terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Novíssima Wolverine: A melhor no que faz



Laura Kinney foi clonada de Wolverine para ser a assassina perfeita. Quando o velho canadense morreu, ela decidiu continuar o seu legado abandonando o antigo codinome de "X-23" para se tornar a Novíssima Wolverine, com roteiros de Tom Taylor e desenhos de David Lopez e David Navarrot. Os dois primeiros números da série "All New Wolverine" foram publicados pela Panini em O Velho Logan #5 e #6.

Em Paris, Laura impede que um homem seja alvejado por um assassino no alto da Torre Eiffel. Ele, estranhamente, parece conhecer as razões de estar sendo ameaçado. "Você é uma delas?", ele pergunta. "Não mais", responde a moça e o coloca dentro de um carro, que sai em disparada. Em seguida, ela é violentamente atingida por munição pesada e cai inconsciente. Laura começa a sonhar com o falecido Wolverine, que a "abençoa" na sua iniciativa de continuar com o seu legado. Curiosamente, ambos usam o traje negro da época em que atuaram juntos na X-Force. A moça desperta e resolve se vestir de acordo para enfrentar o seu oponente.



Laura escala até o alto da torre e enfrenta o assassino, Na verdade, a assassina. Acuada por Laura e pela polícia, a moça se atira do alto assim que ordena que um "drone" parta de encontro ao seu alvo. Laura se atira também em queda livre, para ser logo amparada em pleno ar pelo namorado, a versão "mais jovem" de Warren Worthington III, o Anjo. Warren atira Laura em cima do drone, que usa suas garras para despedaçá-lo e ela cai junto com ele ao chão. 

A jovem logo se recupera dos ferimentos da queda graças ao seu fator de cura e se dirige para a adversária, que agora não passa de um cadáver. Ela não se mostra surpresa quando vê que por baixo da máscara dele se encontra o seu próprio rosto. Laura pede que Anjo a tire logo daquela confusão, pois "existem mais delas por aí e tenho que salvar todas".


Dois dias depois, Laura surge escoltada por seguranças da "Alchemax Genética", em Nova York. Ela permite que uma amostra de seu sangue seja retirada para que ela seja identificada corretamente e não como uma de suas clones. O chefe da segurança, o Capitão Mooney, agradece a "colaboração" e explica que quatro "cobaias" idênticas a ela escaparam de um dos laboratórios, causando a morte de várias pessoas, inclusive homens sob seu comando. Ela o corrige, dizendo que elas são pessoas, não "experimentos", ainda que elas não tenham capacidade de sentir dor ou de expressar emoções. 

A conversa é interrompida por Robert Chandler, diretor da corporação, que agradece à jovem por ter salvo seu filho em Paris. Ele explica que os clones foram criados por "razões humanitárias" e que existem ainda mais três que precisam ser encontrados. Diferente de Laura, elas não possuem garras e fator de cura.  Laura aceita a incumbência, mas não quer que ninguém a siga durante a busca. Ela chega em seu apartamento, que pertencia a Logan, e encontra uma das moças que procurava no interior. Trata-se de uma menina ainda mais jovem que Laura, que a questiona se ela matou sua "irmã". Laura nega e a menina explica que veio ali porque corre risco de vida e que não quer que suas irmãs morram. 

A menina foge e Laura vai ao seu encalço. Depois de muita procura, ela a encontra junta de suas três irmãs. Laura tenta conversar com elas, mas é alvejada e cai inconsciente mais uma vez. Ela acorda amarrada em uma cadeira e tenta, mesmo assim, retomar o diálogo. As moças explicam que elas não explodiram o prédio da Alchemax e que tudo que fizeram foi fugir. Laura interrompe a conversa, pois acaba de ouvir muitos soldados marchando de encontro a elas e pede que a libertem. Assim é feito e todas se veem diante do Capitão Mooney e seus homens, que querem suas "propriedades" de volta. As moças são obrigadas a reagir e derrotam seus inimigos com facilidade, mas  são abatidas por um  "elemento surpresa" do esquadrão, o mercenário conhecido como Treinador.


Eu não estava dando a mínima pra este gibi quando soube de seu lançamento lá fora, mas até que ele não é dos piores. A ação acontece praticamente o tempo todo e isso é tudo que se espera de um gibi do Wolverine. Pode ser uma leitura agradável se você não depositar grandes expectativas. Os desenhos de David Lopez e David Navarrot estavam bons, apesar de nada excepcionais. Mesmo assim, gostei das sequências de ação, que favorecem o envolvimento com a história. Achei interessante ver a Laura como "protetora" de seus clones, algo que nunca tinha sido mostrado antes. É mais uma forma de seguir com o legado de seu inspirador, que exerceu esse papel tantas vezes, inclusive com ela própria.

A capa da edição original #1, desenhada por Bengal e que está no alto desta resenha, traz uma homenagem sempre oportuna à capa do primeiro capítulo daquela antológica minissérie do Wolverine escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller nos anos 1980. É compreensível que a Panini não a tenha utilizado, porque competir com as capas maravilhosas desenhadas por Andrea Sorrentino para "Old Man Logan" é covardia.

C@rlos

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