2013 marca o aniversário de 50 anos dos X-Men, dos Vingadores, do Doutor Estranho e de Nick Fury. Para comemorar essa data, a Marvel realizou um painel na SDCC, com a ilustre participação de Roy Thomas.
O painel foi composto por Brian Michael Bendis, Frank Brunner, John Romita Jr. e Roy Thomas, sob a moderação de Mark Waid.
O primeiro a falar foi Thomas, que está na editora quase desde o início. Ele contou que jamais imaginara que faria parte de tudo aquilo e que nem pensava em poder escrever algum título na primeira década da editora, porque Stan Lee queria escrever todos. Thomas passou pela DC, mas não gostou muito de trabalhar lá, e, em seguida, foi trabalhar na Marvel.
Ele lembrou que, em apenas 14 meses, Stan Lee, Steve Ditko e Jack Kirby criaram todo aquele universo. Isso é um feito extraordinário! E Thomas nem acredita que faz 50 anos desde que ele mesmo começou a trabalhar com aquilo.
Bendis comentou que Thomas foi um dos primeiros escritores da Marvel a conseguir evoluir no tradicional conceito de equipes de super-heróis. Thomas contou ainda que recebeu ordens para incluir um androide em Vingadores e, como gostava muito do Visão original, juntou as duas coisas e conseguiu um excelente resultado inesperado. Além disso, o escritor afirmou que, embora goste do Homem-Aranha, jamais teve interesse em escrevê-lo.
Falando sobre os artistas, o painel discutiu os trabalhados de John Buscema e de John Romita Sr. Romitinha afirmou que gostaria de trabalhar com Demolidor e o Homem-Aranha, em homenagem ao pai. Ele explicou a decisão do pai de abandonar os quadrinhos em 1996, alegando que o artista se sentiu mais feliz ao se desligar do trabalho. Thomas contou que Buscema não gostava de desenhar super-heróis.
Os participantes do painel conversaram ainda sobre suas primeiras experiências com quadrinhos e a decisão de fazer parte desse universo.
Thomas contou que, desde o passado, a Marvel já estava atenta ao alcance que os quadrinhos tinham no mundo. Wolverine, por exemplo, simboliza uma retribuição aos inúmeros fãs canadenses da editora. Ele também disse que leu Guerra Civil e que ouviu Stan Lee comentar que a saga tinha sido a ideia mais brilhante da história dos quadrinhos de super-heróis.
Bendis elogiou bastante o Doutor Estranho como personagem. Ele ressaltou o trabalho de BK Vaughn com o personagem, enquanto Waid lembrou o material de Steve Eagleheart, e Romitinha o de Ditko.
O painel foi mais uma celebração e uma homenagem a Roy Thomas, que esteve presente na discussão.