quarta-feira, 1 de junho de 2011

Teia do Aranha: Garotas-Aranhas parte 2

*Artigo escrito pelo colaborador Guilherme Prado

Segunda parte da história das Garotas Aranhas, esse é o desfecho de mais uma das histórias em que o foco principal é Peter Parker (e as pessoas que o rodeiam), e não as aventuras do herói aracnídeo em si.

Photobucket

Para quem não viu a primeira parte ou não tá lembrado, um grupo de garotas decide mudar o seu status dentro do colégio criando as Meninas Aranha, que buscam fazer o bem sem se preocupar em levar fama com isso. Quando o Sr. Parker convence o Linha de Frente a fazer uma matéria sobre as meninas, acaba tornando as três celebridades instantâneas. O que leva a socialite e colega de classe das garotas a roubar a marca e lançar a linha de roupa Meninas Aranha. Em paralelo a esse evento, temos ainda o esquadrão antiaranha, que, com a corda no pescoço, está disposto a fazer qualquer coisa para capturar o herói; e o novo personagem, Espectro, que causa modificações na visão humana espalhando caos pela cidade. Bom é isso, vamos ver como essa história toda acaba.

Voltando exatamente de onde paramos, Peter e Michele estavam jantando tranquilamente, na verdade o fã número um das Meninas Aranha estava tentando conseguir alguma munição legal contra o roubo da marca GA para a socialite Teri Hillman. Infelizmente no meio do jantar surge o novo vilão, Espectro. Como sempre o intrépido fotógrafo, agora do jornal Linha de Frente, deixou o jantar para “fotografar” a cena do crime. Do alto de um prédio calmo, já vestido de Homem-Aranha, o herói pode entender o plano do mais novo vilão da cidade. “Bater carteiras? Tudo isso para cometer furtos? (...) Mas não faz muito sentido. Sei que a economia ta mal das pernas, mas achava que joalheiras continuavam sendo os melhores alvos, seguidas de bancos e casas de penhores.”

Infelizmente não era tão simples assim, bastou pegar o primeiro capanga para ver que o plano não era bem esse. Na verdade, não passou de uma grande coincidência, bandidos pé de chinelo só aproveitando da situação. Mas até que a empreitada não foi um fiasco total, já que pelo menos as fotos serviriam para descolar a grana, que, por sinal, Peter está sempre precisando, afinal fluido de teia não é barato... ou é?

De volta ao apartamento de Parker/Gonzales, a recepção como sempre não é a melhor, na verdade anda cada vez pior: mesmo sem defesas por deixar sua colega de apartamento, ex-namorada, ex-amante e por aí vai, Peter tenta argumentar para se safar de uma encrenca pessoal que o seu alter ego o colocou, mas dessa vez fazer a coisa certa e ser um excelente fotógrafo lhe concederam alguns pontos. Com isso mais uma noite de folga na residência Parker e um descanso merecido para o cabeça de teia tentar entender o que esta de fato acontecendo nesse manicômio que esta a sua vida.

Nos tranquilos telhados de Nova York, o Cabeça de Teia fica pensando em como ajudar as Meninas Aranhas, já que as mesmas aparentemente não têm muito como recuperar a marca roubada. E eis que surge, assim do nada, a mais idiota ideia que um herói poderia ter... “o melhor é o confronto direto”. Essa brilhante ideia nos leva ao apartamento de Tery Hillman, só para o Amigão da vizinhança bater um papo legal e meio infrutífero com a socialite: “Eu sou inconpreendida. Atriz de segunda, cantora de terceira e estilista mediócre. Uma garota mimada com grana de sobra. (...) Virei prisioneira da minha imagem. Ninguém me leva a sério. Por isso sou obrigada a apelar.”

Photobucket

Enquanto segue a explicação de que, na realidade, as Meninas Aranhas são só mais uma forma para ela ficar nos holofotes, o Aranha como sempre vem com a sua frase mais forte (por sinal essa sim devia estar estampado nas camisetas das meninas aranhas). “Um conselho Teri: toma cuidado porque, com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. E celebridade com dinheiro é poder.” E assim acaba a nossa noite, sem dinheiro, sem vilão presos e as verdadeiras meninas aranhas sem esperança.

Na manhã seguinte as notícias são um pouco melhores, apesar de agora termos certeza de que o esquadrão anti aranha também esta monitorando as meninas, mas isso não é nada, já que as três estão prestes a conseguir a ajuda de que precisavam. Uma renomada (e nada confiável) advogada se interessa pelo caso, porém sabiamente as três recusam a ajuda, já que a causa das Meninas Aranhas não é a fama (para quem viu a primeira parte da história sabe que até era pela fama, mas isso mudou no meio do caminho).

É chegado o momento da tão esperada declaração de imprensa das Meninas Aranha no centro FESTA, que agora contam com um batalhão de repórteres: todos querem saber o que elas tem a falar. E a saída para o problema não poderia sem melhor (pensar que três garotas de 16 anos pensaram em tudo isso é tão improvável quanto pensar que um garoto de 15 anos criaria a cola mais resistente do mundo), como o espírito das Meninas Aranha é baseado no espirito de vida do Homem-Aranha, que faz o bem sem esperar nada em troca. Ser um menina aranha não tem a ver com dinheiro, logo, se a Teri fosse mesmo uma Menina Aranha deveria doar todo o dinheiro arrecadado com a marca para a caridade.

Enquanto isso, o prefeito e seu, agora meio irmão, fotógrafo oficial seguem para especionar a força tarefa anti aranha e aproveitam para repassar para a tropa o novo plano infalível para capturar o aracnídeo. Ao mesmo tempo, Teri esta prestes a realizar a sua declaração de resposta as Meninas Aranha: “E como o Homem Aranha e fazer o bem são a verdadeira inspiração por trás de tudo, para demonstrar minha sinceridade, vou doar cem mil dólares às caridades infantis unidas se o aracnídeo jantar comigo no sábado a noite”. Está montado o mais novo plano do prefeito, que na verdade foi do seu assessor, para finalmente capturar o herói mais popular das adolescentes de Nova York. “Se o aracnídeo não aparecer vai provar que não é um herói. Quem da às costas para crianças carentes? (...) Se ele aparecer. Devido a minha relação especial com o empresário da Sra. Hillman, nós podemos providenciar para que o esquadrão anti aranha fique de prontidão na cobertura da moça.”. Agora sim o Sr. Parker está em problemas.

Photobucket

Voltando ao colégio Kearny, o plano inicial finalmente deu certo e as Meninas Aranha finalmente se tornaram populares, “venceram” a Tery. Contudo, nem sempre o premio é tão bom quanto parece além de um pouco de ciume por saber que a rival vai conseguir um jantar com o seu ídolo. E nas brigas de declarações a imprensa, visto que a situação já saiu completamente de controle mesmo, é o momento das Meninas Aranha retrucarem a altura: “O Aranha é um herói e não um instrumento”. E o público vai ao delírio! Em especial Peter que acabou de se livrar de mais um problema. Só quem não fica nada feliz é a bancada do prefeito, que não apenas passa a ter certeza, embora errados, de que as Meninas conhecem o Aranha, mas também precisam de um novo plano, um muito mais ousado. “Vamos atrair o aracnídeo fazendo reféns... três para ser mais exato”.

A última declaração bombástica das Meninas Aranha afetou muito, não só o Status Quo das três, mas de toda a cidade, em especial de Tery que convoca uma nova coletiva de resposta apenas para dar finalmente o merecido crédito às meninas e ao herói que inspirou todas as quatro colocando uma pedra final no plano do prefeito de prender seu arqui-inimigo.

No colégio, finalmente as Meninas atingiram a popularidade que sempre buscaram além de conseguir criar uma forma muito boa de ajudar o próximo. A recompensa por toda essa boa ação acaba chegando em forma de um convite para um festa e um pedido de “paz” por parte da Sra. Hillman. Pena que para Parker o desfecho não tenha sido tão bom, visto que ainda hoje continua sendo rejeitado por colegiais. Segue, então, a preparação para os dois grandes eventos: as Meninas aranha para a sua badalada festa, e o esquadrão anti aranha para a sua última de desesperada tentativa para prender o herói.

Finalmente é sábado a noite hora da tão esperada festa, uma limousine chega para pegar as três convidadas de honra só que o motorista tinha outro itinerário. As três são levadas para um depósito, onde são forçadas a chamar o Homem Aranha, pena que ninguém avisou ao esquadrão que as Meninas nunca nem haviam visto do herói de perto. Enquanto uma delas convence os sequestradores de que vai ligar para o herói, o Cabeça de teia decide dar o ar da graça (graças a um rastreador aranha inserido estrategicamente no celular de uma das meninas. Afinal um herói previvido vale por dois).

Photobucket

A briga se desenrola com uma vitória esmagadora do Sr. Aranha, até que o chefe de operações do esquadrão decide acabar com a diversão fazendo uma das garotas de refém. Essa parte do plano quase deu certo, se as Meninas Aranha não fosse tão inteligentes quanto o próprio Aranha. “Vai fundo, valentão. Puxa o gatilho e vira um assassino. Minhas amigas estão ai atrás filmando tudo com os celulares. Dá pra ver pelo reflexo nos meus óculos. Você vai apodrecer na cadeia”.Assim, não só mais um plano para prender o Aranha é desmantelado, como depois dessa “gafe” todo o esquadrão vai ralo a baixo. Com mais esse problema sanado é chegado o momento da festa. E qual a melhor forma das Meninas Aranha chegarem a uma festa se não balançando em um teia acompanhadas do Homem Aranha!

Tudo muito bom, todos se divertindo na festa, quando mais alguém (que por sinal estava sumido desde o início dessa edição) decide dar um desfecho para a história. Espectro reaparece no meio da festa, porém desta vez o herói já está preparado para ele. A luta acaba antes mesmo de começar. O último desentendimento é desfeito: Espectro nunca foi um vilão (por sinal também peço desculpas a ele, por chamado de vilão no artigo passado), na verdade ele apenas estava oferecendo demostração do seu equipamento ao ar livre, e agora o Sr. Hillman o havia contratado para animar a festa.

Festa arruinada e lá se vão toda a boa reputação e os novos fãs do Aranha de novo. Por fim, e não menos importante, lembra do convite de sábado para jantar... Então, como ninguém sabe quem é o verdadeiro Homem-Aranha, qualquer um vestido como o herói poderia reclamar o jantar...

Photobucket

Guilherme

comments powered by Disqus