Surpreendente. De acordo com o dicionário, a palavra surpreendente é aquilo “que provoca viva emoção: espetáculo surpreendente”, “espantoso”, “admirável”, “magnífico”. Ou seja, são poucas coisas que podem ter consideradas surpreendentes. Em meados de 2004, um certo grupo de super heróis recebeu essa alcunha. Merecidamente
Apôs a passagem bombástica de Grant Morrison pelos X-Men, que provocou diversos sentimentos nos fãs da franquia, sejam eles positivos ou negativos, os editores da Marvel resolveram reinserir alguns conceitos que foram deixados de lado pelo escocês maluco. No caso, sai a postura de milícia mutante e retorna estilo mais heroico da franquia. Essa fase ficou conhecida como “reload”.
Se analisarmos friamente o período em questão, muitos vão considerá-lo um verdadeiro retrocesso. E recheado com diversas histórias ruins. No entanto, nem tudo pode ser considerado um desastre. Em um ponto, a fase “reload” produziu um clássico: Os Surpreendentes X-Men. É, de longe, o maior (senão o único) ponto positivo produzido durante esse período.
A Marvel resolveu chamar Joss Whedon e John Cassaday para tocar os trabalhos. Cassaday, à época, tinha em seu currículo diversos trabalhos de peso, como Capitão América e Planetary. Assim, ao menos nos desenhos, os fãs não teriam o que reclamar. Provavelmente, a dúvida sobre a qualidade da série recaiu sobre a figura de Joss Whedon.
Whedon é uma das figuras mais interessantes do mundo do entretenimento. Criador de uma das mais aclamadas séries da televisão, Buffy – A Caça-Vampiros, Whedon tem um currículo invejável. Séries, filmes, histórias em quadrinhos, dentre outros temas. Não houve um ramo do entretenimento que essa pessoa não tenha trabalhado. Tanto que a Marvel lhe confiou o seu mais ousado projeto até então realizado pelo seu estúdio de cinema: Os Vingadores.
Mas em 2004 as coisas eram um pouco diferentes. Cabia a Whedon substituir uma das maiores lendas dos quadrinhos. Apesar da apreensão dos fãs, a revista estava em boas mãos. Além do inquestionável talento do autor, Whedon era um grande fã dos mutantes e profundo conhecedor da cronologia. Ou seja, a revista mutante tinha tudo para ser um sucesso.
Todo o run do Whedon é um resgate, de forma primorosa, dos elementos inseridos, ao longo dos anos, pelo mais importante escritor mutante: Chris Claremont. Diversos conceitos, que foram deixados de lado por Grant Morrison, retornam em grande estilo. E isso agradou em cheio os fãs mais saudosistas, ainda mais depois que Claremont nunca mais voltou a escrever como nos bons tempos.
Os Surpreendentes X-men de Whedon/Cassaday é composto por quatro arcos: “Superdotados”, “Perigoso”, “Destroçados” e “Incontrolável”. De certa forma, na maioria dos aspectos, é um run autocontido, pois a maior parte dos plots abertos por Whedon foram trabalhados e encerrados ao longo dos quatro arcos. Obviamente, alguns pontos ficaram em abertos, permitindo-se, inclusive, que outros roteiristas dos mutantes trabalhassem tais temas/personagens.
Basicamente, cada arco pode ser resumido da seguinte forma:
Superdotados: O primeiro arco tem todos os elementos que marcaram a fase "reload". E diferente da maior parte das revistas, Whedon utiliza esses elementos para criar uma boa história. Logo no início, temos a volta de uma das mais carismáticas X-woman: Kitty Pride. Todo o arco gira em torno de Ord, alienígena do planeta Grimamundo, e Kavita Rao, cientista responsável pela cura do gene mutante. Ord está na Terra com o objetivo de destruir os mutantes, pois há uma profecia de que um portador do gene X irá destruir o seu planeta natal. Além desses dois, temos a enigmática Agente Brand, líder da E.S.P.A.D.A., uma agência de manutenção da lei, nos moldes da SHIELD, só que voltada para ameaças espaciais. Ao final, há a surpreendente volta de Colossus dos mortos. Um ponto que deve ser destacado é o fato de o plot da cura do gene mutante ter sido pouco trabalhado, já que ficou inútil em razão dos eventos ocorridos em Dinastia M.
Perigoso: Após ficarem as voltas com a cura do gene mutante, uma série de estranhos eventos passam a aterrorizar a mansão X. Desde a morte de um dos alunos (Asa, que perdeu os poderes no arco anterior) até um ataque de um sentinela avariado. E quem imaginava um tradicional vilão, quebrou a cara. Tudo era obra de uma revoltada Sala de Perigo. Perigo, apesar de ser uma máquina, é um ser consciente, ou seja, é um ser vivo. Um ser vivo que foi usado e abusado para o treinamento dos mutantes. Charles Xavier nunca pareceu tão canalha.
Destroçados: A mansão X é atacada pelo Clube do Inferno. E o pior, com a ajuda de Emma Frost. Mas, apesar das aparências, tudo era um plano elaborado por Cassandra Nova, que quer se livrar de seu casulo prisão (mais detalhes no encadernado “Novos X-Men: Imperial”). E no meio de toda essa confusão, Ord e Perigo estão loucos para acertar as contas com os X-Men. No final, os X-Men, juntamente com Ord e Perigo, são teletransportados para uma espaçonave pela Agente Brand. Além de tudo isso, é revelada a identidade do mutante que irá destruir o Grimamundo: Colossus.
Incontrolável: Em seu derradeiro arco, os Surpreendentes X-Men são convocados pela Agente Brand para deter a ameaça do Grimamundo. E descobrimos os diversos motivos para não se confiar em profecias. O grande destaque é final do arco, com a reunião de vários heróis da Casa das Idéias, além do sacríficio de Kitty Pride para salvar a Terra.
Como já dito, a fase "reload" teve como principal objetivo trazer os mutantes para o seu lado heroico. E ninguém melhor do Joss Whedon para escrever uma história entre o bem e o mal. Mas esqueça os maniqueísmos baratos que muitas vezes permeiam o estilo.
Cada um dos arcos desenvolvidos por Whedon abordam temas que, na mão de outros escritores, teriam virado um amontoado de clichês. A suposta traição de Emma Frost ou mesmo a cura do gene mutante não teriam o desfecho que tiveram. Outro exemplo a ser dado é com relação ao destruidor do Grimamundo. Na mão de outro escritor menos talentoso, este teria obtado pela solução mais fácil: ressuscitar Jean Grey ou algo do tipo.
Mas não somente o roteiro de Whedon é elegante. A arte de John Cassaday é igualmente exuberante. Se há um defeito na fase Morrison são os desenhistas eventualmente escolhidos para suprir os momentos que Quitely não poderia desenhar. Foi uma decisão que acarretou desastres. Em Surpreendentes X-Men, isso não ocorre. Óbvio que todo esse cuidado teve um preço, que foi justamente os inúmeros atrasos no decorrer da série. Mas cada atraso valeu muito a pena. Em termos de arte, dificilmente alguém encontra alguma revista tão bem ilustrada quanto Surpreendentes X-Men
Cassaday nos brinda com diversas cenas: O reencontro de Colossus e Kitty, as ilusões criadas por Perigo para aterrorizar os alunos do Instituto Xavier, o ataque mental de Emma a Ciclope, Kitty salvando o mundo da bala do Grimamundo, dentre outras cenas. Surpreendentes X-Men é um verdadeiro espetáculo visual
Os grandes problemas da série, quem diria, foram externos. Em razão dos atrasos na produção da revista, houve certos momentos em que a cronologia não se encaixa. Um dos principais problemas ocorreu no final do arco. No final do run, Kitty “morre” ao mesmo tempo que aparecia em Cegos Pela Luz, arco escrito por Mike Carey para a revista X-Men (atualmente X-Men: Legacy). Mesmo a "morte" de kitty demorou para repercutir nos outros títulos mutantes, que estavam mais preocupados com o início de Complexo de Messias. É claro que isso é mais um problema relativo ao editorial, não podendo a culpa ser jogada no Whedon/Cassaday.
Mas apesar desses problemas, a série acabou gerando repercussões e muito dos personagens criados por Whedon/Cassaday ainda dão as caras. Perigo e Kavita estão em Utopia. A agente Brand teve destaque nos números posteriores de Surpreendentes X-Men (escritos por Warren Ellis) e na saga favorita do Eddie, a Invasão Secreta. A sua agência, a E.S.P.A.D.A, chegou a ter revista própria, mas que infelizmente não durou muito.
Mesmo tendo diversas características de run autocontido, muitas coisas ainda ficaram em aberto. Algumas já foram resolvidas, como o recente retorno de Kitty Pride. Mas ainda há espaço para trabalhar certos temas, como o fato de Colossus ser o imperador do Grimamundo ou o destino de Cassandra Nova.
O aplaudido run foi publicado na íntegra aqui no Brasil. Num primeiro momento, foi o destaque das páginas de X-Men Extra (ao lado de cada série medonha que não irei citar, pois quero dormir sem pesadelos). Posteriormente, as edições foram encadernadas, sendo que todos os arcos foram publicados. Nesse ponto, a Panini pisou um pouco na bola, principalmente para com o colecionador. Os dois primeiros arcos saíram num único especial um pouco mais elaborado, com alguns extras. Mas os dois últimos arcos foram lançados separadamente, sem que houvesse extras interessantes (só mesmo a galeria de capas). Para quem é colecionador, isso é um baita defeito. Se tivesse sido o caso, que lançassem os quatro arcos em encadernados separados. Ao menos, a coleção não ficaria estranha.
De qualquer forma, Surpreendentes X-Men é um dos maiores clássicos dos mutantes. Clássico que tem que ser lido por qualquer fã de quadrinho. Alcançou um feito que anda raro, que é mostrar uma história de super heróis sem parecer idiota ou rasa. Definitivamente, a fase Whedon/Cassaday foi surpreendentemente genial e interessante, coisa que anda rara nas revistas mutantes da atualidade.
Rafael Felga
Apôs a passagem bombástica de Grant Morrison pelos X-Men, que provocou diversos sentimentos nos fãs da franquia, sejam eles positivos ou negativos, os editores da Marvel resolveram reinserir alguns conceitos que foram deixados de lado pelo escocês maluco. No caso, sai a postura de milícia mutante e retorna estilo mais heroico da franquia. Essa fase ficou conhecida como “reload”.
Se analisarmos friamente o período em questão, muitos vão considerá-lo um verdadeiro retrocesso. E recheado com diversas histórias ruins. No entanto, nem tudo pode ser considerado um desastre. Em um ponto, a fase “reload” produziu um clássico: Os Surpreendentes X-Men. É, de longe, o maior (senão o único) ponto positivo produzido durante esse período.
A Marvel resolveu chamar Joss Whedon e John Cassaday para tocar os trabalhos. Cassaday, à época, tinha em seu currículo diversos trabalhos de peso, como Capitão América e Planetary. Assim, ao menos nos desenhos, os fãs não teriam o que reclamar. Provavelmente, a dúvida sobre a qualidade da série recaiu sobre a figura de Joss Whedon.
Whedon é uma das figuras mais interessantes do mundo do entretenimento. Criador de uma das mais aclamadas séries da televisão, Buffy – A Caça-Vampiros, Whedon tem um currículo invejável. Séries, filmes, histórias em quadrinhos, dentre outros temas. Não houve um ramo do entretenimento que essa pessoa não tenha trabalhado. Tanto que a Marvel lhe confiou o seu mais ousado projeto até então realizado pelo seu estúdio de cinema: Os Vingadores.
Mas em 2004 as coisas eram um pouco diferentes. Cabia a Whedon substituir uma das maiores lendas dos quadrinhos. Apesar da apreensão dos fãs, a revista estava em boas mãos. Além do inquestionável talento do autor, Whedon era um grande fã dos mutantes e profundo conhecedor da cronologia. Ou seja, a revista mutante tinha tudo para ser um sucesso.
Todo o run do Whedon é um resgate, de forma primorosa, dos elementos inseridos, ao longo dos anos, pelo mais importante escritor mutante: Chris Claremont. Diversos conceitos, que foram deixados de lado por Grant Morrison, retornam em grande estilo. E isso agradou em cheio os fãs mais saudosistas, ainda mais depois que Claremont nunca mais voltou a escrever como nos bons tempos.
Os Surpreendentes X-men de Whedon/Cassaday é composto por quatro arcos: “Superdotados”, “Perigoso”, “Destroçados” e “Incontrolável”. De certa forma, na maioria dos aspectos, é um run autocontido, pois a maior parte dos plots abertos por Whedon foram trabalhados e encerrados ao longo dos quatro arcos. Obviamente, alguns pontos ficaram em abertos, permitindo-se, inclusive, que outros roteiristas dos mutantes trabalhassem tais temas/personagens.
Basicamente, cada arco pode ser resumido da seguinte forma:
Superdotados: O primeiro arco tem todos os elementos que marcaram a fase "reload". E diferente da maior parte das revistas, Whedon utiliza esses elementos para criar uma boa história. Logo no início, temos a volta de uma das mais carismáticas X-woman: Kitty Pride. Todo o arco gira em torno de Ord, alienígena do planeta Grimamundo, e Kavita Rao, cientista responsável pela cura do gene mutante. Ord está na Terra com o objetivo de destruir os mutantes, pois há uma profecia de que um portador do gene X irá destruir o seu planeta natal. Além desses dois, temos a enigmática Agente Brand, líder da E.S.P.A.D.A., uma agência de manutenção da lei, nos moldes da SHIELD, só que voltada para ameaças espaciais. Ao final, há a surpreendente volta de Colossus dos mortos. Um ponto que deve ser destacado é o fato de o plot da cura do gene mutante ter sido pouco trabalhado, já que ficou inútil em razão dos eventos ocorridos em Dinastia M.
Perigoso: Após ficarem as voltas com a cura do gene mutante, uma série de estranhos eventos passam a aterrorizar a mansão X. Desde a morte de um dos alunos (Asa, que perdeu os poderes no arco anterior) até um ataque de um sentinela avariado. E quem imaginava um tradicional vilão, quebrou a cara. Tudo era obra de uma revoltada Sala de Perigo. Perigo, apesar de ser uma máquina, é um ser consciente, ou seja, é um ser vivo. Um ser vivo que foi usado e abusado para o treinamento dos mutantes. Charles Xavier nunca pareceu tão canalha.
Destroçados: A mansão X é atacada pelo Clube do Inferno. E o pior, com a ajuda de Emma Frost. Mas, apesar das aparências, tudo era um plano elaborado por Cassandra Nova, que quer se livrar de seu casulo prisão (mais detalhes no encadernado “Novos X-Men: Imperial”). E no meio de toda essa confusão, Ord e Perigo estão loucos para acertar as contas com os X-Men. No final, os X-Men, juntamente com Ord e Perigo, são teletransportados para uma espaçonave pela Agente Brand. Além de tudo isso, é revelada a identidade do mutante que irá destruir o Grimamundo: Colossus.
Incontrolável: Em seu derradeiro arco, os Surpreendentes X-Men são convocados pela Agente Brand para deter a ameaça do Grimamundo. E descobrimos os diversos motivos para não se confiar em profecias. O grande destaque é final do arco, com a reunião de vários heróis da Casa das Idéias, além do sacríficio de Kitty Pride para salvar a Terra.
Como já dito, a fase "reload" teve como principal objetivo trazer os mutantes para o seu lado heroico. E ninguém melhor do Joss Whedon para escrever uma história entre o bem e o mal. Mas esqueça os maniqueísmos baratos que muitas vezes permeiam o estilo.
Cada um dos arcos desenvolvidos por Whedon abordam temas que, na mão de outros escritores, teriam virado um amontoado de clichês. A suposta traição de Emma Frost ou mesmo a cura do gene mutante não teriam o desfecho que tiveram. Outro exemplo a ser dado é com relação ao destruidor do Grimamundo. Na mão de outro escritor menos talentoso, este teria obtado pela solução mais fácil: ressuscitar Jean Grey ou algo do tipo.
Mas não somente o roteiro de Whedon é elegante. A arte de John Cassaday é igualmente exuberante. Se há um defeito na fase Morrison são os desenhistas eventualmente escolhidos para suprir os momentos que Quitely não poderia desenhar. Foi uma decisão que acarretou desastres. Em Surpreendentes X-Men, isso não ocorre. Óbvio que todo esse cuidado teve um preço, que foi justamente os inúmeros atrasos no decorrer da série. Mas cada atraso valeu muito a pena. Em termos de arte, dificilmente alguém encontra alguma revista tão bem ilustrada quanto Surpreendentes X-Men
Cassaday nos brinda com diversas cenas: O reencontro de Colossus e Kitty, as ilusões criadas por Perigo para aterrorizar os alunos do Instituto Xavier, o ataque mental de Emma a Ciclope, Kitty salvando o mundo da bala do Grimamundo, dentre outras cenas. Surpreendentes X-Men é um verdadeiro espetáculo visual
Os grandes problemas da série, quem diria, foram externos. Em razão dos atrasos na produção da revista, houve certos momentos em que a cronologia não se encaixa. Um dos principais problemas ocorreu no final do arco. No final do run, Kitty “morre” ao mesmo tempo que aparecia em Cegos Pela Luz, arco escrito por Mike Carey para a revista X-Men (atualmente X-Men: Legacy). Mesmo a "morte" de kitty demorou para repercutir nos outros títulos mutantes, que estavam mais preocupados com o início de Complexo de Messias. É claro que isso é mais um problema relativo ao editorial, não podendo a culpa ser jogada no Whedon/Cassaday.
Mas apesar desses problemas, a série acabou gerando repercussões e muito dos personagens criados por Whedon/Cassaday ainda dão as caras. Perigo e Kavita estão em Utopia. A agente Brand teve destaque nos números posteriores de Surpreendentes X-Men (escritos por Warren Ellis) e na saga favorita do Eddie, a Invasão Secreta. A sua agência, a E.S.P.A.D.A, chegou a ter revista própria, mas que infelizmente não durou muito.
Mesmo tendo diversas características de run autocontido, muitas coisas ainda ficaram em aberto. Algumas já foram resolvidas, como o recente retorno de Kitty Pride. Mas ainda há espaço para trabalhar certos temas, como o fato de Colossus ser o imperador do Grimamundo ou o destino de Cassandra Nova.
O aplaudido run foi publicado na íntegra aqui no Brasil. Num primeiro momento, foi o destaque das páginas de X-Men Extra (ao lado de cada série medonha que não irei citar, pois quero dormir sem pesadelos). Posteriormente, as edições foram encadernadas, sendo que todos os arcos foram publicados. Nesse ponto, a Panini pisou um pouco na bola, principalmente para com o colecionador. Os dois primeiros arcos saíram num único especial um pouco mais elaborado, com alguns extras. Mas os dois últimos arcos foram lançados separadamente, sem que houvesse extras interessantes (só mesmo a galeria de capas). Para quem é colecionador, isso é um baita defeito. Se tivesse sido o caso, que lançassem os quatro arcos em encadernados separados. Ao menos, a coleção não ficaria estranha.
De qualquer forma, Surpreendentes X-Men é um dos maiores clássicos dos mutantes. Clássico que tem que ser lido por qualquer fã de quadrinho. Alcançou um feito que anda raro, que é mostrar uma história de super heróis sem parecer idiota ou rasa. Definitivamente, a fase Whedon/Cassaday foi surpreendentemente genial e interessante, coisa que anda rara nas revistas mutantes da atualidade.
Rafael Felga