Afastado dos Vingadores (mais de uma vez), o Homem-Aranha Superior parece apostar mais nos seus velhos métodos de combate ao crime do que em qualquer julgamento de outros. Todavia, reconhecendo a necessidade de um bom trabalho em equipe ele tem seu plano B. É por isso que vem aprisionando em seu quartel-general velhos membros do Sexteto Sinistro. E nas páginas das edições 13 a 15 do Homem-Aranha Superior pela Panini finalmente veremos esse grupo em ação.
Batizado agora como Sexteto Superior, o Homem-Aranha comanda agora mentalmente Elektro, Abutre, Homem-Areia, Camaleão e Hyperion (um genérico do Hyperio). Todas as suas ações são organizadas em conjunto graças a uma modificação do seu aparelhos de comunicação dos aranhobôs que os fãs apenas meros zumbis do herói aracnídeo. Assim, de forma surpreendente, o grupo dá um pau na gangue da demolição quando ela planejava roubar um gerador de partículas da empresa da Liz Allen. Foi uma boa estreia para os “novos ex-vilões restaurados” chegarem na boca da mídia.
Tudo foi muito bem, tirando a intervenção da heroína novata Solar. A moça ao usar seu poder de intensa energia tirou a concentração do Homem-Aranha por um instante e quase pôs tudo a perder quando por alguns instantes os vilões do sexteto se livraram do controle mental. A moça foi ferida e acabou sendo levada pra Ilha das Aranhas II afim de ser tratada. Parker (Otto, na verdade) também acabou confiscando a contra gosto o gerador de partículas para entender melhor qual o interesse da Gangue da Demolição naquilo tudo.
Mais tarde, descobrimos que o Destruidor e sua trupe fora contratada pelo vilão Mestre da Luz e que esse não iria desistir tão fácil de adquirir aquele gerador de partículas. Assim, o novo plano era expandir o grupo e acrescentar a suas fileiras o Mr Hyde, Tufão, Homem-Absorvente, Titânia e Blecaute. Eram os novos Mestres do Terror que estavam em muito maior numero que o Sexteto Superior, Aranha e a jovem Solar. Desta vez, os números não favoreciam o aracnídeo.
Enquanto os dois lados lutavam, o Mestre da Luz seguia para as Industrias Parker afim de alcançar seu real objetivo ali. O Homem-Aranha Superior tentou levar a luta para perto do seu trabalho afim de deter o plano do vilão, mas em vão. O Mestre da Luz acaba energizando com todo seu poder o gerador de partículas e causa uma explosão. Foi nesse instante que Otto perdeu total controle sobre o Sexteto Superior e tudo ali virou terra de ninguém. O Aranha Superior pediu então para a Solar disparar mais energia no gerador e com a luz cegante tentar derrubar o máximo de vilões que estavam o cercando.
Nesse meio tempo, descobrimos que o Mestre da Luz é na verdade Edward Lawsky, pai da Solar. De posse de sua consciência, o Sexteto agora estava unido pelo ódio. Eles deteram o Aranha e o Mestre da Luz, e jogaram para longe a jovem Solar que praticamente foi dada como morta. Electro, de posse agora do Gerador, iria carrega-lo até o fim e implodir toda cidade. Até então, desde que assumiu a identidade do Homem-Aranha, Otto nunca se sentiu tão fracasso.
Por sorte, Solar estava ainda viva e conseguiu se virar muito bem ao resgatar seu pai e ainda fugir da perseguição estreita do Abutre e Hyperion. Então, ela retornou para onde estava o Homem-Aranha e juntos cuidaram dos demais membros do Sexteto Sinistro. Enquanto lutavam, Otto teve que engolir as palavras do Homem-Areia que disse que nunca esperava ter sido enganado e acreditado no Homem-Aranha antes. Instruido por Otto, a jovem Solar destriu o Gerador de Particulas e assim se consagrou a heroína do dia a salvar a cidade. Já Octavius, ouviu mais uma vez naquele dia que ninguém mais acreditava que o Homem-Aranha era um herói.
Ainda na edição 15 brasileira, o Homem-Aranha se encontra com um personagem que é ainda mais arrogante que Otto Octavius. Perseguido aparentemente por mercenários panteras de Wakanda (ou na verdade, alguém queria que ele pensasse isso e começasse nova guerra com Tchalla), o Rei Namor estava sendo atacado e por pouco não é abatido. Foi graças ao Homem-Aranha Superior – que por acaso estava decidido a desistir do seu plano de ser super-herói e se entregar aos Vingadores – que ele foi salvo.
Em pouca conversa, Otto sentiu um pouquinho o gosto de como é ser arrogante com outros e se irritou quando num momento falho confessou que se sentia “inferior” e o rei apenas riu em resposta. Porém, no decorrer da história, o Rei Submarino mostrou que aquele novo Homem-Aranha era tudo menos um fraco e que não deveria duvidar de si mesmo.
Essas quatro histórias contam com desenho de Marcos Checchetto, Paco Diaz e Will Sliney. Com roteiros de Chris Yost, temos aqui uma tomada muito mais agressiva do personagem do que até o Dan Slott vem usando na parte que lhe cabe. É até curioso ver a sutil diferença de abordagem que os dois escritores tem ao tratar do Homem-Aranha Superior. E já na próxima edição, temos mais uma vez dobradinha das edições de Superior-Spider-Man Team up.
Coveiro
