sexta-feira, 24 de junho de 2011

Homem de Ferro: reinventando Tony Stark

Ele subiu ao poder, ele mudou a lei, ele fez o que achava certo. Ele caiu, ele fugiu, ele protegeu seus amigos, ele perdeu. Ele morreu, ele voltou. Ele tem que começar do zero agora. Ele é o Homem de Ferro.

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Nesse tempo que Tony Stark esteve fora do “jogo” entre apagar seus neurônios e voltar a viver com sua mente usando um back up, a indústria de arma e de segurança em si estava abandonada. Eis que surge quem se aproveite disso: a indústria Hammer. Composta pela filha de Justin Hammer, Justine Hammer e sua filha (neta de Justin), Sasha. Elas apresentam a militares sua nova proposta para a segurança nacional: o Aço de Detroit. Qual a diferença de todos os milhões de robôs e armaduras que já surgiram por aí e esse novo, você me perguntaria, foi o mesmo que um dos militares perguntou. A resposta vem da pesquisa de Sasha que integra homem e máquina por uma coluna vertebral híbrida que permite que um ser humano controle a armadura como se fosse seu corpo. Ok, tudo ótimo, parece muito bom, mas todos já sabem que Tony Stark voltou e qualquer outra coisa fica obsoleta com ele.

Falando nele, tudo que faz ultimamente é se atualizar do que ficou faltando em seu “back up” e pensar... pensar... e pensar. Como diz Pepper, não pensar em tomar um banho, dormir ou algo assim. De tanto pensar, ele resolve: já sabe como a nova armadura terá de ser e é Reed Richards que o ajudará nisso. Também é hora de retomar sua empresa, mas aí vem a má notícia: Pots o conta tudo que aconteceu desde os ataques de Ezequiel Stane (lembram?) até ele não ter quase nada e passar a presidência a ela, que vendeu quase tudo (dado que Norman estava atrás dele). Em uma cena bonitinha dessas que o Fraction faz com os dois, ele a oferece um emprego na “nova empresa” dele, mas não poderá pagar nada e podem tentar matá-los de novo... ela aceita, claro.

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Com Reed, Tony conta como seu poder do extremis funcionava o ligando à armadura e que restaram mudanças físicas desse poder nele (quando o operaram, os médicos comentaram haver fios elétricos e coisas do tipo nos órgãos), conta da burrada que foi não refazer o back up de sua mente e ficar com esse gap de memória e, da sua maneira, pede desculpas por tudo que passou. A explicação toda da parte física é muito boa. A parte do extremis ele diz que o Homem de Ferro seria um aplicativo, o extremis o sistema operacional e seu corpo o hardware. Sem o extremis, o hardware não tem o que executar, mas ainda tem a capacidade de executar outro sistema semelhante. Sobre o repulsor no seu peito, ele diz que suas funções autônomas não existem mais depois que apagou seu cérebro. Cérebro, cerebelo e medula foram todos “formatados” e as funções básicas como respirar e batimento cardíaco são controladas por essa bateria em seu peito que também fornece a energia pra isso.

Enquanto eles refazem uma armadura, Pepper Pots sai por aí tentando reconstruir o império. Ela lida de uma forma que Tony discorda: honestidade, ela conta a todos que estão falidos, o que acaba gerando ótimas cenas na história. Isso, inclusive, leva Thor a oferecê-lo dinheiro, que Stark recusa, quer se reerguer com seu próprio desafio. Ele também pede desculpas ao amigo a sua maneira, mas, como disse antes, não se arrepende. Pois, se o fez (e ele não lembra exatamente o que), fez porque achava que era o melhor e faria de novo, mesmo que diferente. Eles se entendem (como é possível só entre os dois). Aliás, toda interação deles, tanto quanto a do Homem de Ferro com Richards é muito bem desenvolvida por Fraction.

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Da mesma forma que o roteiro das HQs se aproxima dos filmes recolocando um reator de energia no peito do protagonista, outro fator também o faz: Tony decide e anuncia que não fará mais armas, não inventará mais nada que possa de uma forma ou outra se tornar perigoso. E, assim, ele parte para uma reunião com um novo público para sua nova empresa, a Stark Resiliente: fabricantes de eletrodomésticos, automóveis, eletrônicos, tudo que exige alguma fonte de energia. Ele revela o reator em seu peito, conta como essa tecnologia causaria uma mudança de paradigma no mundo tecnológico/energético. Que ele já quase morreu por que muitos tentaram roubar essa tecnologia, mas e se isso se tornasse comum? Se todos pudessem ter acesso a essa tecnologia? Ninguém mais mataria por isso. Ele vai fazer isso e quem não estiver com ele (financeiramente, claro), estará indo contra uma inovação e provavelmente falirá. É claro que a idéia choca a todos, inclusive Pepper que sai furiosa por ele fazer esse discurso o deixando até de fora do helicóptero que ela e Hill voltam pra casa.

Mas quem precisa de um helicóptero quando se é o Homem de Ferro? Um novo Homem de Ferro. Suas roupas se desfazem e a armadura começa a surgir, crescendo em seu corpo, criando músculos e ligações. Se conectando à sua coluna vértebra por vértebra e se fechando em uma nova e extraordinária armadura. E, falando em armadura ligada à coluna, as Hammer estão jogando: compram todo arsenal desativado do M.A.R.T.E.L.O. (vide O Cerco 4) que estava em leilão e recebem uma ligação dos militares querendo negociar seu Aço de Detroit. Claro, mas depois, agora elas estão negociando com outro cliente: o Paquistão. Pelo visto, a segurança americana não será tão americana assim.

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Cammy

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