sábado, 13 de julho de 2013

Quarteto Fantástico: Pequenas lutas diárias


Depois de salvar o planeta de uma provável destruição a ser causada pelos Celestiais, é a vez da Família mais fantástica da Marvel voltar suas atenções para aquilo que ela sabe fazer melhor – Jornadas misterioras e exploração do desconhecido. Desta vez, no entanto, nada de planetas nos confins do universo. O bom combate será num microcosmo, o corpo humano.

A história presente na edição 38 de universo Marvel pode passar batida como um mero ‘tapa-buraco’, assim como foi a curta história das eleições da Zona Negativa. Todavia, ela tem um teor mais profundo do que aparenta a princípio. O Quarteto original, agora com o Tocha Humana de volta oficialmente, aparece sendo hostilizado por gigantescas criaturas não-humanoides, que tirando a livre-interpretação do desenhista Ron Garney, não são difíceis de serem interpretadas como plaquetas e glóbulos brancos. Passam pela corrente sanguínea e margeiam um rede de neurônios até chegarem ao alvo – Um tumor.

A operação, no fim, é bem sucedida e somente no final sabemos que o paciente é ninguém menos do que Willie Lumpkin, o carteiro mais famoso do Universo Marvel, que apareceu já na edição 11 da revista do Quarteto e que até mesmo apareceu nos cinemas, sendo interpretado por Stan Lee. E quando ele acorda, todos saúdam, mas fica sempre um “quê” de milagre e esperança aí.


O fato o interessante aqui é que a Marvel sempre foi a editora que esteve mais envolta nessas questões de nossos problemas sociais, sejam doenças contemporâneas que nos afetam ou discussões polêmicas de nossa sociedade. E no caso, o cancer foi e é ainda uma das maiores causas de mortes de nosso dia a dia. Quem certamente está familiarizado com casos próximos, o que não é nada incomum, sabe como essa é uma extensiva luta da qual vencemos pequenas batalhas dia a após dia. De fato, é uma pena que não tenhamos esses nossos heróis em nosso dia a dia para realizar tais milagrosos feitos, mas é com eles que nos inspiramos para sempre olhar a situação na perspectiva da esperança e da superação ante a dificuldade.

Boa homenagem do Hickman ao tema. Costura bastante com o velho filme “viagem insólita” inclusive, um clássico de sua época. E Garney também tem feito um trabalho excelente substituindo o Empting nas histórias do Quarteto.

Coveiro

PS: Teria algumas pessoas próximas pra dedicar esse tema, mas sei que essa é uma realidade muito próxima a de todos nós. Então, estou abrangendo a todos que também compartilham dessa mesma luta seja com amigos, parentes e alguém próximo de vocês.

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