segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Grandes Histórias da Marvel no Brasil: 20 ANOS, 20 MOMENTOS.

Em comemoração aos 20 anos da Panini, apresentamos 20 publicações essenciais da Marvel durante essas duas décadas. Nessa lista você irá encontrar somente material inédito com o melhor da Marvel publicado pela editora desde sua chegada!!!


 1. Quarteto Fantástico: 1,2,3,4.

Em seu primeiro mês de publicação a Panini já veio com uma das histórias mais interessantes da primeira família: “Quarteto Fantástico 1,2,3,4” de Grant Morrison e Jae Lee. Quando assumiu o cargo de editor-chefe da Marvel em 2000, Joe Quesada criou uma verdadeira revolução. Quesada remodelou as equipes nas publicações, trazendo uma nova era para a casa das Ideias. Foi nesse contexto que Grant Morrison chegou para escrever "Quarteto Fantástico 1,2,3,4". Nessa época, Joe Quesada soltou um boato que a série apresentaria incesto entre os irmãos Storm. Pronto, foi o suficiente para a Internet entrar em delírio. Morrison apresenta um membro para cada edição, em uma revisitada as suas origens. Ao mesmo tempo, os principais vilões se juntam em um confronto definitivo. A história, digamos, mais estranha do Quarteto foi publicada no Brasil nas quatro primeiras edições de "Paladinos Marvel” em 2002 e compilada em uma edição especial em 2013.


 

2. Os Supremos.

Em novembro de 2011, na edição de “Marvel Millennium – Homem-Aranha nº 11” aconteceu a estreia da série “Os Supremos”. A nova linha chamada de “Ultimate” nos Estados Unidos, apresentava uma nova linha temporal com os personagens mais tradicionais da Marvel. Os artistas Mark Millar e Bryan Hitch fizeram de Os Supremos talvez o melhor título dessa nova linha. Na série, o general Nick Fury, financiado pelo governo americano, tem como objetivo desenvolver uma nova fórmula do soro do “Super Soldado”. Nick Fury recruta o casal Janet e Henry Pym, o cientista Bruce Banner e o milionário Tony Stark, para o projeto. Mas como ironia, um grupo formado por Tony acaba encontrando o Capitão América congelado, desde a sua última luta contra uma raça alienígena chamada Chitauris, na época da 2ª Guerra Mundial. Banner, em posse do soro, com a amostra de sangue de Steve Rogers, acaba injetando-a em si mesmo, desencadeando uma mutação, transformando-se no monstro Hulk. Outros integrantes vão se juntando à nova equipe: Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Thor, que acabam juntando forças com um novo ataque dos Chitauris, fazendo da cidade de Nova York um verdadeiro campo de guerra. A nova série serviu de enredo para o filme dos Vingadores, lançado em 2012. Depois de sua estreia, a série foi compilada em edições especiais.


3. Origem.

De todas as histórias publicadas pela Panini, sem dúvida a mais aguardada pelos fãs foi a minissérie "Origem", que explicava, enfim, a origem de Wolverine. Joe Quesada sabia da responsabilidade em corresponder aos fãs, pois a origem do personagem era um dos maiores tabus da Marvel. A história, escrita por Paul Jenkins, com os desenhos de Andy Kubert, voltava para o século XIX, em uma pequena fazenda no Canadá, mostrando a vida da poderosa família Howlett. A origem guardada a sete chaves pela Marvel seria retratada com maestria nessa minissérie. Muitos dos detalhes da vida de Wolverine são apresentados nessa história. Origem foi publicada em três edições pela Panini, em uma edição em capa dura e, também, em uma reedição especial, por ter ganhado o troféu Prêmio HQMix como melhor série de 2002.

 


4. Novos X-Men de Grant Morrison.

Depois de muitas histórias pouco inspiradas, os X-Men, assim como toda a linha mutante atravessavam uma fase ruim, segundo a crítica e muitos leitores, desde a saída de Chris Claremont do título principal. Na revista dos X-Men, Grant Morrison seria o responsável pelas novas histórias dos mutantes. E começaria com tudo, com a saga “E de Extinção”. Grant Morrison começava as novas histórias apresentando a irmã maligna do Professor-X, chamada Cassandra Nova. Uma mutante que arquitetava um plano de reativação dos Sentinelas. O objetivo era exterminar todos os mutantes da ilha de Genosha, resultando em milhares de mutantes assassinados, entre eles o líder e regente da ilha, o mutante Magneto. As novas histórias contavam com os desenhos do ótimo Frank Quitely. Publicada a partir de X-Men 1º série nº 9 em setembro de 2002, o começo arrebatador de Grant Morrison, assim como todas as histórias seguintes (E de Extinção, Imperial, Novos Mundos, Planeta X e Ecos do Amanhã), colocava os X-Men novamente em outro patamar.



5. Vingadores: A Queda.

Nos Estados Unidos, os Vingadores passavam por um período ruim com as suas aventuras. Para dar uma levantada na série, o roteirista Michael Brian Bendis assumiu a revista dos Vingadores, e não deixaria “pedra sobre pedra”. A grande saga dos Vingadores, chamada “A Queda”, fazia justiça ao nome. Tudo começa quando o recém-falecido herói Valete de Copas surge moribundo na entrada da mansão dos Vingadores. Surpresos, os Vingadores não entendem o que está acontecendo. Então, Scott Lang, o Homem-Formiga, vai ver o que estava ocorrendo. Quando Lang se aproxima, o Valete de Copas explodiu, matando o Homem-Formiga, e mandando parte da mansão para os ares. Em seguida, um dos jatos dos Vingadores, pilotado pelo androide Visão, aparece no céu, se chocando com o resto da mansão, causando uma grande explosão. Em seguida, Visão, que estava sendo manipulado, libera esferas de metal líquido, tomando a forma de vários robôs Ultrons. A Mulher Hulk enlouquece com a sequência de desastres e perde o controle sobre si - sendo detida pelos outros Vingadores. Vespa fica ferida, Visão é destruído, Gavião Arqueiro é morto e a Capitã Bretanha fica em estado crítico. Mas os problemas não pararam por aí. Em seguida, uma frota de espaçonaves Kree chega, atacando os Vingadores restantes. Todos esses ataques foram conduzidos intuitivamente pela Feiticeira Escarlate. Os Vingadores foram dizimados pelo roteirista Michael Brian Bendis e pelo desenhista David Finch, e reformulados com novos integrantes. As novas histórias dessa fase começaram a ser publicadas a partir da edição de Vingadores nº 21, de outubro de 2005. Essa nova fase com Brian Michael Bendis, retomou as novas histórias dos Vingadores dentro da Marvel, fazendo com que a equipe voltasse a ser notícia. Bendis elevaria o “Status Quo” do grupo ao ápice, criando novos grupos, aumentando as histórias com diversas sagas.

 

6. Alias.

Uma das revistas mensais de maior sucesso já publicadas pela Panini, de acordo com os fãs, foi Marvel MAX. Aclamado, o novo gibi foi um dos maiores acertos da editora, apresentando somente histórias e personagens inéditos, sendo cultuado por diversos leitores. A primeira edição, publicada em setembro de 2003, vinha com o anúncio na capa “O lançamento mais espetacular da década”. A nova revista, com histórias do selo Max, era destinada ao público adulto, apresentando diversos personagens e títulos novos. Marvel MAX foi uma das melhores revistas de linha que a Panini publicou. A revista foi criada para juntar o que havia de melhor com a Marvel naquele momento. Marvel Max nº 01 apresentava as novas histórias de Michael Brian Bendis na nova série Alias – Conexão Mistério. A série conta a história de Jessica Jones, uma ex-super-heroína que decide pendurar o uniforme e atuar como detetive particular, investigando alguns casos do Universo Marvel. A série fez muito sucesso, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, sendo uma das principais séries da Marvel publicadas nos anos 2000. Um dos motivos do sucesso se dava ao fato da personagem ter superpoderes e não dar a mínima para eles. Jessica Jones renega seu passado de glórias ao lado do Vingadores, e não se importa nem um pouco com o heroísmo de seus colegas. Outro ponto na série são os grandes diálogos e textos escritos por Brian Michael Bendis, responsável por toda as histórias da personagem. Os desenhos competentes de Michael Gaydos, se encaixam perfeitamente com a atmosfera da série. Com a ascensão da Marvel nos cinemas, Alias acabou virando uma série para a Netflix com o nome Jessica Jones. A série também ganhou alguns compilados em capa dura pela Panini. 


7. X-Táticos.

Em X-Men Extra, a Panini publicou um dos títulos mais polêmicos da linha mutante com o final da primeira série da revista X-Force. Algumas histórias de X-Force, antes da entrada de Milligan, não foram publicadas no Brasil. A Panini optou por veicular somente a fase final, onde a revista era reformulada. Escrita por Peter Milligan, com desenhos de Michael Allred e publicada a partir de X-Men Extra n° 07, a nova série reformulava tudo o que a revista X-Force foi um dia. Na edição n° 21, foi editada a última história como X-Force, e a partir da edição seguinte, a série mudaria o título para X-táticos (X-Statix). A série é uma mistura entre a nova equipe mutante com o “Show Business”, em que alguns personagens são verdadeiras celebridades. A história trata sobre o culto às celebridades e aos reality shows, colocando alguns dos mutantes como representantes dessa mídia. X- Táticos é um dos casos em que a revista fica bem melhor do que era feito antes. Agora uma questão: Será que a Panini pretende republicar esse material um dia?


8. Illuminati.

Um dos maiores segredos do Universo Marvel foi revelado na bombástica história escrita por Brian Michael Bendis, no especial “Rumo À Guerra Civil: Illuminati”. Tudo começa de fato há muito anos, depois da guerra “Kree/Skrull”, uma das histórias clássicas dos anos 1970, de Roy Thomas, Sal Buscema e Neal Adams, com um dos maiores conflitos que Os Vingadores tiveram que enfrentar, envolvendo duas das maiores raças do universo. Um senador estava promovendo uma campanha de desmoralização contra os Vingadores, perante a sociedade. Durante a história, é descoberto que o senador era, na verdade, um Skrull disfarçado, que pretendia usar o planeta como um verdadeiro campo de batalha. As consequências da guerra fizeram com que alguns dos heróis ficassem em alerta. Há anos, o Homem de Ferro, secretamente, convocava uma reunião com algumas peças chaves de cada grupo. Senhor Fantástico, líder do Quarteto, Professor X, dos X-Men, Namor, príncipe de Atlântida, Raio Negro, rei dos Inumanos e o Dr. Estranho se encontram logo depois da guerra Kree e Skrull, em Wakanda, país regido pelo rei Pantera Negra, para tomarem certas decisões sobre o futuro do planeta Terra. O intuito era o de incorporar todos os recursos de cada grupo, para atuar de forma mais “compacta”, em virtude de qualquer problema, seja extraterrestre ou não, juntando informações em conjunto e, assim, se prepararem para qualquer eventualidade. Esse novo grupo tomaria todas as decisões, sem fazer uma prévia comunicação com os demais heróis dos seus respectivos grupos.




9. Dinastia M.

O grande evento da Marvel no Brasil em 2006 foi à série Dinastia M (House of M no original). Seguindo os fatos apresentados em Os Vingadores, a saga “Dinastia M” apresenta as consequências dos atos causados pela Feiticeira Escarlate na história “A Queda”. Depois de ser levada à ilha Genosha, os Vingadores e os X-Men partem em sua busca. Chegando à ilha, os heróis acabam sendo tragados por um clarão. A partir daí os personagens entram num novo mundo, chamado Dinastia M. Nessa dimensão, heróis e mutantes vivem pacificamente com todos os humanos, em um mundo remodelado e governado por Magneto. Esse novo mundo seria um lugar melhor para todos. Desde que Wanda chegou à Genosha, seu irmão Mercúrio temia pela sua vida. E em um momento de agonia, sugeriu à Wanda que ela criasse um mundo perfeito e feliz. Porém, pouco a pouco, esse mundo vai se quebrando e no fim da saga, Wanda traz Clint Barton, o Gavião Arqueiro, de volta à vida ( morto em “A Queda”). Conforme as lembranças vão surgindo em cada um, a Feiticeira Escarlate, agonizada e fora de si, acredita que os mutantes são os problemas do mundo. Ela crê que os mutantes não são o próximo passo da evolução, e por isso decide acabar com todos, dizendo “Chega de mutantes! ”. Então, faz com que grande parte dos mutantes do planeta percam suas habilidades, reduzindo-os a um número bem pequeno. “Dinastia M” se espalhou pelas revistas de linha, e foi publicada em quatro edições, em duas versões com capa variante e posteriormente, em uma edição encadernada.



10. Surpreendentes X-Men.

A partir de X-Men Extra n° 46 de outubro de 2005 começava uma das melhores fases do X-Men que há tempos não era feita. A fantástica fase “Surpreendentes X-Men”, escrita por Joss Whedon, roteirista de diversas séries para a TV americanas e com desenhos de John Cassaday resgatam a era clássica dos X-Men, usando como base a fase do período do desenhista Paul Smith, trazendo os X-Men de volta aos uniformes coloridos e focando na mutante Kitty Pryde, como referência do grupo X. A série foi publicada em diversas edições de X-Men Extra e posteriormente compilada em edições especiais.

 

11. Capitão América de Ed Brubaker e Steve Epting.

Quem entraria em uma nova fase seria o Capitão América, em uma nova série nos Estados Unidos, conduzida pelo roteirista Ed Brubaker e pelo desenhista Steve Epting. No Brasil, suas novas histórias começaram a ser publicadas a partir de Os Poderosos Vingadores nº 25. Ed Brubaker daria início, indo direto na mitologia do herói americano, trazendo de volta à vida o antigo parceiro do Capitão América, que estava “aparentemente” morto, desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Bucky Barnes, que não aparecia nas histórias do Capitão desde o período da Timely, estava agindo nos bastidores como um agente russo, e com o codinome “Soldado Invernal”, desde que foi encontrado, mais ou menos, da mesma forma que o Capitão, congelado no Mar do Norte. O Caveira Vermelha era outro que planejava em definitivo a conquista do planeta, e pretendia reconstruir o Cubo Cósmico, para executar os seus planos. A nova fase do Capitão América pelas mãos de Ed Brubaker batia de frente com a nova saga "Guerra Civil" que mudaria radicalmente todo o Universo Marvel.



12. Guerra Civil.

Com os Vingadores sendo reestruturados com novos integrantes, depois das consequências da perda de controle da Feiticeira Escarlate, o Homem-Aranha passa a atuar com o grupo. Durante o tempo em que participaria dos Vingadores, Peter Parker estreitou laços com Tony Stark, tendo inclusive ganho um novo uniforme com alta tecnologia, desenvolvido pelo próprio Stark. Nesse ínterim, Tony Stark e Peter Parker são chamados a comparecer ao Senado, para discutir uma nova medida que mexeria com toda a comunidade heroica. A nova ideia era a discussão de uma proposta para a Lei de Registro de Super-Heróis, forçando todos os vigilantes mascarados a registrarem suas identidades ao governo, tornando essa medida obrigatória perante a nova lei criada pelo governo americano. O estopim na aceleração da aprovação da lei foi um equívoco do grupo de heróis adolescentes Os Novos Guerreiros, que durante uma gravação para um programa televisivo, em um tipo de “reality show”, tentam enfrentar um pequeno grupo de vilões, apenas para aumentar a audiência e polemizar sua própria série de TV. Durante a luta, o vilão, Nitro, responsável pela morte do Capitão Marvel, acaba explodindo junto com a Atlante Namorita em frente a uma escola, desencadeando, assim, mais de 800 mortes. E o que foi pior: a maioria crianças. Começa, então, uma discussão sobre acelerar a lei dos registros. Com a irresponsabilidade dos integrantes dos Novos Guerreiros, parte da população discutia o quanto um “super ser” pode ser extremamente perigoso sem um treinamento adequado. Os heróis que são contra são considerados inimigos, e começam a ser caçados pelo governo e enviados para a Zona Negativa, servindo de presídio para os heróis considerados rebeldes. Publicada entre 2007 e 2008 em sete edições e na coleção Deluxe, Guerra civil foi um dos melhores momentos da Marvel com a Panini.


 

13. Planeta Hulk.

Na revista Universo Marvel, Hulk sofreria uma de suas maiores derrotas. Como parte do plano de restabelecer uma nova ordem envolvendo todos os superseres, foi criado um plano arquitetado pelos “Illuminati”, para dar um fim ao Incrível Hulk. Depois de uma falsa missão em órbita do planeta, o Hulk é enviado a um planeta longínquo, para encerrar de vez todo o perigo que o monstro verde representava ao planeta Terra. O único que se opõe a isso é Namor, que em uma frase profética, diz: "Banner voltará de onde vocês o enviarem e matará a todos vocês! E ele estará certo!" A ideia era que o Hulk fosse parar em um planeta desabitado, onde viveria para sempre, até o final de sua vida. Porém, o trajeto de sua viagem mudou, e o gigante verde acaba aterrissando no planeta Sakaar. Se o objetivo era fazer com que o Hulk tivesse uma vida tranquila, isso estaria longe de acontecer. O planeta Sakaar era dominado pelo Rei Vermelho, que governa o lugar como uma verdadeira arena de gladiadores, colocando diversos seres de vários planetas em combate. Depois de um tempo, o Rei Vermelho é deposto, e Hulk, enfim, passa a ser um novo líder do planeta, libertando os escravos, acabando com os duelos e, por fim, conhecendo um novo amor - Caieira - que acaba por engravidar do gigante verde. O que parecia ser uma paz duradoura se transformaria em mais um pesadelo – a nave que trouxe o gigante estava armada com uma bomba, e a detonação fez com que vários seres morressem, notadamente Caieira. Isso foi o suficiente para que Hulk reunisse alguns guerreiros do planeta Sakaar e voltasse ao planeta Terra, em busca de vingança ao grupo Illuminati. Escrita por Greg Pack, a saga “Planeta Hulk” foi publicada em Universo Marvel n° 23 até o n°35 e compilado na coleção Marvel Deluxe.


14. A Morte do Homem-Aranha.

Marvel Millennium-Homem-Aranha se encerrava na edição n° 100. Com o fim da saga, o universo Millennium daria uma pausa em suas publicações nos EUA. Depois de seis meses, os heróis que sobraram estavam de volta na revista Ultimate Marvel 1ª Série. As novas histórias mostravam as consequências apresentadas em Ultimatum, em que a cidade de Nova York começa a ser reconstruída. Na nova revista Ultimate Marvel, o grande destaque seria com a história “A morte do Homem-Aranha”. O roteirista Brian Michael Bendis foi o grande responsável por todas as histórias do Homem-Aranha publicadas na linha Ultimate. Foram exatamente 160 edições de Bendis, nos roteiros das novas histórias do Homem-Aranha, trazendo um frescor para uma nova geração de leitores, sendo a linha Ultimate, segundo os leitores, um dos maiores acertos da Marvel. Depois de diversas histórias, algumas delas baseadas na série original, era hora desse Peter Parker dar adeus. Depois de uma intensa luta contra o Sexteto Sinistro, Peter fica entre a vida e a morte, após sofrer uma intensa descarga elétrica de seu arqui-inimigo Electro. Porém, acabou salvo pela sua tia May (na linha Ultimate, uma versão bem diferente em relação ao Universo 616), que dispara um tiro no vilão. Fraco por decorrência da luta, Peter Parker é obrigado a lutar contra o Duende Verde, que estava desaparecido desde as primeiras histórias. Numa luta pirotécnica, um caminhão acaba explodindo, matando o Duende Verde, que estava desaparecido desde as primeiras histórias. Nos braços de sua tia, Gwen Stacy e de Mary Jane, Peter dá o seu último suspiro. A morte do Homem-Aranha da linha Ultimate foi um dos momentos mais marcantes, Essa história foi publicada em Ultimate Marvel nº 25. A partir desses fatos que surgia Miles Morales o novo Homem-Aranha.


15. Demolidor de Brian Michael Bendis.

De todas essas novas revistas publicadas pela Panini, uma que merece destaque era a das novas histórias do Demolidor. Produzidas pelo ótimo roteirista Brian Michael Bendis e por Alex Maleev, a dupla iniciava a nova fase do Demolidor, com a quase morte de Wilson Fisk, o Rei do Crime, que seria esfaqueado em uma reunião de mafiosos, depois que seus capangas descobrem que o Rei sabia que Matt Murdock e o Demolidor eram a mesma pessoa, e que não tinha usado a informação do jeito certo. O atentado foi arquitetado pelo próprio filho do Rei, que soltou a informação da dupla identidade nas ruas da Cozinha do Inferno. Sua mãe e esposa de Fisk, Vanessa, descobre que foi o próprio filho que armou todo esse plano, matando o próprio filho, e a confissão da identidade de Matt ao FBI, que posteriormente é divulgada para a imprensa. No dia seguinte, boa parte da mídia aparece na porta de Matt Murdock, fazendo com que Matt negasse a identidade, transformando sua vida em um alvo fácil para todos os inimigos do Demolidor. Toda essa saga teve início na revista “Hulk & Demolidor” em doze edições e posteriormente na revista solo “Demolidor” de 2004 em 35 edições. Toda essa saga foi publicada também na coleção Deluxe.

 

16. Aniquilação.

Umas das melhores sagas envolvendo os heróis cósmicos produzido por Keith Giffen, Scott Kolins e Ariel Olivetti foi com a série “Aniquilação”, apresentando o planeta Xandar, lar da Tropa Nova, sendo atacado pelo exército do Aniquilador, líder da Zona Negativa e um dos maiores inimigos do Quarteto Fantástico. A saga, além de envolver a Tropa Nova, conta com as participações do Surfista Prateado, Drax, Quasar, Warlock e os Guardiões da Galáxia. A série teve início no especial Prelúdio Para Aniquilação: Drax, O Destruidor, seguido pela minissérie Aniquilação, em sete edições, continuando em Aniquilação 02, a Conquista-Prólogo, e terminando em Aniquilação 2: A Conquista, em uma minissérie em seis edições. Em 2021, a Panini compilou a saga no formato Omnibus.



17. A Poderosa Thor.

Em uma toada extraordinária a frente das histórias do Thor, Jason Aaron fez bonito com o Deus do trovão. Nas novas histórias, com a arte de Russell Dauterman, os artistas resgataram uma antiga coadjuvante do período de Jack Kirby, a enfermeira Jane Foster, que auxiliava a versão humana de Thor, o Dr. Donald Blake, nos anos 1960. A grande jogada da Marvel em colocar uma mulher em posse do martelo Mjolnir, principalmente para revigorar o título com um novo foco na essência do Deus do Trovão e resgatar a antiga personagem, fica pelo fato do valor humano em torno da antiga enfermeira Foster. Nas aventuras, Jane Foster foi diagnosticada com câncer, e numa medida desesperada, consegue empunhar o martelo, tornando-se a nova Deusa do Trovão. A história ajuda a trazer um pouco de esperança, principalmente em assuntos relacionados à enfermidade, em casos mais extremos. A Marvel acertadamente faz uma bela homenagem a todas as pessoas que, de certo modo, precisam enfrentar a doença, seja com radioterapia, quimioterapia ou com toneladas de medicamentos, tratando essa grave enfermidade do jeito que podem – trazendo assim, alguma esperança para as histórias nas revistas.


18. Miracleman.

Em uma história pra lá de complexa (assunto para uma outra coluna), que envolvem: Mike Anglo, Alan Moore, Todd Mcfarlane e Neil Gaiman, eis que finalmente o personagem Miracleman volta as bancas e lojas depois de um grande duelo nos tribunais. E mais, seria editado pela Marvel Comics. Como não poderia deixar de ser, a Panini trouxe a partir de 2014 a primeira parte escrita por Alan Moore em edições mensais recheadas de extras. Essas primeiras histórias já haviam saído no Brasil, porcamente no final dos anos 1980 por uma editora chamada “Tannos”. Eis que a partir de 2014, além dessas primeiras histórias, a Panini publicou o arco completo de Alan Moore. Miracleman que agora pertence a Marvel, ganhou também duas edições em capa dura pela Panini. Será que a saga escrita por Neil Gaiman chega por aqui um dia?




19. Novos Vingadores de Jonanthan Hickman.

Em 2016 a Panini estava se preparando para o fim do Universo Marvel como nós o conhecemos. Todos os eventos criados por Reed Richards, depois de ter construído a “Ponte”, um sofisticado aparelho capaz de atravessar realidades e universos, chegavam ao seu derradeiro destino. Ou melhor, chegavam às mãos do Dr. Destino. Nas histórias do Quarteto Fantástico, escritas por Jonathan Hickman, foram plantados os primeiros indícios do distúrbio que o universo estava sofrendo. O competente roteirista, depois de sua passagem pelo Quarteto Fantástico, assumiria as histórias dos Vingadores e os Novos Vingadores (New Avengers e Avengers), substituindo Brian Michael Bendis, e dando sequência à destruição de todo o universo. Na série, publicada na revista Os Vingadores da Nova Marvel, com desenhos do brasileiro Mike Deodato Jr. e de Steven Epting, eram apresentados os Illuminati, dessa vez com as presenças do Capitão América e do Pantera Negra. Toda essa epopeia com o fim do Universo Marvel foi publicada na série da revista Os Vingadores, em suas 35 edições e compilados em algumas edições em capa dura.


20. Homem-Aranha: História de Vida.

Publicada em maio de 2020, a edição especial em capa dura apresenta uma linha do tempo compacta desde os primórdios até o presente na vida de Peter Parker. Escrito por Chip Zdarsky e com desenhos de Mark Bagley, História de Vida é diluída por cada década mostrando a cronologia do personagem com a premissa de Peter Parker envelhecendo na mesma velocidade do que na vida real. Uma história totalmente diferente dos padrões do tempo que só existe nos quadrinhos!!!

 

Menção honrosa: Os Eternos.

A menção honrosa não poderia deixar de ser se não fosse com o Rei, Jack Kirby. A edição colossal de Os Eternos no formato Omnibus veio parar sanar um atraso de mais de 35 anos: a série não havia sido concluída no Brasil. Tanto a Bloch quanto a Abril iniciaram, mas não terminaram. Somente em 2020 que os leitores brasileiros puderam ler o final da grande saga de Jack Kirby na íntegra!



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Alexandre Morgado é cartorário do 15° Tabelionato de São Paulo. É também autor do livro Marvel Comics - A Trajetória da Casa das Ideias do Brasil, livro que narra a história da Marvel em nosso país, relançado em 2021. O autor possui um acervo gigante de HQs, principalmente com material da Marvel Comics.


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