terça-feira, 1 de novembro de 2016

Gwen-Aranha (e Gwenpool) em aventuras próprias



A edição 6 de Homem-Aranha: Aranhaverso continua mesmo após a saga e em setembro foi a vez de estrelar mais uma personagem que é um completo spin-off desta saga. Estamos falando da Mulher-Aranha da Terra-65, que muito por acaso é ninguém menos que Gwendoline Stacy, a namoradinha eterna do Peter Parker 616, que naquela realidade tomou uma direção bem inversa ali. Agora com revista mensal própria, irão expandir ainda mais seu universo nessa outra realidade.

Uma boa introdução de quem ela é de fato aconteceu na primeira edição desta revista especial, quando foi apresentada a origem da moça, sua relação com o Peter Parker daquela realidade (que se tornou o Lagarto e morreu numa luta contra ela), sua participação como baterista na banda de rock "As Mary Janes" e, por fim, a descoberta que seu pai teve sobre sua identidade quando ela o salvou do Rhino.  Mesmo contrariando seu pai, Gwen decidiu continuar na sua luta contra o crime e definiu que seu uniforme de Mulher-Aranha era como seu distintivo contra os mal-feitores.

Mas os apuros que os Stacy passaram não terminariam com o ataque de Aleksei. O advogado do Rei do Crime, Matt Murdock da Terra-65, contratou agora o Adrian Toomes, o Abutre, para ir atrás da Mulher-Aranha. E um de seus primeiros ataques aconteceu na rua Yancy e quase custou a vida do policial Grimm. Naquela noite, a Gwen-Aranha estava longe dali, voltando a seu dia a dia de combate aos criminosos comuns da rua após os eventos do Aranhaverso e sem conseguir conciliar sua vida social com a banda.

Mas a Gwen teria muito mais problemas que aqueles em sua vida a partir de agora. Dois novos policiais estavam entrando no caso que envolvia a Mulher-Aranha - Frank Castle e Jean DeWolff, ambos determinados em saber a relação entre o Capitão Stacy, a Mulher-Aranha e o tal do Rei do Crime. E enquanto estava sendo investigada, a Mulher-Aranha da Terra-65 seguia as pistas com orientação do seu pai atrás do tal Abutre. Ao investigar o apartamento do vilão, Gwen percebeu o quão insano seu novo arqui-inimigo parecia ser.


Gwen-Aranha tentou atingir o ego do vilão espalhando pichações na cidade sobre ele. Não demorou muito para o Abutre sair de seu covil e atacar a heróina. Desta vez, no entanto, Gwen encontrou um vilão a sua altura (ou que podia arremessá-la de um lugar muito alto) e a derrotou jogando-a do alto do rio Hudson. Obviamente, nessa realidade, Gwen sobreviveu graças a sua super-força e resistência. Caiu nos detritos de uma barcaça de lixo e de tão atordoada que estava acabou tendo visões de seu subconsciente como sendo o Porco-Aranha.


Num interlúdio da história até aqui, vemos os motivos porque o Rei do Crime quer tanto a cabeça de George Stacy. Foi ele o policial que pôs Wilson Fisk na cadeia tempos atrás. Paralela a investigação de Castle e deWolff, Stacy passa a enconbrir as pistas que passa a entregar sua filha a policia, escondendo sua bolsa com roupas que deixou para trás ou despistando os colegas da polícia.

Depois de um tempo, Gwen aparece no apartamento da amiga Mary Jane, se recuperando no sofá depois da briga que teve com o Abutre. O vilão, por sinal, foi mais uma vez abordado por Matt Murdock e seus ninjas que exigem provas de que ele deu realmente conta da Mulher-Aranha da Terra 65. O próximo ataque do vilão acontece no apartamento de George Stacy, bem no momento em que Gwen vai encontrar seu pai. Desta vez, o abutre está munido de bombas de gás e toma vantagem na situação para dar cabo de uma vez só do pai e da filha. George consegue por sorte atingir o vilão com sua arma e provocar sua fuga. É o tempo que a Mulher-Aranha precisa para respirar de novo e ter condições de caçar o mal-feitor.


Ferido, o Abutre não vai muito longe da casa dos Stacy. O próximo confronto dele com a Gwen-Aranha é nas ruas e até mesmo envolve Frank Castle, que repentinamente aparece sem o distintivo e usando máscara e o traje de Justiceiro. Frank quer pegar os dois super-poderosos, mas se distrai quando descobre que a Mulher-Aranha é apenas uma adolescente e é derrubado.

Enquanto a confusão rolava nas ruas, Stacy acabou sendo salvo de forma  irônica por Ben Parker. O que fez a jovem Gwen reviver um de seus maiores traumas e culpas com a morte do Peter da Terra-65. Ao voltar pra buscar o pai no fim daquele dia,  Gwendoline teve uma conversa com May Parker que explicou que parte da culpa da morte do Peter se devia a ele mesmo e seu desejo de ser alguém especial. É curioso ver todo o dialogo de como May passou a aceitar a morte do sobrinho e de que ele tinha problemas pessoais no final das contas. Por fim, Gwen acaba ganhando não só um alívio da culpa que sentia, mas uma nova motivação em continuar como Mulher-Aranha.

Quando saiu da casa dos Parker, Gwen voltou a encontrar com suas amigas e aceitou entrar de vez como baterista das Mary Janes. Foi a ponta para a próxima história da Gwen-Aranha que colocava-a diretamente em contato com outra versão de vilão do universo aracnídeo da Terra-65. Felicia Hardy e os Gatos Pretos era uma cantora de sucesso renomado naquela realidade e convidou as jovens "Mary Janes" para ser a banda de abertura do seu próximo show. Só que tudo aquilo era não mais que uma armadilha para a Gata Negra se vingar de um antigo desafeto - Matt Murdock.


Um flashback rapido do passado da moça revela que Matt foi o responsável pela morte de seu tutor e pai adotivo daquela realidade, o Gatuno. Aquele seu show seria uma armadilha para pegar Murdock desprevenido mas acabou gerando um confronto entre os ninjas de Murdock e os capangas vestidos de gato negro de Hardy que pôs a vida de todo público em risco. A aparição repentina da Gwen-Aranha no show acabou colocando Hardy na lona e conseguindo uma breve trégua com Matt e seus ninjas. O confronto entre eles ficaria pra outro dia.

E no fim, o Capitão Stacy  mais uma vez recebe em seu apartamento uma visitinha de deWolff. Sugerindo saber da ligação entre George e a Mulher-Aranha, Jean avisa que não importa o que aconteça, ela não está necessariamente contra eles.

A história da Gwen-Aranha se encerra por aqui antes da interrupção com as Guerras Secretas. Apesar de todo o apelo que tem a personagem com a mídia, seja pelo visual arrojado ou seja por todo o background que a Gwendoline tem com os fãs do Homem-Aranha, as histórias são ainda pouco cativantes. Funciona em parte pela narrativa visual espelhar bastante quadrinhos independentes undergrounds (mérito exclusivo do desenhista Robbi Rodriguez), mas em conteúdo precisa se desprender mais se quiser ser algo além de mais uma realidade alternativa qualquer.


Ainda em Homem-Aranha: Aranhaverso 6 temos o especial de Natal da Gwenpool. Criada em cima de uma brincadeira de capas alternativas, a personagem aqui é dirigida por Christopher Hastings e Gurihiru e compõe uma coletânea de história natalinas que se unem numa festa maluca de fim de ano no prédio do escritório de advocacia da Mulher-Hulk. Não é nada demais também, apesar de divertida, mas vem acompanhada de outra curta história da Miss Marvel que é muito legal e vale a leitura.

Coveiro

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