terça-feira, 24 de maio de 2022

Conheça os Novos X-Men Vermelhos e a Nova Irmandade de Mutantes


Um dos títulos mais esperados dentro do atual relançamento da linha mutante foi X-Men: Red, relançando o título de 2018 escrito pelo Tom Taylor que na época, foi um suspiro de qualidade para as histórias mutantes. Atualmente, é a vez de Al Ewing e o artista Stefano Caselli comandarem o título. Como continuação em essência da finada S.W.O.R.D. e com alguns plots abertos por Jonathan Hickman em sua passagem em X-Men, aqui temos a primeira edição focada em Tempestade, e a segunda, em Vulcano. 

A trama tem início trazendo o foco em Tempestade tentando entender como ser a regente de uma cultura, no caso, do povo Arakki, a qual não a pertence. Ewing finalmente consegue dar o espaço para a cavaleira dos ventos que ela tanto precisava. Por mais que sempre presente na franquia, foram poucos os momentos em que a personagem conseguiu realmente chamar de seu.


Ewing e Caselli apresentam o Grande Círculo de Arakko, o  equivalente ao conselho silencioso de Krakoa, e mostram como Tempestade ocupou seu lugar após derrotar o Sem nome, que se sentava no Círculo antes dela. Magneto, se aposentando do conselho, começa a se estabelecer em Arakko, criando uma amizade com um cidadão conhecido como “Fisher” (Pescador em português). E aqui, também temos uma boa imagem de Erik construída, se apresentando como uma figura de poder. E com certeza é necessário elogiar como os criadores conseguiram destacar a cultura Arakki e suas especialidades.

Tempestade, Magneto e Mancha Solar se juntam para estabelecer, no meio do jogo de poder, seu próprio time de heróis, se denominando como a Irmandade de Mutantes. Aqui, fazendo um paralelo com os X-Men Vermelhos de Brand, da SWORD. Uma excelente sacada, apresentando uma inversão de valores perante os títulos.


A não aceitação dos terráqueos se impondo como heróis de um povo que não os aceita, não só pelo orgulho, mas pela ótica de colonizados, traz ainda mais profundidade para Arakko como sociedade. Vulcano descobre que Reprise e Petra não estavam vivas, o que gera o momento mais explosivo do personagem desde seu retorno. 

Brand estabelece cada vez mais focar na paz a qualquer custo. Mas Dobra está cansado dos métodos de Brand e abandona a equipe, principalmente após os acontecimentos no final de SWORD com a morte de Gyrich.


A segunda edição termina, após um confronto de Tempestade e Vulcano, com ela sendo a vitoriosa. Porém, aqui já dizendo que Gabriel Summers ainda está preso em sua concha, não arranhando a superfície de seus poderes, como já vimos anteriormente dentro da fase de Ed Brubaker e na saga cósmica, Guerra dos Reis.

Segue ainda uma ponta, o retorno de Tarn, o antagonista dos Satânicos durante a saga X of Swords, que ameaça as perspectivas de paz de Brand, e para resolver esse problema, ela terá Vulcano.


As cores de Federico Blee, casam perfeitamente com os desenhos de Stefano Caselli, as cenas de ação, somadas ao cenário são expressas de forma dinâmica e realista. Aos roteiros, Al Ewing mostra o motivo de tanto hype em cima da revista, atualmente se consolidando com um dos melhores roteiristas da nova geração.

 João Cardoso

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