quinta-feira, 1 de novembro de 2012

X-Factor: Pecadores

Marvel

Depois de confrontar ameaças demoníacas asgardianas e salvar o prefeito de Nova York de um grupo de assassinas, chegou um momento de calmaria nas histórias do X-Factor. Desta vez, o foco é entre dois membros de personalidades bem diferentes, Rahne e Shatterstar, que tem um problema pendente em comum – Rictor. Mas, curiosamente, uma conversa que não deveria passar de intrigas amorosas, descamba pra uma boa reflexão religiosa.

A história originalmente publicada na edição 220 de X-Factor e que saiu aqui no Brasil na X-Men Extra 129 serve bem de prólogo pro próximo arco do grupo, mas merecia um destaque a mais por algumas boas pérolas deixadas aqui por Peter David. Como todos sabem, no começo deste novo volume da revista, Rahne chegou a ter um breve relacionamento com o ex-mutante Rictor, antes de se afastar e servir a X-Force por um breve tempo. Quando retorna, agora grávida do deus lobo asgardiano Hrimhari, a mutante se depara com uma grande surpresa. Rictor está ficando com Shatterstar.

De início, a moça reage abruptamente, cheia de ciúmes e até sugerindo que o bebê que carrega seja de Rictor para afastar o casal. O maior reflexo disto é o forte traço religioso extremista que sempre marcou a senhorita Sinclair, vendo o relacionamento entre os dois amigos como simples e puro pecado. Nesta edição, ao caminhar com Shatterstar pelas ruas, tentando resolver a situação, ela chega a citar a bíblia, mas é em vão. Enquanto pregava, viu Shatterstar se afastar dela certa hora simplesmente para ajudar um sem-teto desamparado na rua. É aí que Rahne engole seco, percebendo que apesar de todas as regras e dogmas que acredita, como julgar o caráter de alguém com a bondade e inocência natural como daquele rapaz.
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Shatterstar, por outro lado, é alguém livre de regras, ele está ali como um folha em branco, pronto pra testar e aprender de tudo que este novo mundo lhe oferta. É aconselhado por Monet a conversar com Rahne e assim demarcar o território, Rictor, e até mesmo fica confuso se deve ou não levar ao pé da letra o sarcasmo da amiga quando ela sugere urinar no namorado. Decide acompanhar Rahne até a igreja e  discutem sobre como as Religiões e seus dogmas causam tantos conflitos. Na tentativa de fazer o “melhor” e o “certo”, vários grupos religiosos divergem quanto ao significado disto e é aí que tudo desanda. Rahne concorda com a linha de pensamento do rapaz, mas diz que mesmo assim não significa que eles não devem sempre tentar “acertar”.

O papo entre dois dois se encerra aí, quando finalmente chegam a igreja e Rahne fareja o perigo. Num plano rápido, Rahne segue pela porta dianteira do templo enquanto Shatterstar dá a volta por trás. Para surpresa da moça, ela se depara com uma ruiva garotinha, muito parecida com ela na infância, mas que com a língua ferina denunciando todos os pecados de Rahne oriundos antes mesmo dela nascer. Não demora muito pra criatura se revelar na sua verdadeira forma, como um Devorador de Pecados, cuja intenção ali é levar o bebê de dois mundos diferentes que Sinclair leva no ventre. 

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A resposta da oferta da criatura é óbvia. Rahne e Shatterstar atacam o monstro juntos, que indignado com a recusa, resolve fugir dali, mas prometendo voltar. Todavia, esse é só o começo da trama envolvendo o bebê. No final desta história, surge a sumida Feral. Como ela esta viva? E o que ela quer? Essas são respostas que seguirão nas próximas X-Men Extras.

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Esta edição da revista, com Roteiro de Peter David, foi desenhada por Paul Davidson e tem cores de Brian Reber.

Coveiro

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