quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Thunderbolts: Até quando heróis?

Thunderbolts #161

Nas ruínas deixadas pela nova encarnação do Fanático, Kuurth, o Destruidor de Pedra, os Thunderbolts não têm muito tempo para lamentar a destruição da Balsa e o aparente esfacelamento do time. Finalizando sua participação na saga A Essência do Medo em Universo Marvel 30, com roteiros de Jeff Parker e arte de Declan Shalvey, Valentinde De Landro e Matthew Southworth, vemos a ascensão de alguns personagens dos membros reservas da equipe, e o que pode ser um novo direcionamento do título.

Fuga em massa, equipe descoordenada, ausência do principal líder de campo Luke Cage. É muita coisa para o diretor John Walker dar conta, mas a distância, assumindo sua nova missão, vai tentando dar ordem ao caos.

Em Chicago, em frangalhos, os T-Bolts precisam líder não mais com Kuurth, mas com o estrago deixados por sua passagem pelos arredores da cidade. Mais uma vez, o que temos é um trabalho sobre as diversas interações. O reforço do perfil de velhos conhecidos, especialmente Rocha Lunar, em um corriqueiro e paradoxal ato de heroísmo relutante, a construção e aclimatação com os novos protagonistas da revista. Um misto de amizade, companheirismo, interesse e desconfiança. E, como complemento, a demonstração que velhos laços verdadeiramente não se desfizeram, quando nos é revelada uma duvidosa aliança mantida pelo Armador, que acaba descoberto por Mach V.

E logo tudo isso precisa convergir na resistência de uma invasão de bizarras criaturas aquáticas vindas do lago Michigan, aparentemente despertadas por todo o trauma gerado pela presença de Kuurth nos arredores de Chicago. Mais uma provação se apresenta aos T-Bolts.

Thunderbolts #161

Os veteranos trabalham como uma máquina bem azeitada (com destaque para o novo crescimento de Soprano como protagonista), mas a invasão repentina é mais forte do que suas capacidades. O reforço composto de Satana e da equipe B (inclusive Mr. Hyde) se mostra essencial (mesmo que Shocker tenha aproveitado o tumulto para fugir). Muitos se sentem em casa em meio ao caos da batalha, como Troll, ou realmente se divertem com a matança, como Bumerangue, Mr. Hyde e Satana. Ao mesmo tempo, o Homem-Coisa defende sua inusitada donzela, Rocha Lunar, que usa sua fixação para aumentar o poder de fogo dos T-Bolts.

É o elemental que rouba a cena, absorvendo um a um os corpos das criaturas mortas. Diante da iminente derrota da equipe, e morte dos habitantes da cidade, alguns consideram se unir a Shoker e fugir, outros a morrer como aquilo que o programa Thunderbolt pretende cumprir: redimir vilões e transformá-los em heróis. É nesse clima que o Homem-Coisa se torna o personagem central da história, estimulado pela empatia com Rocha Lunar e a magia de Satana.

Thunderbolts #161

Um sacrifício inesperado e uma fuga planejada nos seus mais detalhados meandros encerram a ligação dos Thunderbolts à Essência do Medo, mas estão longe de determinar o fim dessa trama.

João

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