sexta-feira, 6 de março de 2015

O despertar dos Inumanos


A invasão de Thanos à Terra deixou suas cicatrizes. Foi por sua causa que Raio Negro se viu obrigado a usar uma bomba terrígena e assim explodir Attilan. Ou foi esse o pretexto. Assim, uma imensa névoa terrígena agora se espalha pelo país e pode até mesmo dominar o mundo. E por onde ela passa, aqueles que tem espectros de DNA inumano herdado de algum antepassado são atingidos, alterados e renascido. É uma nova era vindo, chegou o tempo da Inumanidade. É o tempo de Despertar.

Vimos ontem que o João falou um pouco do início dessa Inumanidade e como afeta diretamente a Medusa e a família real Inumana. As consequências de tudo isso estão sendo tratadas em diversas revistas mensais, mas em “O Despertar”, minissérie em duas partes que foi publicada aqui no Brasil em Universo Marvel 18, temos uma pequena visão desses jovens recém-despertos e como eles estão lidando com tudo isso.


Fionna é uma jovem que nunca foi muito popular na escola, por mais que tentasse chamar sua atenção postando fotos a toda hora no Instangram. Isso mudou quando aspirou as terrígenes e começou as mudanças. Postando online a todo instante o processo que sofria. Das dores, passando pela entrada no casulo ao seu despertar como um garota penosa, ela praticamente se tornou um “hit” na Internet. Apesar das drásticas alterações no seu corpo, ela finalmente chamou a atenção (mas não necessariamente sempre de boas pessoas). Garotos de sua escola a encontraram após um vôo e a atacaram, arrancando suas penas. Daí, a primeira coisa que ela tentou fazer foi se matar e seria isso se não tivesse sendo acompanhada pela mutante Fada que resolveu ajuda-la.  A X-Man acompanhada de Quentin Quire, Chocante e Tática foram lá dar um apoio e a história similar do Jovem Vingador serviu de exemplo para a nova Inumana.

Mas ainda havia um problema. O irmão caçula de Fionna, Flynn também estava passando mal dias antes também pode ter passado pelo mesmo problema com as terrígenes. Voltando para casa, eles encontraram apenas o casulo rompido e um buraco no teto. Flynn se tornou uma espécie de pequeno hulk, tomado pela ira assim que soube que alguns moleques estavam machucando a irmã. Foi por muito pouco que quase não criou uma baita confusão, mas orientado por Tática, ele resolveu parar o ataque.


Agora, os irmãos – que nunca se deram bem, é verdade – tem que se adaptar a essa nova vida. Por sorte, eles tem seis escolas de superpoderosos para orientá-los. Flynn rapidamente decidiu seu lugar e optou pela Escola Latveriana de Ciências. Fionna ainda está passando temporadas nos campus, procurando o lugar certo para ficar. Assim, as escolas de heróis de todo o mundo repentinamente receberão uma nova leva de alunos.

A premissa dessa minissérie é muito bacana, principalmente se levarmos em conta que tem como uma das funções estabelecer melhor essa ideia de escola de supers pelo mundo. É algo que foi surgindo marginalmente, mas tem sua importância. Todavia, até agora não foi lá muito bem executada – mais por falhas dos roteirista. Aqui, a equipe criativa formada por Matt Kindt e Paul Davidson, não se saiu diferente. Tem uma narrativa enfadonha, recheada de janelas que supostamente deveriam ter um bom efeito de colocar a repercussão da inumanidade para o resto do mundo, mas quebra bastante a narrativa. Em parte, serve para de novo tentar fortalecer a Tática e o Chocante como personagens ao recontar suas origens, mas falha notadamente. Fada e Quetin, que são muito mais estabelecidos e interessantes, acabam levando os melhores momentos da história. E assim, “O Despertar” apenas cumpre seu papel, sem nenhuma pretensão ou elogio digno de nota.

Mas a partir da próxima edição teremos a mensal “Inumano” e pelo que se diz até então, Charles Soule está fazendo um excelente trabalho por lá. Estou bastante curioso!

Coveiro

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