A roteirista principal e showrunner de Wandavision, Jac Schaeffer, ainda não terminou de ser abordada pelos mais diferentes veículos de imprensa sobre o final da série da Disney+. Desta vez sendo interrogada pela Vanity Fair, Schaeffer confessou que durante a pandemia algumas conversas levaram a mudanças sutis na abordagem do capítulo final.
Para que o grande momento “Feiticeira Escarlate” funcionasse do jeito que Schaeffer e o diretor da WandaVision, Matt Shakman, queriam, os espectadores precisavam se lembrar que os filmes da Marvel nunca chamaram Wanda Maximoff por esse nome - embora ela o tivesse usado em os quadrinhos por décadas. Essa noção deu a Schaeffer e a seus colegas escritores uma grande oportunidade de definir o que realmente significava para uma garota de Sokovia ser chamada de "a Feiticeira Escarlate", mas como levar isso ao público?
“Eu me lembro de Matt e eu conversando sobre tipo, cara, isso vai funcionar? Porque todo mundo já sabe disso. Esta não é uma informação nova. Tipo, isso é realmente, pode ser tipo dun, dun, dun? " Schaeffer disse na entrevista. “Nossa conclusão foi: com certeza podemos fazer tudo funcionar, desde que construamos de forma adequada. E então foi um prazer não ter que, você sabe - levantar na sexta-feira de manhã e não ser recebido por um milhão de tweets que eram como, 'duh, nós sabemos há muito tempo.' Obrigado. ”
WandaVision, conforme concebido pela equipe de criação da Marvel Studios, era uma série sobre uma mulher processando seu luto por meio de programas de TV. Mas a ideia da "Marvel" nos quadrinhos, disse Schaeffer, era "vamos aprender mais sobre a Feiticeira Escarlate e seus poderes. Essa foi a diretriz desde o início”. Para um fã de longa data de narrativas de gênero como Schaeffer, isso significava que era a hora da profecia.
Na versão final do WandaVision que o público viu na semana passada, havia algumas dicas remanescentes da profecia que Schaeffer havia inventado. "Você sabia que há um capítulo inteiro dedicado a você no Darkhold?" Agatha disse a Wanda durante o grande confronto do episódio. "Esse é o livro dos condenados. ‘A Feiticeira Escarlate não nasceu; ela é forjada. Ela não tem clã. Não há necessidade de encantamento '... Seu poder excede o do Mago Supremo. É seu destino é destruir o mundo. ”
Com a menção de "Mago Supremo" - outro nome para o Dr. Stephen Strange de Benedict Cumberbatch - há todos os motivos para acreditar que esta seção do final está preparando a aparição de Elizabeth Olsen no Multiverso da Loucura. Originalmente, no entanto, Schaeffer tinha um plano diferente - um que pode soar familiar para os fãs do final da primeira temporada de Buffy the Vampire Slayer, intitulado "Prophecy Girl" ou "Garota da Profecia".
Schaeffer explicou que: “A profecia tinha a ver com ela destruindo o mundo. Então ela está lutando contra sua identidade como a Feiticeira Escarlate, porque ela não quer ser a pessoa que destrói o mundo. Era disso que ela realmente tinha medo. ” Wanda então descobriria que, para cumprir a profecia, ela simplesmente teria que destruir o feitiço e libertar os residentes de Westview, New Jersey. Simples assim; um caso clássico de jogo de palavras de profecia.
“Como escritora, eu pensava, isso é tão bom que somos todos gênios”, lembra Schaeffer. Mas, no final das contas, ela explica, essa premissa ficou um pouco restritiva demais. Seu trabalho, como showrunner de WandaVision, era criar Wanda - e então mandá-la para o mundo mais amplo da Marvel para outros criadores, como o diretor de Doutor Estranho 2, Sam Raimi, jogarem. Esse tipo de colaboração criativa tranquila requer que nenhum escritor ou diretor individual encaixe um personagem em algo que a próxima pessoa não possa retirar.
“[A profecia] ficou muito restritiva”, disse Schaeffer. “Uma das coisas que a Marvel diz é que, com algumas das definições da mitologia, é melhor deixar as coisas um pouco vagas. Porque quando você passa a bola para frente, dá mais para a próxima equipe trabalhar. Amamos a ideia de que a levaríamos sabendo um pouco, mas não tudo. Isso faria parte de sua trajetória e a próxima peça de sua história. ”
Schaeffer, no entanto, tem uma ideia bastante clara do que significa os poderes de Wanda serem chamados de "magia do caos". A magia do caos, de acordo com Schaeffer, é a magia da criação. Wanda cria três pessoas inteiras - Visão e os gêmeos - sem nenhum custo. “Na cultura das bruxas, há algum tipo de custo cósmico de alguma forma, e não há custo para ela”, explica Schaeffer. Com essa capacidade de poder, que tipo de diabrura Wanda pode fazer quando a virmos da próxima vez?
Todos os capítulos de Wandavision encontram-se agora disponível no Disney+. É um elenco de primeira que agora podemos anunciar mais abertamente. Começamos por Elizabeth Olsen como Wanda Maximoff e Paul Betanny como Visão como os protagonistas. Na lista também temos Kathryn Hahn como Agnes, Teyonah Parris como Mônica Rambeau, Kat Dennings como Darcy Lewis, Randal Park como Jimmy Woo, Josh Stamberg como Tyler Hayward, Emma Caulifield como Dottie, Evan Peters como "Pietro", Jullian Hilliard como Billy e Jett Klyne como Tommy. A direção de todos os capítulos da série é por Matt Shakman e a showrunner é Jac Schaeffer
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