seguir:

James Gunn estava a caminho de embarcar em um avião para a Comic-Con de San Diego para promover Brightburn, um filme de terror de super-heróis que ele produziu para a Sony, quando Kevin Feige ligou para dizer que ele estava sendo demitido, uma decisão tomada pelo então diretor de filmes da Disney, Alan Horn. O executivo não conseguia conceber um mundo em que as piadas tuitadas de Gunn fizessem algum sentido. Piadas essa que Gunn se arrenpedeu até hoje de ter feito.

Não importava que ele já tivesse se desculpado por elas anos anteriormente, assumindo total responsabilidade em uma declaração que foi bem recebida na época. O clima político na América tornou-se extremamente divisivo, e os especialistas conservadores Jack Posobiec e Mike Cernovich ressurgiram os antigos tweets para atingir Gunn, um crítico vocal do presidente Donald Trump. Logo virou assunto em toda a Fox News e outros canais.

D'Esposito ligou para Pratt para informá-lo de que a demissão de Gunn era iminente. “Louis, não faça isso”, respondeu Pratt. "Jesus Cristo, porra, não faça isso." Horn emitiu um comunicado anunciando a demissão, chamando os tuítes de “indefensáveis e inconsistentes com os valores de nosso estúdio”.

A demissão e o apoio de amigos e familiares fizeram com que Gunn reavaliasse suas prioridades. “Meus pés não estavam no chão naquele momento”, disse Gunn. “Isso realmente me fez pensar: 'O que importa para mim? Adulação e dinheiro? É realmente com isso que me importo?'” Desde então, ele vendeu sua casa em Malibu e voltou a morar no Valley. Durante todo o calvário, o cineasta manteve contato próximo com Kevin Feige. Na verdade, a Marvel nunca encontrou um único diretor para substituí-lo. “Nem mesmo montamos uma lista preliminar só porque não podíamos fazê-lo”, lembra Feige, que se reportava a Horn. “Não aguentávamos.”

Kevin Feige trabalhou nos bastidores do seu lado, garantindo o compromisso de que o projeto ainda usaria o roteiro de Gunn. James deu o roteiro ao elenco nas semanas após a demissão. Para Pratt, foi um movimento astuto e um sinal de que rachaduras estavam começando a aparecer. “Eu pensei, 'Oh, então podemos usar o roteiro escrito por James Gunn, mas simplesmente não podemos tê-lo como diretor?'”, disse Pratt. “O roteiro é tão bom que você vai ficar tipo, ‘Sim, tivemos que nos livrar dele porque não podíamos nos associar com aquele homem. Mas faremos o roteiro dele.'"

Tudo se resumia a uma mudança de opinião de Horn, o presidente da Disney, que tinha a sensação crescente de que havia feito a decisão errada. Gunn soube que ele estava tendo problemas para dormir por causa da demissão. “É cem por cento porque Alan Horn se sentiu mal. Ele fez isso porque achou que era a coisa certa a fazer”, disse Gunn. Horn não comentará os tweets de Gunn ou a decisão que levou Gunn a ser recontratado. Mas ele diz que a atitude do cineasta após a demissão revelou um caráter forte. “Tudo o que ele fez posteriormente foi de primeira classe”, disse Horn. “Ele foi tão cavalheiro nos meses seguintes que acabamos por trazê-lo de volta. Parecia a coisa certa a fazer. Eu o tenho em absoluta alta consideração.”

Esse respeito se estendeu além da reintegração dos Guardiões. No cargo atual de Horn como consultor do chefe da Warner Bros. Discovery, que ele apoiou Gunn ser nomeado co-chefe da DC Studios em novembro passado. Na noite em que Horn lhe ofereceu o emprego de volta, Gunn foi até a casa de Feige. O executivo da Marvel ficou satisfeito por seus esforços terem ajudado a virar a maré. Mas Gunn tinha uma confissão a fazer: apenas um dia antes de ser reintegrado, ele silenciosamente se comprometeu a dirigir outro filme - O Esquadrão Suicida, para a rival DC. Estranho, claro. Mas também significava que os próximos dois anos da vida de Gunn seriam amarrados antes que ele pudesse retornar aos Guardiões.

A resposta de Feige? “Apenas faça um bom filme.”

Hoje, James Gunn estima que 60% de suas horas acordado na última década foram gastas pensando nos filmes dos Guardiões. No entanto, mesmo como Vol. 3 dando seus últimos passos e ele e o elenco embarcando na turnê mundial promocional, ele já está avaliando outra franquia de super-heróis, sem dúvida o maior desafio de sua carreira: Superman: Legacy, o primeiro filme da lista de Gunn e Safran chefiando a DC Studios.

Com os filmes dos Guardiões, ele pegou personagens obscuros e terciários da Marvel que poucos conheciam e deu a eles um novo giro.

“É mais fácil pegar um personagem que ninguém conhece, como os Guardiões ou o Pacificador, e fazer o que quiser com eles”, disse Gunn. “Pessoas em todos os países do mundo conhecem a história do Superman.” É uma das razões pelas quais ele recusou um filme do Super-Homem em 2018 - ele não teve uma ideia. Agora, ele diz que tem.

Na Marvel, o sempre positivo Feige reconhece que é triste ver Gunn partir. Os homens ainda conversam com frequência e, como observa Feige: “Serei o primeiro da fila para ver tudo o que ele fizer. E Superman é um personagem muito importante para mim e para o gênero.”

A matéria da The Hollywood Reporter ainda tem muito mais a falar sobre a história de James Gunn e a Marvel Studios, mas falaremos mais dela em outro artigo aqui do site. Para ter acesso ao texto completo e integral original, basta clicar aqui.

Coveiro


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