quarta-feira, 28 de março de 2018

Nova: Guerra Civil

No último arco deste volume da mensal do Nova, o roteirista (e por vezes editor) Sean Ryan se despede do personagem colocando bem no meio de um confronto de adulto (que por vezes se comportam como crianças) na Guerra Civil II. A situação complicada em que ele acaba neste final fazendo o jovem refletir sobre sua posição neste mundo e o direciona para perto de alguém que os fãs aguardam por rever a muito tempo.




O brasileiro R.B Silva é convocado para essas edições que rementem a Guerra Civil II, onde revemos mais uma vez o confronto dos heróis contra os gigantescos seres celestiais que invadiram Nova York e foram detidos graças a visão premonitória de Ulysses. Com a grande vitória, as coisas pareciam muito bem na comemoração na Torre Stark (apesar do Nova se sentir bem isolado por ninguém saber exatamente quem ele era), até que estourou o bate boca entre Tony Stark e Carol Danvers na cozinha. As crianças foram deixadas de fora da discussão, o que fez mais uma vez Sam Alexander questionar sua posição como um Vingador de verdade.




Quando voltou ao Arizona, Sam encontrou sua mãe ainda acordada e bem preocupada com sua segurança depois de toda a confusão que viu na TV. Se de um lado o seu status de membro da equipe parecia quase insignificante dentro da comunidade heróica, para a perspectiva de sua mãe, era tudo, uma preocupação constante com seu bem estar. Depois de uma longa conversa, Sam prometeu a sua mãe que iria saber entender mais sobre ele, provar que não correria perigo, e começaria ao buscar saber a verdadeira fonte dos poderes de seu capacete.

O problema é que seu líder da equipe, Tony Stark, estava sempre ocupado demais para ajudá-lo a entender a tecnologia nova agora que estava envolvido na Guerra Civil II. Na verdade, todos os heróis pareciam preocupados com outra coisa ultimamente. Chegou ao ponto em que ao acontecer um ataque do Monstro Toupeira na superfície, só havia sobrado ali o jovem Nova e o Capitão pra salvar o dia. Sim, só Capitão, aquele cara da Nova Onda, lembra?



Depois de deter o vilão subterrâneo, Nova tentou arrancar do Capitão uma opinião sobre suas maiores dúvidas atuais como herói. Só que o Capitão não seria a pessoa mais otimista dentro do meio para conversar com o rapaz, e acabou sugerindo que os problemas que a vida de herói causam não compensam os benefícios. A sugestão dele era pro garoto cair fora dessa vida enquanto desse. Quando finalmente voltou ao Arizona naquele dia (que também contou com todo aquele rolo que acabou com a morte do Hulk), Sam prometeu a sua mãe que iria seguir sua vida como uma pessoa normal até chegar o dia em que descobriria os mistérios do seu capacete.

E assim, nas duas últimas edições, Cory Smith volta como desenhista e o Nova entra nas suas férias. Para seus colegas de classe, deu as desculpas que iria para um acampamento, mas seus melhores amigos já desconfiavam da vida super-heróica do rapaz e insistiam para ele revelar a verdade. Como sempre Sam negava, acabou que o grupinho se irritou e deixou Alexander para trás. Mas Sam tinha outros problemas pela frente, um mistério do capacete para se resolver e uma longa jornada até resolver isso.



Seguindo cosmo a fora, Nova seguiu a dica do Homem de Ferro até o sujeito que acreditavam saber do último destino de Richard Rider, aquele que era o portador da Mente Global de Xandar e que mais que todos deveriam saber como tudo funciona na força Nova. Aquele que Sam procurava era o Monarca das Estrelas (não confundir com Senhor), que já estava encrencado com a Guarda Imperial Shiar e precisou da ajudinha do Nova para fugir. Depois, como prometido, o Monarca levou Sam até o ponto no espaço onde residia a falha espaço-temporal onde Richard foi visto pela última vez.

E ao sobrevoar tal ponto no espaço, Sam Alexander foi tragado para um lugar além da nossa dimensão e encontrou uma personificação da Mente Global. Mesmo com sua confusão momentânea, o Nova tentou prestar a atenção em toda a história que a Mente Global Xandariana falava, desde sua verdadeira natureza como portadora das mentes de todo um povo e todos os novas que já faleceram até o funcionamento um tanto diferencial do seu capacete de Nova Negro. O mais curioso aqui no entanto é observar que vez ou outra a tal Mente Global oscilava o tom da conversa transparecendo ser algo mais humano. Não demorou muito para Sam perceber que estava ali também falando com Richard (ou uma manifestação dele preservada pela Mente Global). Sam também descobriu que seu pai estava vivo (ou ao menos até o alcance da Mente Global) apesar de sumido e ganhou um presente do Nova Primordial antes de partir.



Ao término dessa última parte desta revista, Sam volta pra nossa realidade e vai até sua mãe contar tudo que presenciou e entregou a ela o rastreador que ganhou de presente para ela sempre saber onde ele está. Depois da conversa com a Mente Global,  Sam decidiu revelar seu segredo aos melhores amigos e desencanar com as consequências disso. E por fim, de forma surpreedente, Richard Rider volta também a Terra.


Histórias simples, leitura rápida e nada complexa, uma dramatização juvenil, elementos que o Sean Ryan carregou durante toda a sua passagem do titulo nessas 11 edições e nunca escondeu. Sua passagem é honesta pelas histórias de Sam Alexander, direcionando exatamente pro público algo para qual o título foi criado. Com o inevitável cancelamento, acabou surpreendendo bastante ao devolver aos fãs exatamente aquilo que eles pediam a anos. Agora, a bola estaria no nome de outro escritor e nos resta aguarda para saber como ele fará com esse momento único das histórias dos Novas.


Com isso,

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